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14 junho, 2017

Eu desviei dinheiro público: A confissão do ex-governador

Buda Mendes - FIFA via Getty Images

Manobras reveladas na Operação Lava Jato e, geralmente, negadas pelos envolvidos foram confessadas pelo ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa. Em troca do benefício da prisão domiciliar, ele admitiu que pagou dívidas de campanha com dinheiro desviado do governo.

Ele contou que recebeu propinas do secretariado pela manutenção de contratos e também da desapropriação de terrenos para construção de obras públicas. Disse ainda que recebeu doações eleitorais ilegais para campanhas de aliados.

Entre as confissões, ele afirmou que a desapropriação no bairro Jardim Liberdade para a empresa Santorini Empreendimentos teve o único propósito de desviar dinheiro público em benefício da organização criminosa porque ele tinha uma dívida de campanha com Valdir Piran.

A desapropriação custou R$ 31 milhões aos cofres do Mato Grosso. "O combinado com a empresa Santorini era o retorno da propina no montante de metade desse valor (R$ 15,5 milhões)", diz trecho da decisão da juíza Selma Arruda.

Junto com a confissão, o ex-governador colocou à disposição da Justiça R$ 46,6 milhões em bens. Entre os bens estão um lote, uma aeronave e um imóvel, em Cuiabá, avaliado em R$ 1,2 milhões.

Prisão domiciliar
Com isso, Silval usará tornozeleira eletrônica e não poderá conversar com outros réus da mesma investigação. A única excessão é o filho, Rodrigo Barbosa, que chegou a ser preso na operação. A juíza Selma Arruda permitiu o contato "por questão humanitária".

Silval optou pela confissão por medo de permanecer em regime fechado. Ele disse que estava se sentindo inseguro no cárcere por pressão de pessoas que podem vir a ser citadas em uma possível delação. Ele negocia um acordo no âmbito da operação Ararath, que investiga empréstimos ilegais envolvendo o governo do Mato Grosso.

O acordo firmado com a Justiça para conseguir a prisão domiciliar é referente à operação Sodoma, um braço da Lava Jato que investiga desvio na compra de terrenos, além de fraudes em licitações. Silval, entretanto, também é citado na delação da JBS.

Informações: Yahoo
Edição: G. Gomes
Para: www.deljipa.blogspot.com.br

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