A
capacidade disponível para armazenamento no Brasil atingiu 183,3
milhões toneladas no segundo semestre de 2021. O volume é 1,5% maior que
o registrado no semestre anterior. Na mesma comparação, o número de
estabelecimentos cresceu 1,2%. A maioria deles, está no Rio Grande do
Sul (2.159), seguido do Mato Grosso (1.397) e Paraná (1.340).

Com 45,5 milhões de toneladas o Mato Grosso
tem a maior capacidade de armazenagem do país. Deste total, 59,1% são do
tipo graneleiros e 34,2% são silos.
Os números fazem parte da Pesquisa de
Estoques, referente aos meses de julho a dezembro de 2021, divulgada
hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A
pesquisa mostrou que o estoque de produtos agrícolas somou 36,7 milhões
de toneladas. Isso representa alta de 31,1% em relação às 28 milhões de
toneladas de 31 de dezembro de 2020.
Regiões
Também no segundo semestre de 2021, as
regiões Norte (3,8%), Centro-Oeste (1,8%) e Sul (1,3%) avançaram no
número de estabelecimentos. Em movimento contrário, Sudeste e Nordeste
recuaram 0,1% e 0,4%, respectivamente.
Produtos
Entre os cinco principais produtos agrícolas
nas unidades armazenadoras, o maior volume (16,9 milhões de toneladas) é
dos estoques de milho. Na sequência, estão os de soja (7,7 milhões), de
trigo (6,4 milhões), de arroz (2,4 milhões) e de café (1,1 milhão).
No segundo semestre de 2021, os estoques de
soja cresceram 81,4%, do trigo 40,5%, do arroz 45,4% e do milho 20,3%.
No entanto, o estoque de café caiu 16,0% em relação a 31 de dezembro de
2020. Segundo o IBGE, estes produtos representam 94,0% do total estocado
entre os produtos monitorados pela pesquisa. Os 6,0% restantes são
compostos por algodão, feijão preto, feijão de cor e outros grãos e
sementes.
Capacidade
Os silos predominam na capacidade útil
armazenável no país. No segundo semestre de 2021, foram registradas 92,5
milhões de toneladas, o que significa 50,4% da capacidade útil total.
Na comparação com o semestre anterior, a capacidade dos silos subiu
2,3%.
Os armazéns graneleiros e granelizados
somaram 68,6 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável. O dado
representa alta de 1,3% frente ao semestre anterior. “Este tipo de
armazém é responsável por 37,4% da armazenagem nacional”, informou o
IBGE.
Já nos armazéns convencionais, estruturais e
infláveis, o volume alcançou 22,3 milhões de toneladas, o que significa
queda de 1,1% em relação ao primeiro semestre de 2021. “Estes armazéns
contribuem com 12,2% da capacidade total de armazenagem.”
Por região, os silos predominam na Região
Sul, sendo responsáveis por 63,1% da capacidade armazenadora da região e
49,8% da capacidade total de silos do país. Os tipos graneleiros e
granelizados aparecem com maior intensidade no Centro-Oeste, com 53,6%
da capacidade da região e 56,4% da capacidade total do país.
Os armazéns convencionais, estruturais e
infláveis se localizam em maior parte na Região Sul (34,7%) e depois vem
a Região Sudeste (31,6%). “Estas duas regiões juntas correspondem a
66,3% da capacidade total de armazéns convencionais, estruturais e
infláveis do país”, revelou o IBGE.
Pesquisa
De acordo com o instituto, o objetivo da
pesquisa é "oferecer informações estatísticas sobre o volume e a
distribuição espacial dos estoques de produtos agrícolas armazenáveis
básicos, sobre as unidades onde é feita a sua guarda e acompanhar sua
evolução ao longo do tempo”.
A pesquisa envolve todo o território
nacional e seus resultados permitem conhecer a dimensão da capacidade de
armazenamento agrícola nacional e sua distribuição pelo território.
Segundo o IBGE, esta é uma informação de logística fundamental para os
gestores públicos e privados, guardando relação com questões de
segurança alimentar.Post: G. Gomes
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Fonte: IBGE