A
previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de
5,95% para 5,93% este ano. A estimativa consta no Boletim Focus
desta segunda-feira dia 27 de Março de 2023, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco
Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os
principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,13%. Para 2025 e 2026, as previsões são de inflação de 4%, para os dois anos.
A estimativa para este ano está acima do
teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para este ano, com
intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.
Da mesma forma, a projeção do mercado para a
inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada
em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto
percentual.
Em fevereiro,
puxado pelo grupo educação, com os reajustes aplicados pelos
estabelecimentos de ensino na virada do ano, o IPCA ficou em 0,84%,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o
resultado, o indicador acumulou alta de 1,37% no ano e de 5,6% nos
últimos 12 meses, percentual mais baixo do que os 5,77% verificados no
período imediatamente anterior.
Juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco
Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic,
definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A
taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é o maior nível
desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.
Para o mercado financeiro, a expectativa é
de que a Selic encerre o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a
estimativa é de que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de
2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano, nos dois anos.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de
juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos
nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a
expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros
fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como
risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é
de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao
consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade
econômica.
PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano cresceu de 0,88% para 0,9%.
Para 2024, a expectativa para o Produto
Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no
país) é de crescimento de 1,4%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro
projeta expansão do PIB em 1,71% e 1,78%, respectivamente.
A expectativa para a cotação do dólar está
em R$ 5,25 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que
a moeda americana fique em R$ 5,30.Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: Banco Central do Brasil