A previsão do mercado financeiro para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerada a
inflação oficial do país - subiu de 5,74% para 5,78% para este ano. A
estimativa consta do Boletim Focus de hoje dia 6 de Janeiro de 2023, pesquisa divulgada
semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa de
instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,93%. Para 2025 e 2026, as estimativas são de inflação em 3,5%, para ambos os anos.
A previsão para 2023 está acima do teto da
meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para este ano, com
intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.
Da mesma forma, a projeção do mercado para a
inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista - 3% -
também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual.
De acordo com o Banco Central,
a inflação só ficará dentro da meta a partir de 2024, quando deverá se
situar em 3%, e em 2025, (2,8%). Para esses dois anos, o CMN estabelece
uma meta de 3% para o IPCA.
Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação, teve aumento de 0,55% [, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial,
fechou com uma taxa de 5,79% acumulada no ano. A meta estava em 3,5%,
com a mesma margem de tolerância, e podia variar entre 2% e 5%.
Taxa de juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros,
a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária
(Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também
estava nesse patamar.
Após a primeira reunião do ano, na semana
passada, o Copom indicou que os juros podem ficar altos por mais tempo
que o previsto e não descartou a possibilidade de novas elevações caso a
inflação não convirja para o centro da meta, como o esperado, em meados
de 2024.
Para o mercado financeiro, a expectativa é
de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a
estimativa é de que a taxa básica caia para 9,75% ao ano. Já para 2025 e
2026, a previsão é de Selic em 9% e 8,5%, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de
juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos
nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a
expansão da economia.
Além da Selic, os bancos consideram outros
fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como
risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é
de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao
consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade
econômica.
PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para
o crescimento da economia brasileira neste ano variou de 0,8% para
0,79%. Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a
soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento
de 1,5%.
Para 2025 e 2026, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,89% e 2%, respectivamente.
A expectativa para a cotação do dólar está
em R$ 5,25 para o final de 2023. Para o fim de 2024, a previsão é de que
a moeda americana fique em R$ 5,30.Post: G. Gomes
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Informações: Banco Central do Brasil