Já
está disponível no mercado o creme hidratante antisséptico para as mãos
que tem como diferencial a garantia de proteção prolongada contra vírus
e bactérias. Por meio de uma tecnologia desenvolvida pelo Instituto de
Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP), o produto age contra
vírus e bactérias por até 4 horas e superbactérias por até 2 duas horas,
ao mesmo tempo em que hidrata a pele. O creme é diferente do álcool
70%, cuja ação se limita a cinco minutos por sua volatilidade e por
causar ressecamento na pele.
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05 agosto, 2024
30 julho, 2024
Governo Lula: Produção científica cai 7% em 2023 e volta ao patamar pré-pandemia.
A
publicação de artigos científicos no Brasil caiu 7,2% em 2023 na
comparação com o ano anterior, segundo relatório da editora Elsevier e
da agência de notícias Bori divulgado hoje dia 30 de Julho de 2024, mesmo dia da abertura
da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI),
que ocorre em Brasília.
09 junho, 2024
Supertelescópio cobrirá área equivalente ao tamanho de 40 luas cheias.
Mais
de 100 pesquisadores brasileiros participam do projeto internacional
Legacy Survey of Space and Time (LSST), que consiste na construção de um
supertelescópio em Cerro-Pachón, no Chile, que deverá entrar em
operação em 2026. O LSST pretende produzir o maior e mais completo mapa
do universo, com 37 bilhões de estrelas e galáxias, ao longo de dez
anos.
02 fevereiro, 2023
Poluição luminosa aumenta rápido e veremos cada vez menos estrelas no céu
Reprodução/NOIRLab/NSF/AURA, P. Marenfeld) |
A poluição luminosa
está clareando tanto o céu que as estrelas podem desaparecer para
nós em um futuro não muito distante. A conclusão é do Globe at Night,
programa de ciência cidadã que coletou dados sobre a visibilidade
estelar durante anos. Após análises, pesquisadores concluíram que as
luzes artificiais iluminaram o céu mais rapidamente para os olhos
humanos do que os dados de satélites pareciam indicar.
Para o estudo, pesquisadores de diferentes instituições trabalharam com dados de 50 mil observações do céu noturno a olho nu, realizadas por voluntários entre 2011 e 2022. Eles focaram nos dados da Europa e América do Norte, já que estas regiões apresentaram distribuição suficiente de observações no território e no período analisado.
Depois, eles desenvolveram um método para converter as observações das estrelas em estimativas da mudança do “brilho do céu”, nome dado à iluminação difusa do céu que é considerada uma forma de poluição noturna. O estudo mostrou que o brilho está aumentando mais rapidamente do que o mostrado em dados de satélite.
As medidas dos satélites indicavam que o aumento da poluição luminosa era estável, e que estava até diminuindo levemente nas áreas mais afastadas. Mas, após converter a perda de estrela visíveis descrita no projeto, os pesquisadores descobriram um aumento de 9,6% no brilho do céu a cada ano. Até então, acreditava-se que esse aumento era de 2%, de acordo com dados vindos de satélites.
Os resultados mostram que o céu está ficando cada vez mais iluminado em variados ritmos ao redor do mundo. Na América do Norte, por exemplo, o brilho do céu aumenta mais de 10% a cada ano.
“Os satélites são mais sensíveis à luz direcionada para cima, em direção ao céu, mas é a luz emitida horizontalmente que causa a maior parte do brilho”, disse Christopher Kyba, autor principal do artigo que descreve os resultados. “A esta taxa de mudança, uma criança nascida em um lugar onde 250 estrelas eram visíveis vai conseguir ver cerca de 100 delas quando chegar aos 18 anos”, alertou.
Por fim, a equipe observa que uma deficiência do estudo é a falta de dados suficientes vindos de países em desenvolvimento, onde as mudanças da iluminação do céu podem estar acontecendo em ritmo ainda mais acelerado.
O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Science.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Fonte: Science; Via: NOIRLab
11 dezembro, 2022
Escola para cientistas tem inscrições abertas para curso superior.
Inaugurada
no ano passado, a Ilum Escola de Ciência, em Campinas, no interior
paulista, está com inscrições abertas para o processo seletivo do curso
de bacharelado em ciência e tecnologia. O curso, que é gratuito, tem
duração de três anos em período integral. As inscrições podem ser
feitas até o dia 16 de Dezembro pelo SITE do curso.
Serão oferecidas 40 vagas e metade delas será destinada a estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas. Todos os alunos aprovados terão direito à moradia, alimentação e a transporte gratuitos. A escola ainda oferece curso de inglês e um laptop para cada estudante para uso pessoal durante o período em que estiver no curso.
Para se inscrever, o candidato deverá escrever um texto de até 3 mil caracteres contando por que quer estudar ciências na Ilum. No processo de seleção, que continuará em fevereiro, também será preciso enviar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e comprovantes de medalhas conquistadas em olimpíadas de ciência. Após isso, ainda haverá uma etapa de entrevista individual. Segundo a Ilum, serão aprovados aqueles que obtiverem melhor pontuação em todas as fases.
Esta será a segunda turma da escola, que faz parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, organização vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. A escola conta com financiamento do Ministério da Educação. No ano passado, 943 estudantes se inscreveram no processo seletivo da Ilum.
19 setembro, 2022
Programa Futuras Cientistas está com as inscrições abertas.
Alunas
do 2º ano do ensino médio e professoras da rede pública de ensino já
podem se inscrever no Futuras Cientistas, programa do Centro de
Tecnologias Estratégicas do Nordeste, do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovações, que estimula o contato de alunas e professoras
com as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática.
São ofertadas 470 vagas para 2023. As inscrições podem ser feitas a partir desta segunda-feira (19/09) e vão até dia 10 de outubro, pela internet.
São 160 vagas destinadas a alunas matriculadas em escolas regulares, 160 a estudantes de tempo integral, semi-integral ou do ensino técnico. Para professoras, são 150 vagas, 10% delas destinadas preferencialmente a pessoas com deficiência.
