Um
projeto voltado à capacitação de jovens para atuar no campo. É o
AgroResidência - Programa de Residência Profissional Agrícola, do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Foram selecionados no primeiro edital do programa 76 projetos de
instituições de ensino. São 35 projetos no Nordeste, 15 no Norte, oito
no Centro-Oeste, oito no Sudeste e dez no Sul que têm como objetivo
desenvolver atividades de qualificação técnica com mais de 900
estudantes e recém-egressos de cursos da área. Os projetos levam em
conta as características de cada região, potencial e necessidade.
O secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, do Ministério
da Agricultura, Fernando Schwanke, conversou com nossa equipe sobre o
projeto.
O que é o programa AgroResidência?
O programa AgroResidência é uma inovação do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que se espelhou
muito na residência médica. Aqueles profissionais, no nosso caso das
ciências rurais que estão se formando, que estão formados e que têm a
primeira oportunidade de trabalho e até de se especializar em
determinadas atividades dentro do curso que eles escolheram.
O
AgroResidência é um programa de qualificação, é um programa de inserção
desses jovens técnicos no mercado de trabalho. E nós temos a plena
convicção que este programa aumentará e muito a empregabilidade desses
jovens, mas, também, aumentará e muito o acesso à assistência técnica
daqueles que recebem as informações desses jovens que estão formados ou
recém-formados.
O AgroResidência é um programa muito inovador e que
justamente traz essa quantidade de produção agropecuária, essa
quantidade de jovens que estão finalizando os seus cursos para um
mercado de trabalho num setor que cresce, que cresce muito, que tem
oportunidade de trabalho para todos.
Quais cursos podem fazer parte do programa?
Todos os cursos das ciências rurais. A gente normalmente
fala da engenharia agronômica, da agronomia, que talvez seja a mais
conhecida, ou a veterinária, mas também temos a zootecnia, a engenharia
florestal, a engenharia agrícola, os cursos de técnica em agropecuária,
técnico em agroindústria. Na verdade, todos aqueles cursos que estão
inseridos dentro das ciências rurais e que obviamente trabalham em prol
desse importante setor do nosso país.
Como as instituições foram escolhidas?
As instituições foram escolhidas através de um edital de
seleção, onde essas instituições, universidades federais ou institutos
federais, num primeiro momento, encaminharam seus projetos ao Ministério
da Agricultura, onde haviam critérios estabelecidos; e esses projetos
todos foram avaliados por equipes técnicas, dando-se pontuações onde os
melhores projetos foram escolhidos.
Temos projetos muito inovadores que
colocam jovens em cooperativas, que colocam jovens em mercados para se
especializarem em comercialização, que colocam jovens em fazendas, em
propriedades rurais, que colocam nas Ematers. Na verdade, existem aí uma
grande gama de projetos muito inovadores que vão especializar esses
jovens em determinados setores que são muito importantes para a
agropecuária brasileira.
Como são as atividades de qualificação técnica que os alunos devem participar?
Justamente dentro daqueles projetos encaminhados pelas
instituições federais que tenham um acompanhamento de um professor. Um
professor acompanha cada cinco jovens em projetos específicos; e esses
jovens são inseridos então ou em empresas privadas ou em instituições
públicas para que atuem especificamente no projeto que foi aprovado aqui
pela secretaria.
Existem jovens que vão trabalhar em inseminação
artificial, existem jovens que vão trabalhar em produção de grãos,
existem jovens que vão trabalhar em agroindustrialização dentro de
cooperativas e existem jovens que vão trabalhar em comercialização
agrícola, enfim, na verdade dentro do projeto escolhido, com a
supervisão de um professor e também com a supervisão obviamente do
profissional que tem a responsabilidade lá pela empresa.
Então, o jovem
vai ter dois tutores. O primeiro, o professor, que é responsável pela
formação desse jovem. O segundo tutor, aquele que trabalha na empresa,
que está no dia a dia, que tem a prática. Por isso que, esse programa, é
um grande êxito, porque esse jovem, quando chegar ao final dessa
formação prática, ele, sem dúvida nenhuma, terá se tornado outro
profissional daquele que saiu da universidade.
Informações: MAPA
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com