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06 fevereiro, 2016

Novas Diretrizes sobre o Zika vão mudar como os americanos fazem Sexo

Por Anna Almendrala
Casais que estejam esperando bebês e cujo parceiro do sexo masculino possa ter sido exposto ao Zika vírus devem usar camisinha para fazer sexo vaginal, anal e oral, ou então abster-se de sexo para evitar a transmissão da doença, segundo novas diretrizes divulgadas pelo governo americano.

O motivo da nova orientação é o fato de que a transmissão sexual do vírus para uma parceira grávida pode representar ameaça ao desenvolvimento do feto, resultando em problemas congênitos.

Se a mulher grávida ou seus parceiros estiveram em uma área onde há transmissão ativa do vírus, eles devem discutir a potencial exposição com um médico para determinar se há necessidade de realização de testes e de acompanhamento especial durante a gravidez.

Por enquanto, o esperma é o único fluido corporal associado com o sexo no qual o Zika foi encontrado. Não se sabe quanto tempo a pessoa que tenha tido Zika possa transmitir a doença sexualmente. Portanto, os pesquisadores não podem determinar por quanto tempo os homens devem usar camisinha para não transmitir a doença em relações sexuais.

As novas diretrizes foram anunciadas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, órgão do governo americano, nesta sexta-feira (5), dois dias depois de a agência confirmar que a primeira transmissão local do vírus nos Estados Unidos aconteceu por meio de relação sexual. Um paciente não identificado em Dallas contraiu o vírus depois de dormir com uma pessoa que esteve recentemente na Venezuela.

O caso de Dallas parece confirmar a probabilidade de dois relatos iniciais sobre a transmissão sexual do Zika.

O primeiro estudo de caso, publicado em 2011, sugere que um homem que contraiu a doença quando trabalhava no Senegal transmitiu o vírus para sua mulher quando voltou para casa, no Colorado. O segundo estudo de caso relata um homem do Taiti que apresentou sinais do vírus no sêmen, apesar de não haver mais traços do patógeno em seu sangue.

O principal meio de infecção pelo Zika continua sendo a picada de mosquito. O inseto se contamina picando uma pessoa e transmite o vírus para outras. Esse tipo de transmissão ainda não foi registrado nos Estados Unidos, mas os CDC afirmaram na semana passada que um pequeno surto de Zika no país é “provável”.

Eis as diretrizes completas sobre a transmissão sexual do Zika, caso a caso:

1. Casais que incluem uma mulher grávida e um parceiro homem que tenham viajado ou morado em uma área onde há transmissão do vírus Zika.

Usar preservativos durante o sexo vaginal, anal e oral ou abster-se, a fim de evitar a potencial transmissão sexual da doença. Você também deve discutir o histórico de viagens de ambos os parceiros com um médico para determinar se testes e avaliações adicionais são necessárias durante a gravidez.

2. Casais que não estão grávidos, mas que estão preocupados com a transmissão sexual porque o homem viajou ou morou em uma área afetada pelo vírus Zika.

Usar preservativo durante a relação sexual ou considerar a abstinência, aconselham os CDCs.

Antes de tomar a decisão sobre o uso de preservativos ou a abstinência, os CDCs reforçam que a doença causada pelo vírus costuma ser leve. Os sintomas podem durar até uma semana, mas 80% das pessoas infectadas nunca os exibem.

Além do fato de ter estado numa área com transmissão ativa do Zika, o risco está associado ao tempo que a pessoa passou na região, quantas picadas de mosquito levou e as medidas tomadas para evitar picadas.

3. Casais que querem engravidar, com um homem que tenha viajado recentemente ou morou em uma área com transmissão do vírus Zika

Converse com seu médico para considerar um teste.

4. Mulheres que não desejam engravidar, mas moraram ou viajaram para áreas afetadas pelo vírus zika

Se você estiver em idade reprodutiva, discuta planejamento familiar e estratégias de contracepção com o seu médico, com o objetivo de mitigar o risco de vírus Zika.

5. Mulheres grávidas que acabam de viajar para áreas afetadas pelo vírus Zika

Previamente os CDCs recomendavam testes de vírus Zika só para as mulheres grávidas que têm sintomas da doença (febre, erupção cutânea, dores nas articulações, conjuntivite) ou cujos ultrassons revelaram anormalidades cranianas no feto.

Agora, os CDCs dizem que os médicos podem oferecer teste do vírus Zika de duas a 12 semanas depois de viagens para áreas afetadas pela doença, ou imediatamente se houver sintomas.

Os CDCs também recomendam que, se você estiver grávida mas assintomática, faça um teste no início dos cuidados pré-natais e depois um outro teste por volta do segundo trimestre, se você mora em área com transmissão do vírus.

E, de acordo com as diretrizes iniciais para viajantes grávidas, você deve discutir com seus médicos se ultrassons adicionais são necessários para manter um olhar atento sobre o desenvolvimento fetal.

Sinais de microcefalia, o defeito congênito associado à infecção pelo vírus Zika, só aparecem em exames de ultrassom por volta do fim do segundo trimestre, observa o New York Times.

Post: G. Gomes
Via Brasil Post
canal: www.deljipa.blogspot.com.br

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