O curso é dividido em quatro módulos e o primeiro sempre ocorre no período de férias escolares. As participantes recebem um auxílio de R$ 483 e também têm acesso a laboratórios de pesquisa e conhecem de perto o cotidiano de cientistas. A imersão será de 3 a 31 de janeiro na maior parte do país. As exceções são os estados do Acre, com atividades programadas de 20 de janeiro a 17 de fevereiro, e do Pará, de 6 a 24 de fevereiro.
O Futuras Cientistas tem o objetivo de ampliar o acesso de meninas e mulheres às áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática, incentivando-as a buscarem carreiras nessas áreas. Entre os módulos do programa estão: imersão científica, banca de estudos, mentoria e estágios.
Esta é a primeira vez que o programa vai chegar a todos os estados do país e ao Distrito Federal. 205 alunas e professoras das redes públicas de ensino da Paraíba, de Pernambuco e de Sergipe passaram pelo programa. Cerca de 70% das participantes foram aprovadas em vestibular. Destas, 80% escolheram cursos nas áreas de Ciência e Tecnologia.
Post: G. Gomes
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Informações: MCTI
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Informações: MCTI
18 agosto, 2022
Chamada Pública para seleção de projetos para Olimpíadas Científicas.
Foi
publicada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI),
por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), a Chamada pública MCTI/CNPq/ FNDCT nº 41/2022 –
Olimpíadas Científicas. As propostas de projetos deverão ser submetidas
até 12 de setembro de 2022.
Com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico, o objetivo da chamada é apoiar projetos que visem contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico e de inovação no país, por meio da realização de Olimpíadas Científicas, em âmbito regional, nacional e internacional, em todas as áreas do conhecimento.
As propostas aprovadas serão financiadas com recursos no valor global de R$8,8 milhões, sendo R$5,8 milhões em custeio oriundos do orçamento do FNDCT, R$2 milhões em bolsas ICJ, e R$1 milhão em custeio oriundos do CNPq, a serem liberados em pelo menos duas parcelas, de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira do CNPq e na forma pactuada no referido ajuste.
Os projetos deverão ser submetidos a uma das seguintes linhas:
- Linha 1 – Olimpíadas Nacionais
- Linha 2 – Olimpíadas Internacionais
- Linha 3 – Olimpíadas Nacionais em suas Primeiras Edições ou Olimpíadas Regionais
Para mais informações acesse aqui a Chamada.
Post: G. Gomes
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Informações: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
06 julho, 2022
O CNPq está com quatro chamadas abertas para bolsas de iniciação científica e tecnológica
Estão
abertas as chamadas dos Programas Institucionais de Iniciação
Científica e Tecnológica – PIBIC e PIBITI - do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).
São quatro chamadas que concederão, ao todo cerca de 35 mil bolsas:
Chamada Pública PIBIC nº 21/2022 do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica 2022/2024 para
a concessão de cerca de 26 mil bolsas de Iniciação Científica (IC),
modalidade de bolsa tradicional e histórica do Conselho. Universidades e
centros de pesquisa, públicos e privados, poderão concorrer por meio da
submissão de propostas institucionais até o dia 11/07/2022.
Chamadas Públicas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas 2022/2024 (PIBIC-Af) e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica no Ensino Médio (PIBIC-EM). Ao todo, serão 6.400 bolsas nas duas modalidades.
Chamada Pública do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), para a concessão de cerca de 3.100 bolsas de Iniciação Tecnológica (IT), modalidade voltada para estimular a pesquisa tecnológica e de inovação entre estudantes de graduação. Universidades e Centros de Pesquisa, públicos ou privados.
Vejam os prazos de submissão de propostas e a chamada na íntegra de cada uma das ações:
PIBIC
Prazo: 25/05/2022 a 11/07/2022
Chamada na íntegra
PIBITI
Prazo: 15/06/2022 a 01/08/2022
Chamada na íntegra
PIBIC-Af
Prazo: 15/06/2022 a 01/08/2022
Chamada na íntegra
PIBIC-EM
Prazo: 15/06/2022 a 01/08/2022
Chamada na íntegra
As propostas devem ser enviadas pelo Representante Institucional de Iniciação Científica pela Plataforma Carlos Chagas.
As bolsas concedidas nas últimas chamadas (2020 -2022) terão vigência até 31 de Agosto de 2022.
Post: G. Gomes
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Informações: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
25 junho, 2022
Governo Federal cria programa para estimular a pesquisa e uso do Nióbio.
A
partir de agora, o desenvolvimento da cadeia produtiva do nióbio passa a
contar com incentivos federais. Para isso, o Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovações (MCTI) criou o Programa InovaNióbio, com foco no
uso e aplicações do nióbio em óxidos, metais, ligas em materiais e
produtos de alta tecnologia. Com isso, o Governo Federal pretende
promover a inovação na indústria brasileira, dinamizar a economia,
especializar os mercados e assegurar a autonomia tecnológica do país em
setores de alta tecnologia.
A portaria que cria o Programa InovaNióbio foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira dia 24 de Junho de 2022.
O nióbio é um metal de transição usado em inúmeras aplicações de alta tecnologia, como carros, estruturas de edifícios e pontes, turbinas de avião, aparelhos de ressonância magnética, marcapassos, sondas espaciais, foguetes, tubulações de gás, componentes eletrônicos e baterias.
O InovaNióbio vai fazer a gestão e
coordenar os esforços do Governo Federal em pesquisa científica,
desenvolvimento tecnológico, inovação e empreendedorismo envolvendo o
nióbio. O programa também vai estimular o desenvolvimento e a
transferência de conhecimento, de novas tecnologias e de modelos de
negócios entre as instituições de pesquisa e os setores público e
privado.
A ideia é que todos esses segmentos trabalhem de forma
coordenada no desenvolvimento de processos, produtos, instrumentação,
normatização, certificação e inovações na cadeia produtiva do nióbio.
O InovaNióbio vai, ainda, promover e estimular a formação e capacitação de pessoas para atuarem em pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação e empreendedorismo envolvendo o metal.
