Com a definição em segundo turno das últimas
vagas para comandar os Executivos estaduais, que tinham na disputa
alguns senadores, o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, confirmou a
maior bancada. A partir da próxima legislatura, serão 14 senadores. A
sigla vem seguida pelo PSD, com 11; por MDB e União Brasil, com 10 cada
um; e pelo PT, com 9. Juntas, essas cinco bancadas terão dois terços das
cadeiras do Senado.

As projeções para a próxima legislatura
consideram as filiações partidárias atuais, e podem mudar se houver
mudanças de partido entre os senadores antes do início do ano. Em sua
nova configuração, a distribuição será mais concentrada.
Das 15 bancadas representadas na Casa, cinco
serão maiores com pelo menos 10% da composição (9 senadores). Serão 54
senadores reunidos nessas cinco bancadas, ou dois terços dos
parlamentares. No início de 2022 eram apenas três as bancadas grandes,
que somavam 36 senadores.
No legislativo, ter 10% dos assentos do
Senado dá ao partido várias prerrogativas regimentais. Uma delas é levar
ao plenário projetos que só seriam votados nas comissões ou dar
apoiamento a proposições. Se um partido tem esse mínimo de senadores,
pode acionar essas prerrogativas sozinho, sem depender de acordos com
outras legendas.
Estados
No segundo turno cinco senadores – Eduardo
Braga (MDB-AM), Marcos Rogério (PL-RO), Rogério Carvalho (PT-SE),
Rodrigo Cunha (União-AL) e Jorginho Mello (PL-SC) – concorreram ao cargo
de governador de seus estados, mas só o catarinense venceu a disputa
local. Ele será substituído pela suplente Ivete da Silveira (MDB-SC).
A eleição de um único senador como
governador é inédita desde 1982, quando foram restabelecidas as eleições
diretas para os governos dos estados. Até aqui, todas as eleições
tinham visto pelo menos dois senadores assumirem o comando do Executivo
na sua unidade da federação.
Renovação
Com apenas um senador em meio de mandato
eleito para um governo estadual, a renovação da composição do Senado
para 2023 também será a menor desde a redemocratização. No total, 23
senadores, ou 28,4% dos titulares de mandato, não retornarão em 2023.
Esse número é formado por 14 que não tentaram a reeleição, 8 que
tentaram e não conseguiram e um que assumirá um governo estadual.
Apesar disso, a renovação de mandatos em
disputa foi alta, sustentando a tendência iniciada em 2018. A taxa de
reeleição para o Senado foi de 38,5%. Desde a redemocratização do país, é
a primeira vez que duas eleições consecutivas resultam em menos de 40%
dos senadores renovando o mandato.Post: G. Gomes
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Informações: Agência Senado.