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DELJIPA | Informações e Notícias | Ano XI

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01 junho, 2021

Ciência; Assinados memorandos de entendimento entre Brasil e Portugal.

 
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, está na cidade de Lisboa, em Portugal, onde assinou três memorandos de entendimento entre Brasil e Portugal. O acordo ocorreu durante reunião com o ministro de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Manuel Heitor, na segunda-feira  dia 31 de maio de 2021.

Certamente esses acordos vão permitir uma aproximação ainda maior dos dois países que trabalham juntos já há algum tempo”, destacou Marcos Pontes.

Os memorandos assinados preveem o lançamento de uma rede de cooperação para promoção da cultura científica e tecnológica; e o desenvolvimento de nanociências e tecnologias quânticas para o desenvolvimento da física nuclear, de partículas, astropartículas e cosmologia.

Para o ministro de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Manuel Heitor, os acordos assinados são mais um passo na cooperação com o Brasil. “Os três acordos assinados são de áreas particularmente críticas da ciência”, ressaltou.

Acordo ocorreu na cidade de Lisboa, em Portugal - Foto: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
Informações :Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
Post: G. Gomes
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18 maio, 2021

Ministro Marcos Pontes defende construção de Laboratório de biossegurança máxima!


O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marcos Pontes, defendeu a construção de um laboratório de biossegurança máxima (nível 4) no Brasil. 
 
De acordo com ele, o local escolhido para a instalação será o Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, no interior do estado de São Paulo. 

O MCTI está liderando um movimento, junto com outros ministérios, para que possamos construir no país um laboratório de biossegurança máxima, nível 4. Foram feitos vários seminários, encontros, reuniões, e nós vamos construir isso para defender a nossa população”, disse o ministro em visita ao CNPEM nessa segunda-feira  dia 17 de maio de 2021.

No local, já funcionam quatro laboratórios de tecnologia avançada:
  • o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), que opera o Sirius, o mais moderno acelerador de partículas brasileiro.
  • O Laboratório Nacional de Biociências (LNBio).
  • o Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR).
  •  o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano).
O fato de termos um laboratório de biossegurança 4, associado a uma instalação como essa do Sirius, vai nos colocar à frente de muitos países. Já existe muito interesse internacional nas pesquisas que podem ser realizadas”, destacou o ministro.

O local escolhido para esse laboratório é essa instalação, o CNPEM, o Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais. Acho que não preciso nem falar o porquê, com toda essa associação com outras tecnologias aqui”, acrescentou Pontes.

Estruturas com nível 4 de biossegurança são capazes de manipular com segurança vírus e bactérias de alta periculosidade, como o vírus do ebola.

Segundo o Ministério da Defesa, o grupo de trabalho interministerial que trata do assunto atua na elaboração de uma proposta de construção de um laboratório desse porte no Brasil desde agosto de 2020. 

O grupo terá que apresentar, até o fim de 2021, um relatório à Câmara de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden) para viabilizar o projeto, associado a uma Política Nacional de Biossegurança e Bioproteção.

Informações: MCTI
Post: G. Gomes
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12 abril, 2021

Inclusão: Currículo Lattes terá nova seção para registrar licença-maternidade.

 
O Currículo Lattes permitirá o registro dos períodos de licença-maternidade de pesquisadoras. A nova seção, que terá preenchimento opcional, entrará em funcionamento na próxima quinta-feira  dia 15 de Abril de 2021. 

Mantida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a plataforma Lattes é o sistema oficial do Brasil para cadastro de cientistas das diversas áreas do conhecimento.

A possibilidade de inclusão da licença é uma demanda de cientistas brasileiras, informou o CNPq ao divulgar a mudança. “Essa evolução tem o objetivo de atender demandas de representantes da comunidade científica e de instituições parceiras desse conselho, sobretudo do Movimento Parent in Science, coordenado pela pesquisadora Fernanda Staniscuaski, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que havia protocolado a solicitação no CNPq”, diz nota do conselho.
 