O Brasil é considerado o maior produtor de nióbio do mundo, com cerca de 90% da produção mundial.
Em outubro do ano passado, foi realizada, em Campinas, interior de São Paulo, a 1ª Feira Brasileira do Nióbio, onde foram apresentados os produtos desenvolvidos pelas empresas em conjunto com universidades. Na ocasião, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração assinaram um acordo de cooperação e pesquisa tecnológica para acelerar o desenvolvimento de tecnologia de alta performance e de materiais supercondutores usando o nióbio.
Post: G. Gomes
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Informações: Governo do Brasil
03 junho, 2022
Inpa inaugura laboratório com nível de biossegurança especial.
O
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) inaugurou hoje dia 3 de Junho de 2022, em Manaus, um biomódulo do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa), que possibilitará a manipulação de microrganismos
classificados com Nível de Biossegurança 3 (NB3).
Ao elevar o nível de segurança de seus laboratórios, o Inpa terá condições de manipular o Sars-Cov-2 e, também, outros patógenos que exigem esse nível de segurança. Segundo o ministério, a infraestrutura inaugurada teve um custo de R$ 2,86 milhões.
O ministro da pasta, Paulo Alvim, disse que a nova estrutura “vai alavancar tremendamente a pesquisa na região, além de prestar serviço para a criação de uma rede de biossegurança de todo o país”, lembrando que é o segundo laboratório do tipo construído na Região Amazônica, e o primeiro no estado.
De acordo com o secretário de Pesquisa e Formação Científica, Marcelo Morales, 18 estruturas nacionais receberam recursos para elevar, de 2 para 3, o nível de segurança de seus laboratórios. “Na Região Amazônica, isso é fundamental. É estratégico para o país”, disse.
“Pesquisa, inovação e ciência nos trazem soberania, e dentro do ambiente da Amazônia, que é essa riqueza desconhecida, a pesquisa tem de estar presente para desvendar esses mistérios, em meio às riquezas da região”, disse o secretário.
A expectativa é de que, com suas estruturas, o Inpa possa prestar serviços não só para outras instituições e empresas, como para ajudar na transferência de tecnologias para o setor produtivo.
Post: G. Gomes
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Home: MCTI
14 maio, 2022
Fim de semana terá Lua de Sangue “triplamente especial”
Um
belo e raro fenômeno enfeitará o céu entre a noite deste domingo dia 15 de Maio de 2022, a
partir das 23h27, e o início da madrugada de segunda-feira doa dia 16 de Maio. Será
uma Lua de Sangue “triplamente especial para o Brasil”, afirmou a
astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional. A melhor notícia é
que o evento celeste será bem visível de todas as partes do Brasil.
O evento durará pouco mais de três horas, encerrando-se às 2h55. “Mas o ponto máximo, quando a Lua estará completamente coberta pela sombra da Terra será exatamente à 1h11, no horário de Brasília”, disse Josina à fonte.
“A grande vantagem desse eclipse, que chamo de triplo total, é que, além de ser um eclipse total da lua, será totalmente visível em todo o Brasil, de Norte a Sul; de Leste a Oeste. O Brasil inteiro verá o eclipse do início ao fim, em todas suas fases, na sequência penumbral, parcial, total, e depois retornando à parcial e à penumbral”, explicou Josina.
“Outra vantagem é que a Lua estará bem alta no céu, longe do horizonte, bem fácil de ser vista. Agora é torcer para que o tempo fique bom e não atrapalhe o espetáculo”, acrescentou.
O evento durará pouco mais de três horas, encerrando-se às 2h55. “Mas o ponto máximo, quando a Lua estará completamente coberta pela sombra da Terra será exatamente à 1h11, no horário de Brasília”, disse Josina à fonte.
“A grande vantagem desse eclipse, que chamo de triplo total, é que, além de ser um eclipse total da lua, será totalmente visível em todo o Brasil, de Norte a Sul; de Leste a Oeste. O Brasil inteiro verá o eclipse do início ao fim, em todas suas fases, na sequência penumbral, parcial, total, e depois retornando à parcial e à penumbral”, explicou Josina.
“Outra vantagem é que a Lua estará bem alta no céu, longe do horizonte, bem fácil de ser vista. Agora é torcer para que o tempo fique bom e não atrapalhe o espetáculo”, acrescentou.
Segundo Josina, o próximo eclipse desse tipo, em que todas as etapas podem ser apreciadas de qualquer região, só ocorrerá em junho de 2029, entre os dias 25 e 26. “Até lá, teremos vários eclipses parciais”, tranquilizou a astrônoma.
Além do Brasil, terão o privilégio de observar a Lua de Sangue triplamente especial os demais países da América do Sul e da América Central. O fenômeno também será visível em parte da América do Norte, da Europa e da África.
Os eclipses lunares ocorrem quando o Sol, a Terra e a Lua se alinham. “Quando um corpo extenso, como o Sol, ilumina outro corpo extenso – no caso, a Terra –, ocorrem duas regiões de sombra: a penumbra e a umbra. Quando totalmente escura, sem nenhuma luminosidade, essa sombra é a umbra; quando recebe luz em alguns pontos, a sombra, um pouco mais clara, é a penumbra.
“Quando a Lua entra na sombra da penumbra, começa o eclipse penumbral; quando está totalmente na penumbra, é o eclipse penumbral. Quando começa a entrar na umbra, é o eclipse parcial. Quando a lua está totalmente mergulhada na umbra, é o eclipse total, e ela toma uma cor avermelhada belíssima. Por isso é chamada de Lua de Sangue”, detalhou a astrônoma do Observatório Nacional.
Informações: Observatório Nacional
Post: G. Gomes
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09 maio, 2022
Engenheiro brasileiro voará na próxima missão da Blue Origin!
O primeiro turista espacial brasileiro (e segundo brasileiro no
espaço, no geral) será Victor Correa Hespanha, engenheiro de produção
que voará com o foguete New Shepard, da Blue Origin, durante a missão
NS-21. A empresa divulgou o voo e os outros cinco tripulantes da missão
nesta segunda-feira (9), sem revelar a data para o lançamento ou o valor
desembolsado pelos participantes.
