Condenado a 11 anos de prisão pelo recebimento de propinas na Petrobras, Aldemir Bendine, o Dida, já começou a abrir o bico sobre o período em que esteve à frente do Banco do Brasil, nos governos de Lula e Dilma Rousseff.
Ele teria relatado várias histórias à PF, mesmo sem estar fazendo delação premiada, informa Lauro Jardim no Glob
“Bendine tem descrito esquemas de liberação de empréstimos a empresas que devolviam 1% a 2% do valor recebido a quatro intermediários. Este percentual era dividido entre Bendine e o seu grupo, o PT e partidos aliados.
O esquema, contudo, de acordo com o que contou, começou antes de sua ida para o comando do banco. Ele chegou a dizer que no dia em que a caixa-preta do BB for aberta terá que ser construído um presídio só para o pessoal envolvido nestas fraudes.”
O site Antagonista ainda não confirmou a informação de Lauro Jardim, mas vem apontando desde o ano passado como Bendine recebia gente no Banco do Brasil em São Paulo, sem câmeras de segurança.
O site decifrou dois registros do bloco de anotações de Aldemir Bendine apreendido pela Polícia Federal. Numa das anotações, ele escreve “BB – Mapfre” e logo abaixo a palavra “campanha”.
Em outra página, ele associa o nome de Benedito Dias, então diretor de Marketing da BB Mafre, às anotações “acelerar contrato” e “contratar 1 campanha”.
A campanha a que Bendine se refere era voltada a seguro residencial e foi lançada no final de 2015. Qual foi a agência contratada? A Arcos Propaganda, de André Gustavo, preso com Bendine na Operação Cobra por intermediar propina ao ex-presidente do BB.
As anotações indicam que Bendine tinha interesse especial em acelerar a contratação da Arcos. Dias, que morreu num acidente de lancha em 2016, na Bahia, era ligado a Bendine e a Roberto Barroso, que presidiu por 8 anos a BB Mafre e deixou o cargo na segunda-feira, após a repercussão da Operação Cobra.
Informações: Antagonista
Via: Nbo
Post: G. Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
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