

Para a pesquisadora, a forma como está estabelecido o combate aos mercados ilícitos de drogas é uma maneira de perseguir populações sem oportunidades. “Se as mulheres negras que estão encarceradas compõem o mesmo perfil de mulheres negras fora do sistema prisional que estão desempregadas, que são mães com mais de um, dois ou três filhos, que exercem função muitas vezes de subemprego – de empregada doméstica, de babá, de faxineira ou de vendedoras ambulantes – elas já estão em um lugar de vulnerabilidade”, aponta.
A cena se repete todos os dias, de segunda a
sexta-feira. Por volta das 11 horas, há um alvoroço num trecho da rua do
Senado, no centro da cidade do Rio de
Janeiro. Dezenas de pessoas, sentadas ou deitadas na calçada,
protegidas por árvores e um abrigo de ônibus, correm para formar uma
fila quando veem voluntários saírem do número 50.
A confusão é inevitável. Aqueles que chegaram mais tarde tentam se posicionar à frente de quem estava ali desde cedo e se organizar, mesmo que
de forma precária. Enquanto isso, os voluntários do número 50 anotam os nomes dos que correram para a fila.
Apenas 100 dos muitos sem teto que vivem em situação de rua serão selecionados naquele dia e contemplados com um almoço, oferecido gratuitamente pela organização não governamental Fraternidade sem Fronteiras. A ONG funciona ali, no número 50, há quase dois anos.
Para alguns deles, aquela será a única refeição do dia, se tiverem sorte. Marcelo, de 41 anos, era um dos primeiros na "fila da fome" na manhã da primeira quinta-feira dia 2 de Março de 2023. Desempregado desde que deixou a cadeia em 2019, em liberdade condicional, ele depende da boa vontade de outras pessoas para comer.
À noite, consegue jantar em um abrigo da
prefeitura, mas, durante o dia, tem que batalhar por sua refeição.
“Briguei com meus irmãos e tive que sair de casa. Estou na rua há um ano
e seis meses. É uma situação complicada, porque nós não temos dinheiro.
Então tem que correr onde tem comida”, disse Marcelo à fonte.
🍜🍜🍜
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: ebc
As ações do projeto Qualifica
Mulher contemplam as dimensões para a projeção econômica do público
feminino. Os quesitos contemplam a parte física – que representa o
controle do corpo e as decisões sobre saúde e integridade física livre
de violência; o fator econômico – voltado à capacidade de adquirir e
controlar os recursos econômicos; e a parte decisória – que engloba a
participação em decisões que afetam a vida coletiva e individual.
Parceria
Os parceiros do Qualifica
Mulher podem ser da Administração Pública Federal, Estadual, Distrital e
Municipal, além das entidades privadas com ou sem fins lucrativos. A
parceria pode ser realizada por meio de convênios, acordos de cooperação
técnica (ACTs), termos de fomento, acordos de cooperação com
organização da sociedade civil, acordos de cooperação com entidade
privada com fins lucrativos ou termos de execução descentralizada
(TEDs).
Entre os órgãos parceiros
estão o Ministério da Cidadania (MCid), a Associação Aliança
Empreendedora, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Serviço Social do
Transporte e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
(Sest/Senat), o Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de
São Paulo (Simpi), além das instituições financeiras que oferecem
oportunidades de créditos exclusivas, como o Banco da Amazônia S.A
(Basa), o Banco do Nordeste do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o
Sicoob Divicred de Divinópolis/MG e a Agência Estadual de Fomento do Rio
de Janeiro (AgeRio).
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