A participação de Hespanha no voo é fruto de um investimento em um NFT (sigla para “Non-Fungible Token”) através da Crypto Space Agency, que rendeu a participação em um sorteio. "Comprei pensando no potencial de valorização, nunca imaginei que seria sorteado. Estou realizando um sonho de criança por meio de um NFT, a ficha ainda está caindo", disse, ao jornal Folha de S. Paulo.
👈 Em uma publicação da Blue Origin, o engenheiro Victor Correa Hespanha conta que sempre sonhou em ser astronauta, e que se sente honrado em se tornar o segundo brasileiro a ir ao espaço e o primeiro “criptonauta” do mundo — o primeiro brasileiro a ir ao espaço foi Marcos Pontes, que passou dez dias a bordo da Estação Espacial Internacional em 2006.
Entre os outros tripulantes da missão NS-21, estão o investidor Evan Dick e Hamish Harding, piloto de jatos comerciais. Eles estarão acompanhados de Jaison Robinson, cofundador da Dream Variation Ventures, e Victor Vescovo, explorador e cofundador da Insight Equity. Já Katya Echazarreta, engenheira e ex-líder de testes na NASA, se juntará a eles como a primeira mulher nascida no México e a norte-americana mais jovem a ir ao espaço, aos 26 anos.
A tripulação viajará a bordo do New Shepard, sistema formado por um foguete e cápsula, ambos criados pela própria Blue Origin. Após o lançamento, a cápsula é liberada, chegando a mais de 100 km de altitude; nesta etapa, os turistas espaciais podem curtir cerca de três minutos de sensação de ausência de peso. O propulsor retorna ao solo com a ajuda de seus motores, enquanto a cápsula é desacelerada com paraquedas. Até o momento, a Blue Origin já levou 20 pessoas ao espaço suborbital.
Fonte: Blue Origin
Via: Mensageiro Sideral
Post: G. Gomes
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23 abril, 2022
Agricultura: Inseticida fisiológico inédito é registrado para o controle de lagartas
O Ato n° 18 do
Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de
Defesa Agropecuária, publicado nesta terça-feira dia 19 de Abril de 2022, no Diário
Oficial da União, traz o registro de 28 defensivos agrícolas formulados,
ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos
agricultores. Desses, dois são de ingredientes ativos inéditos, sendo um
deles considerado de baixo impacto.
Entre os produtos químicos registrados, pela primeira vez um produto formulado à base do ingrediente ativo Bistriflurom será ofertado aos agricultores. Trata-se de um inseticida fisiológico para o controle de lagartas importantes, com indicação de uso nas culturas do algodão, citros, milho e soja. Segundo a classificação da Anvisa, este é um produto Classe V, ou seja, improvável de causar dano agudo.
Para o controle da ferrugem-asiática e da mancha-alvo na soja, novamente será ofertado um fungicida à base de Impirfluxam, o terceiro registrado em 2022.
A novidade dos biológicos fica por conta do primeiro registro da vespinha Trichospilus diatraeae com uso aprovado para a agricultura orgânica. As larvas dessa vespinha parasitam as pupas das lagartas, sendo nesse registro específico, indicada para controle da lagarta dos eucaliptos e da broca da cana-de-açúcar.
Além disso, outros quatro produtos foram registrados com uso aprovado para a agricultura orgânica. Uma vespinha, Palmistichus elaeisis, um isolado de Beauveria bassiana, um Metarhizium anisopliae e um outro com o óleo de neem.
Outros três produtos de baixo impacto divulgados no Ato são hormônios vegetais, que embora não tenham efeito tóxico para pragas são registrados com base na mesma Lei dos Agrotóxicos.
Os produtos de baixo impacto são importantes para a agricultura não apenas pelos aspectos toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente, uma vez que esses produtos são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados em qualquer cultura.
Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.
Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.
Informações: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Post: G. Gomes
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02 abril, 2022
Governo Federal investirá R$ 42 milhões em cooperação com Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisas.
O Governo Federal,
por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
investirá R$ 42 milhões em cooperação com fundações estaduais de amparo à
pesquisa. O objetivo do aporte de recursos orçamentários é a
continuidade a três programas: Programa de Infraestrutura para Jovens
Pesquisadores-Programa Primeiros Projetos (PPP), Programa de Apoio a
Núcleos Emergentes de Pesquisa (Pronem) e Programa de Apoio a Núcleos de
Excelência (Pronex), desenvolvidos em parceria com as fundações
estaduais de amparo à pesquisa.
Os recursos são oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e serão repassados no mês de abril ao CNPq. A ação em articulação com os estados busca promover o esforço integrado de fomento de pesquisa entre a esfera federal e órgãos estaduais de apoio à pesquisa, bem como com o setor produtivo, no desenvolvimento de ações comuns e complementares e no incentivo à formação de recursos humanos. Os projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação são de longa duração e devem atender às necessidades e prioridades do desenvolvimento regional.
“Depois de quase uma década, retomamos os investimentos federais em programas importantes em parceria com os estados, que integram o ecossistema de pesquisa, inovação e tecnologia brasileiro. Os recursos do FNDCT serão fundamentais para contribuir no atendimento às prioridades regionais de desenvolvimento”, afirma o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales.
Conheça a finalidade de cada um dos programas:
Programa de Infraestrutura para Jovens Pesquisadores - Programa Primeiros Projetos (PPP)
Implementado em 2003 pelo CNPq, de acordo com a Política de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Econômico e Social do País, o programa busca apoiar jovens doutores (até 8 anos de titulação) e fomentar a nucleação de novos grupos de pesquisa por meio da aquisição, instalação, modernização, ampliação ou recuperação da infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica nas Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação.Em parceria com os estados, o Programa PPP registra cinco rodadas de negociação (2003; 2006; 2008; 2010 e 2013). A última versão buscou consolidar a parceria do Governo Federal com os Governos Estaduais com vistas à ampliação das competências científicas e tecnológicas em todas as unidades da federação. A partir da celebração de convênios, a entidade local passou a ser responsável pela execução, acompanhamento e avaliação dos projetos selecionados, cabendo ao CNPq o monitoramento de todo o processo e a avaliação final da parceria.
