Com
696 casos confirmados de varíola dos macacos, o Brasil articula com a
Organização Mundial da Saúde (OMS) a aquisição da vacina contra a
doença. De acordo com o Ministério da Saúde, as negociações estão sendo
feitas de forma global com o fabricante para ampliar o acesso ao
imunizante para os países onde há casos confirmados da doença.

Por meio de nota, a pasta ressaltou que a
vacinação em massa não é preconizada pela OMS em países não endêmicos
para a enfermidade, como é o caso do Brasil. A recomendação, até o
momento, é que sejam imunizadas pessoas que tiveram contato com casos
suspeitos e profissionais de saúde com alto risco ocupacional diante da
exposição ao vírus.
Dos 696 casos confirmados no país ate o
momento, 506 são procedentes do estado de São Paulo, 102 do Rio de
Janeiro, 33 de Minas Gerais, 13 do Distrito Federal, 11 do Paraná, 14 do
Goiás, três na Bahia, dois do Ceará, três do Rio Grande do Sul, dois do
Rio Grande do Norte, dois do Espírito Santo, três de Pernambuco, um
de Mato Grosso do Sul e um de Santa Catarina.
Emergência internacional
A OMS decidiu hoje dia 23 de Julho de 2022 declarar que a varíola dos macacos configura emergência
de saúde pública de interesse internacional. O anúncio foi feito pelo
diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva
de imprensa.
“Temos um surto que se espalhou rápido pelo
mundo, através de novas formas de transmissão, sobre as quais entendemos
muito pouco, e que se encaixa nos critérios do Regulamento Sanitário
Internacional. Por essas razões, decidi que a epidemia de varíola dos
macacos representa uma emergência de saúde pública de preocupação
internacional”, disse Tedros.
A doença
A varíola causada pelo vírus hMPXV (Human
Monkeypox Virus, na sigla em inglês) provoca um quadro mais brando que a
varíola conhecida como smallpox, que foi erradicada na década de 1980.
A varíola doas macacos é uma doença viral
rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com
lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou
relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções
respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de
cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.
Não há tratamento específico, mas os quadros
clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação
das lesões. O maior risco de agravamento se refere, em geral, a pessoas
imunossuprimidas, como pacientes com HIV/AIDS, leucemia, linfoma,
metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes,
lactantes e crianças com menos de 8 anos.
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor
de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios
ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas
desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, nos pés, no peito, no
rosto ou em regiões genitais.
Para prevenção, deve-se evitar o contato
próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado,
assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado.
Também é importante higienizar as mãos, lavando-as com água e sabão ou
utilizando álcool gel.
Post: G. Gomes
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Fonte: Ministério da Saúde