Programa de Apoio a Núcleos Emergentes de Pesquisa (PRONEM)
Foi criado com o intuito de apoiar grupos de pesquisa já instalados, composto por pesquisadores com alta capacidade de produção científica e tecnológica, mas que ainda não atingiram status consolidado e que não possuem competitividade suficiente para concorrer em ações direcionadas a grupos com competência de ponta.O Programa PRONEM, em parceria com os estados, registra duas rodadas de negociação (2010 e 2013). A partir da celebração de convênios, a entidade local passou a ser responsável pela execução, acompanhamento e avaliação dos projetos selecionados, cabendo ao CNPq o monitoramento de todo o processo e a avaliação final da parceria.
Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (PRONEX)
Criado em 1996, é um instrumento de estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico do País, com o apoio continuado a grupos de alta competência em suas áreas de atuação, que funcionam como fonte geradora e transformadora de conhecimento científico e tecnológico para aplicação em programas e projetos de relevância ao desenvolvimento do Brasil.O Programa PRONEX, em parceria com os estados, já registra cinco rodadas de negociação (2003; 2006; 2008; 2010 e 2013). A última versão buscou consolidar a parceria do Governo Federal com os Governos Estaduais com vistas à ampliação das competências científicas e tecnológicas em todas as unidades da federação.
Informações: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
Post: G. Gomes
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Post: G. Gomes
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19 março, 2022
Botucatu deverá abrigar Centro de Biofármacos
Protocolo
de intenções para a criação de um Centro Nacional de Biofármacos e
Biomoléculas foi assinado hoje dia 19 de Março de 2022, em Botucatu, no interior paulista,
entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
O centro vai permitir escalonar a produção de medicamentos biológicos. Entre os novos medicamentos que poderão ser produzidos estão os Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs), que são usados, por exemplo, na produção de vacinas.
O centro terá 1.470 metros quadrados e abrigará laboratórios de pesquisa e espaço de coworking ( trabalho colaborativo ou cooperativo) para hospedar startups de biotecnologia. O prédio terá ainda alas fabril e de controle de qualidade. A fábrica terá capacidade de produzir amostras para pesquisa e testes clínicos.
Durante o evento, o ministro do MCTI, Marcos Pontes, destacou a iniciativa como meio de aproximar o conhecimento às necessidades da sociedade. “Uma das coisas que a gente notou na pandemia logo de cara foi esse gap (lacuna)”, afirmou. Segundo Pontes, a cada cinco papers publicados por cientistas brasileiros, só um é utilizado de forma prática no país. “O que está faltando? Ligação entre pesquisa e empresas.”
Para o reitor da Unesp, Pasqual Barretti, a universidade “não tem direito de se desconectar das políticas públicas”. Ele lembrou que a pandemia mostrou a importância e o tamanho do Sistema Único de Saúde (SUS). “O SUS tem que avançar e essas medidas na área de ciência e tecnologia vão trazer a ciência para perto do SUS e ele será ainda maior para o bem da sociedade e para o bem de todos.”
De acordo com o MTCI, ainda não está definido o valor dos recursos que serão destinados à criação do centro.
Informações: MCTI
Post: G. Gomes
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16 fevereiro, 2022
Investimos: Chamada pública destina R$ 50 milhões para melhorias em Laboratórios.
Foi lançada hoje dia 16 de Fevereiro de 2022) uma chamada pública
para aperfeiçoamento de laboratórios que tenham necessidade de ambientes
controlados em aspectos como pressão e temperatura. Serão destinados R$
50 milhões para instituições de pesquisa em todo o país, sendo que 30%
dos recursos estão reservados para as regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste.
O dinheiro vem do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e será repassado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Propostas serão recebidas até o próximo dia 19 de maio. O resultado final deve ser publicado em setembro. Cada projeto poderá solicitar de R$ 1 milhão a R$ 4 milhões em recursos.
O dinheiro vem do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e será repassado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Propostas serão recebidas até o próximo dia 19 de maio. O resultado final deve ser publicado em setembro. Cada projeto poderá solicitar de R$ 1 milhão a R$ 4 milhões em recursos.
O diretor científico e tecnológico da Finep, Marcelo Bortolini, destacou que a abertura da chamada atende a uma demanda das instituições por melhoria das instalações para realização de pesquisas. “Para que nós possamos desenvolver pesquisas na fronteira do conhecimento nós precisamos melhorar a nossa infraestrutura laboratorial”, disse.
Serão contemplados laboratórios que necessitam de alto grau de controle sobre os ambientes em aspectos como pressão, temperatura, iluminação, ruído, contaminação por partículas ou microrganismos. Assim, serão atendidas diversas áreas do conhecimento.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, também ressaltou a importância de garantir aos pesquisadores brasileiros o acesso a equipamentos de qualidade.
“A gente precisa melhorar a infraestrutura de pesquisa do Brasil, nas nossas universidades, nos nossos centros de pesquisa. Colocar para os nossos pesquisadores a possibilidade de fazer pesquisa com bons equipamentos”, disse durante o lançamento da chamada.
Para o ministro, a pandemia de covid-19 mostrou a necessidade de o país aumentar os investimentos em pesquisa de ponta. “A gente não pode passar a pandemia e não aprender nada com ela. A gente tem que deixar o país muito mais preparado para as próximas pandemias”, acrescentou.
Além da expansão da infraestrutura, Pontes defende mais investimentos na formação de cientistas e pesquisadores. “Aumentar o número de mestres, doutores, pós-docs no setor. Esse é um trabalho que a gente tem feito com o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e a Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]”, disse.
Também é importante, na visão do ministro, aumentar o desenvolvimento de pesquisas na iniciativa privada. “Levar mestres e doutores para dentro das empresas para ter mais departamentos de pesquisa e desenvolvimento”.
Informações: MCTI
Post: G. Gomes
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22 janeiro, 2022
Estudante brasileira descobre 25 asteroides!
É
entre microscópios e telescópios que a estudante de medicina Verena
Paccola Menezes, de 22 anos, passa boa parte de seu tempo. Se, por um
lado, o primeiro instrumento a ajuda nos caminhos que trilha para se
tornar uma neurocirurgiã, é pelo telescópio que ela anteviu uma outra
possibilidade: a medicina espacial, paixão que surgiu após, nos momentos
de hobby, ter descoberto 25 asteroides. Um deles, classificado como
raro pela órbita diferenciada que poderá colocá-lo na direção da Terra.
Nos momentos livres, Verena é uma “caçadora de asteroides”. Mas a verdade é que ela, desde criança, sempre se considerou uma cientista.
“A ciência sempre esteve presente na minha vida. Nem lembro quando comecei a me interessar. Brinco que já nasci cientista porque, para mim, fazer ciência e ser cientista é fazer perguntas, questionar o mundo e ir atrás das respostas por conta própria, sem se contentar com o superficial. Sempre vivi dessa forma. Sempre fui uma criança muito curiosa para descobrir o mundo”, disse a estudante de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que é também técnica de Enfermagem.
“Microscópio e telescópio representam coisas diferentes na minha vida. O microscópio é mais voltado para minha profissão porque envolve o que quero trabalhar, que é a medicina e a área acadêmica. O telescópio é mais um hobby, devido à minha curiosidade – o que abrange também céu e espaço. Sempre tive curiosidade para saber o que existe para além do que a gente pode ver. Amo os dois instrumentos”, resume ela à Agência.
O curso técnico de enfermagem foi feito durante o ensino médio, na Unicamp entre 2015 e 2017. Foi ali que ela começou a viver o ambiente hospitalar de forma mais profissional para, em seguida, já formada e no Hospital Albert Einstein (SP), fazer pesquisas na área de neurociência computacional para crianças do espectro autista.
Em 2019, representou o Brasil na Assembleia da Juventude nas Nações Unidas (ONU) e se mudou para o Canadá, onde iniciou graduação em neurociência. “Só que sempre sonhei em fazer medicina na USP, o que acabou voltando aos meus planos após ter de retornar ao Brasil porque, em termos financeiros, estava inviável continuar no Canadá”.
E foi exatamente a angústia de não praticar ciência que a fez avançar em uma outra paixão: a astronomia. “Eu precisava de algo científico para me estimular. Foi quando me deparei, em um grupo de Whatsapp, com essa oportunidade de aprender a caçar asteroide”.
Ela fez então todo um treinamento que a capacitou para o novo hobby. “Gostei muito disso. Depois de capacitada, comecei a usar o software que eles usam para caçar asteroides. Eu recebia imagens tiradas por um telescópio do Havaí. Cada pacote de imagens feitas pelo telescópio era composto de quatro imagens tiradas com diferença de segundos. Eu pegava esse pacote de imagens e o jogava no software que as piscava seguidamente, em ordem. Como elas tinham diferença de tempo, dava para perceber se alguma coisa se movia no Espaço”.
Quando Verena encontrava algum pontinho se movimentando, fazia a análise numérica do objeto para ver se ele se encaixava nos padrões de um asteroide. Caso o resultado fosse positivo, ela gerava um relatório e o enviava para o centro internacional que estuda isso em Harvard (EUA).
Foi dessa forma que ela descobriu nada menos que 25 novos asteroides. Diante do feito, foi convidada, em dezembro do ano passado, a receber uma medalha de ordem ao mérito, dada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, em Brasília, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Nos momentos livres, Verena é uma “caçadora de asteroides”. Mas a verdade é que ela, desde criança, sempre se considerou uma cientista.
“A ciência sempre esteve presente na minha vida. Nem lembro quando comecei a me interessar. Brinco que já nasci cientista porque, para mim, fazer ciência e ser cientista é fazer perguntas, questionar o mundo e ir atrás das respostas por conta própria, sem se contentar com o superficial. Sempre vivi dessa forma. Sempre fui uma criança muito curiosa para descobrir o mundo”, disse a estudante de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), que é também técnica de Enfermagem.
Brinquedo na escola
Verena ganhou o primeiro microscópio quando tinha apenas 4 anos de idade. “Eu o levava como brinquedo para a escola, enquanto minhas amigas levavam bonecas e jogos”, lembra. O telescópio veio um pouco depois, aos 8 anos. “Tenho ele até hoje no meu quarto principalmente para olhar a Lua”, disse a estudante, que há dois anos cursa a faculdade da USP em Ribeirão Preto, onde faz pesquisas sobre Alzheimer.“Microscópio e telescópio representam coisas diferentes na minha vida. O microscópio é mais voltado para minha profissão porque envolve o que quero trabalhar, que é a medicina e a área acadêmica. O telescópio é mais um hobby, devido à minha curiosidade – o que abrange também céu e espaço. Sempre tive curiosidade para saber o que existe para além do que a gente pode ver. Amo os dois instrumentos”, resume ela à Agência.
O curso técnico de enfermagem foi feito durante o ensino médio, na Unicamp entre 2015 e 2017. Foi ali que ela começou a viver o ambiente hospitalar de forma mais profissional para, em seguida, já formada e no Hospital Albert Einstein (SP), fazer pesquisas na área de neurociência computacional para crianças do espectro autista.
Em 2019, representou o Brasil na Assembleia da Juventude nas Nações Unidas (ONU) e se mudou para o Canadá, onde iniciou graduação em neurociência. “Só que sempre sonhei em fazer medicina na USP, o que acabou voltando aos meus planos após ter de retornar ao Brasil porque, em termos financeiros, estava inviável continuar no Canadá”.
Recomeço
O problema é que a jovem, que já era uma pesquisadora, teve de começar tudo de novo, para entrar na USP. “Fazia muito tempo que eu tinha feito o curso médio, e já não lembrava bem do conteúdo. Tive de reaprender tudo do zero. Não foi uma fase legal, depois de fazer tanta pesquisa, voltar a estudar as matérias do ensino médio. Vivi muita pressão”.E foi exatamente a angústia de não praticar ciência que a fez avançar em uma outra paixão: a astronomia. “Eu precisava de algo científico para me estimular. Foi quando me deparei, em um grupo de Whatsapp, com essa oportunidade de aprender a caçar asteroide”.
Ela fez então todo um treinamento que a capacitou para o novo hobby. “Gostei muito disso. Depois de capacitada, comecei a usar o software que eles usam para caçar asteroides. Eu recebia imagens tiradas por um telescópio do Havaí. Cada pacote de imagens feitas pelo telescópio era composto de quatro imagens tiradas com diferença de segundos. Eu pegava esse pacote de imagens e o jogava no software que as piscava seguidamente, em ordem. Como elas tinham diferença de tempo, dava para perceber se alguma coisa se movia no Espaço”.
Quando Verena encontrava algum pontinho se movimentando, fazia a análise numérica do objeto para ver se ele se encaixava nos padrões de um asteroide. Caso o resultado fosse positivo, ela gerava um relatório e o enviava para o centro internacional que estuda isso em Harvard (EUA).
Foi dessa forma que ela descobriu nada menos que 25 novos asteroides. Diante do feito, foi convidada, em dezembro do ano passado, a receber uma medalha de ordem ao mérito, dada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, em Brasília, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Verena Paccola recebe medalha de ordem ao mérito do MCTI- Neila Rocha (ASCOM/SEAPC/MCTI)
Asteroide raro
“Acabei recebendo mais que uma medalha.
Quando achei que a premiação tinha acabado, me chamaram novamente ao
palco para receber um troféu. Foi ali que me contaram que eu havia
descoberto um asteroide importante e raro, que segue uma órbita
diferente em torno do Sol”.
Normalmente os asteroides do Sistema Solar estão localizados entre Marte e Júpiter, onde fica o chamado Cinturão Principal. Um dos asteroides descobertos por Verena seguia uma órbita diferente da dos demais, o que aumenta as possibilidades de sua rota coincidir com a do planeta Terra.
“Agora a gente tem de ver para onde ele está indo, de forma a prever possíveis impactos com a Terra. Não sei se isso vai acontecer. A possibilidade existe, mas se a gente olhar para as dimensões do Universo, vemos que a probabilidade é muito pequena”, diz ela, esperançosa de que sua descoberta não seja algo apocalíptico semelhante à história contada no filme Não Olhe para o Cima, na qual uma pesquisadora descobre um cometa com rota em direção a Terra, que dará fim à vida no planeta.
“Fiquei chocada com esse filme. Ele é muito bom até do ponto de vista científico. É também o retrato da sociedade e da mulher na ciência. Claro que me identifiquei muito com a personagem por também ser uma mulher na ciência. E, na ciência, as mulheres, além de não serem ouvidas, vivem em um contexto no qual é o homem quem leva a maioria dos créditos. No filme, ela inclusive foi tachada de louca”.
Na avaliação da estudante caçadora de asteroides, o filme vai além, abordando a humanidade atual como um todo. “Fala muito sobre essa onda negacionista que vivemos no Brasil. Dá para relacionar a muitos assuntos, além de um cometa ou um asteroide. É também uma metáfora para a questão do aquecimento global, que os cientistas tanto falam que está acontecendo e que ninguém ouve. Mostra também o peso da economia em decisões”, argumenta.
Normalmente os asteroides do Sistema Solar estão localizados entre Marte e Júpiter, onde fica o chamado Cinturão Principal. Um dos asteroides descobertos por Verena seguia uma órbita diferente da dos demais, o que aumenta as possibilidades de sua rota coincidir com a do planeta Terra.
“Agora a gente tem de ver para onde ele está indo, de forma a prever possíveis impactos com a Terra. Não sei se isso vai acontecer. A possibilidade existe, mas se a gente olhar para as dimensões do Universo, vemos que a probabilidade é muito pequena”, diz ela, esperançosa de que sua descoberta não seja algo apocalíptico semelhante à história contada no filme Não Olhe para o Cima, na qual uma pesquisadora descobre um cometa com rota em direção a Terra, que dará fim à vida no planeta.
“Fiquei chocada com esse filme. Ele é muito bom até do ponto de vista científico. É também o retrato da sociedade e da mulher na ciência. Claro que me identifiquei muito com a personagem por também ser uma mulher na ciência. E, na ciência, as mulheres, além de não serem ouvidas, vivem em um contexto no qual é o homem quem leva a maioria dos créditos. No filme, ela inclusive foi tachada de louca”.
Na avaliação da estudante caçadora de asteroides, o filme vai além, abordando a humanidade atual como um todo. “Fala muito sobre essa onda negacionista que vivemos no Brasil. Dá para relacionar a muitos assuntos, além de um cometa ou um asteroide. É também uma metáfora para a questão do aquecimento global, que os cientistas tanto falam que está acontecendo e que ninguém ouve. Mostra também o peso da economia em decisões”, argumenta.
Futuro
As oportunidades abertas pela astronomia à
estudante de medicina estão fazendo-a repensar os planos para o futuro.
“Tenho certeza de que realizarei o sonho de me formar em medicina. Estou
no segundo ano do curso e tudo segue para que eu faça residência em
neurocirurgia”, diz a caçadora de asteroides. “Só que agora eu tenho uma
pulga atrás da orelha”, acrescentou.
Essa “pulga” foi colocada pelo presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura. “Depois da premiação em Brasília, visitei a agência. Lá, ele me falou sobre medicina espacial, que até então eu não conhecia porque não é uma área muito divulgada aqui no Brasil como especialização”.
O assunto despertou o interesse de Verena. “Comecei então a pesquisar e vi que tem médicos que estão no espaço agora, fazendo pesquisas em gravidade zero para ver como determinados tecidos se desenvolvem; como algumas células se multiplicam. É muito legal. E tem médicos desenvolvendo tecnologias para as pessoas irem ao espaço. É uma área muito grande que eu nem imaginava existir. Agora, é uma nova área para explorar e considerar para o meu futuro. Mas vamos ver”.
“Por enquanto, vou continuar caçando asteroides e, se tudo der certo, ser também treinadora de caçadores de asteroides para que outras pessoas façam o mesmo e formemos equipes. Planejo fazer isso pelo meu Instagram”, completou.
Essa “pulga” foi colocada pelo presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura. “Depois da premiação em Brasília, visitei a agência. Lá, ele me falou sobre medicina espacial, que até então eu não conhecia porque não é uma área muito divulgada aqui no Brasil como especialização”.
O assunto despertou o interesse de Verena. “Comecei então a pesquisar e vi que tem médicos que estão no espaço agora, fazendo pesquisas em gravidade zero para ver como determinados tecidos se desenvolvem; como algumas células se multiplicam. É muito legal. E tem médicos desenvolvendo tecnologias para as pessoas irem ao espaço. É uma área muito grande que eu nem imaginava existir. Agora, é uma nova área para explorar e considerar para o meu futuro. Mas vamos ver”.
“Por enquanto, vou continuar caçando asteroides e, se tudo der certo, ser também treinadora de caçadores de asteroides para que outras pessoas façam o mesmo e formemos equipes. Planejo fazer isso pelo meu Instagram”, completou.
Informações: ebc
Post: G. Gomes
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Post: G. Gomes
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24 dezembro, 2021
CNPq começa a pagar bolsas de Iniciação Científica Jr.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) disponibiliza, a partir de hoje dia 24 de Dezembro de 2021, o
pagamento dos 2.391 bolsistas contemplados com as bolsas de Iniciação
Científica Jr previstas no programa Auxílio Brasil.
Essas bolsas, com vigência de um ano e valor de R$ 100, foram concedidas a estudantes que integram famílias beneficiárias do Auxílio Brasil e que se destacam em competições acadêmicas e científicas, de abrangência nacional.
Os pagamentos são feitos por meio do Banco do Brasil. “Lembramos que o horário bancário deste dia 24 de Dezembro de 2021 será reduzido, das 9h às 11horas.
Os pagamentos vão permanecer à disposição a partir do dia 27 de dezembro, segunda-feira”, informa o CNPq.
Informações: CNPq
Post: G. Gomes
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22 dezembro, 2021
Governo Federal destina R$ 100 milhões para infraestrutura de laboratórios de pesquisa no País.
Um
total de R$ 100 milhões vão reforçar infraestruturas laboratoriais de
pesquisa no país. O Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovações (MCTI), lançou na segunda-feira dia 20 de Dezembro de 2021 uma
Chamada Pública para apoiar a modernização, adaptação e compra de novos
equipamentos para laboratórios voltados para a pesquisa. O ministro do
MCTI, astronauta Marcos Pontes, participou da cerimônia de lançamento em
São Paulo e destacou a importância deste recurso para o setor.
”A infraestrutura de pesquisa vem sofrendo há bastante tempo por causa de orçamento e agora com essa primeira injeção de R$ 100 milhões para infraestruturas de laboratórios, pequenos ajustes e adaptações é um primeiro passo. É um avanço muito grande para o setor e é um ponto de partida. Agora, a gente tem a liberação do FNDCT então a ideia é investir estes recursos na infraestrutura de pesquisa no brasil e na formação de pessoas no Brasil”, afirmou.
O dinheiro para a chamada é oriundo do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e será viabilizado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública vinculada ao MCTI. O presidente da Finep/MCTI, Waldemar Barroso, falou da relevância do investimento nos laboratórios de pesquisa.
“Nós temos noção da importância das instalações, dos equipamentos para que a pesquisa seja desenvolvida. A pandemia mostrou a necessidade de termos pessoas competentes e equipamentos prontos disponíveis não só para aquele doutor concluir o curso no prazo”, destacou o presidente da Finep/MCTI que ainda destacou o esforço conjunto com o ministério para a liberação dos recursos.
O secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, lembrou que o investimento da estrutura de laboratórios é uma bandeira do ministério e destacou a importância da iniciativa. “É muito importante para o sistema nacional de ciência, tecnologia e inovações. O apoio à infraestrutura de pesquisa é um ponto crucial para o desenvolvimento das ações de ciência e tecnologia e o aporte de R$ 100 milhões para a atenção de infraestrutura de pesquisa é algo que está sendo almejado pelos pesquisadores e instituições de pesquisa em todo país”, avaliou.
O evento foi realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. O local foi escolhido por conta das importantes contribuições da instituição para a pesquisa brasileira. O edital da Chamada Pública para apoio à infraestrutura laboratorial de pesquisa está disponível no site da Finep/MCTI. No edital, as instituições que pretendem participar podem consultar detalhes do processo como prazo, quantidade de propostas e valores disponíveis.
Informações: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
Post: G. Gomes
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16 dezembro, 2021
CNPq/MCTI antecipa pagamentode Janeiro para bolsistas!
O
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI),
antecipou nesta quarta-feira dia 15 de Dezembro de 2021, o pagamento de janeiro dos
bolsistas da agência.
Ao todo, são 86.887 bolsistas pagos com orçamento
do CNPq/MCTI e 3.563 com recursos de outros órgãos.
Os pagamentos das mensalidades de dezembro são realizados, normalmente, em janeiro do exercício seguinte (até o quinto dia útil). Com a antecipação, esse pagamento está sendo feito com cerca de 20 dias de adiantamento.
Os pagamentos das mensalidades de dezembro são realizados, normalmente, em janeiro do exercício seguinte (até o quinto dia útil). Com a antecipação, esse pagamento está sendo feito com cerca de 20 dias de adiantamento.
Ao todo, são 86.887 bolsistas pagos com orçamento do CNPq/MCTI e 3.563 com recursos de outros órgãos
Informações:inistério da Ciência, Tecnologia e Inovações
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