O projeto Parent in Science, que luta por equidade para pesquisadores e pesquisadoras com filhos, considera que a chegada dos filhos pode causar impacto significativo na produção dos pesquisadores, especialmente das mulheres, com desaceleração na elaboração de artigos, afetar o currículo e gerar desvantagem em relação a colegas. 

Em 2019, o PARENT IN SCIENCE apresentou um pedido formal ao CNPq.

Com a possibilidade de sinalizar o período da licença nessa nova versão do Currículo Lattes, recrutadores, universidades e agências de fomento à pesquisa poderão compreender o por quê da queda em sua produção.

No Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq, 50% do total de pesquisadores cadastrados são mulheres. Nos últimos 15 anos o percentual de mulheres aumentou 7 pontos percentuais. 

Desde 2005, o conselho mantém o programa Mulher e Ciência, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações  e outros órgãos. A meta do programa é promover a participação de meninas e mulheres na ciência, além de promover pesquisas sobre relações de gênero, mulheres e feminismo.

Informações: CNPq
Post: G. Gomes
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17 março, 2021

Feira estimula estudantes a se aprofundarem na pesquisa cientifica.

 
Estudantes de todo o país dos níveis fundamental, médio e técnico que participam, até o próximo dia 27, da 19ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), desenvolveram projetos que constituem soluções inovadoras para a sociedade. A Febrace tem patrocínio da Petrobras e é uma promoção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).

Além de incentivar os estudantes a se aprofundarem na pesquisa científica, o evento premia as melhores ideias, que podem ser vistas e votadas pelos internautas. A feira recebeu em torno de 3 mil inscrições.

Os 345 projetos finalistas, feitos por estudantes dos três níveis de ensino, incluem desde aplicativos para pessoas com necessidades especiais, reciclagem e inteligência artificial, até trabalhos sobre os efeitos da pandemia de covid-19. Os trabalhos são oriundos de todas as regiões do país e envolvem mais de 700 estudantes e 482 professores de 295 escolas. A solenidade de premiação, no dia 27, poderá ser acompanhada no You Tube a partir das 15 horas.
 
Reflexão
Segundo o gerente de Patrocínios e Eventos da Petrobras, Aislan Greca, a Febrace “incentiva a reflexão, a criatividade e inovação para a solução de problemas”. Greca acentuou a importância de estimular os estudantes a superar desafios e ultrapassar a barreira do conhecimento científico por meio da pesquisa e da experimentação.

A Petrobras é patrocinadora da Febrace há 15 anos e tem um estande interativo onde as pessoas podem responder a um quiz (jogo) e concorrer a prêmios.

Esta é a primeira vez, desde sua criação em 2003, que a FEBRACE é totalmente online. Estão previstas palestras durante a feira, entre os dias 17 e 25 de março, sempre das 16h às 16h45, pelo canal da feira no YouTube. As palestras são ao vivo e ficarão disponíveis no site.

No dia 25, por exemplo, a Petrobras oferece ao público palestra com Flávio Guimarães, fundador e apresentador da plataforma Brincando com Ideias, também patrocinada pela companhia. A plataforma procura incentivar o aprendizado de tecnologia de forma lúdica, explicando de forma simples temas como programação, robótica, internet das coisas (IOT), entre outros.

De acordo com informação da assessoria de imprensa da Petrobras, a plataforma Febrace Virtual, que abriga o evento, permite que o público participe da feira e vote nos projetos. Os visitantes podem assistir a palestras e lives (transmissões ao vivo pela internet), visitar a mostra dos projetos, conhecer os estandes dos patrocinadores e até tirar fotos.

Rigor científico
A coordenadora científica da Febrace, professora Roseli de Deus Lopes, assegurou que, este ano, apesar do formato virtual, a mostra de projetos finalistas terá o mesmo rigor científico e de infraestrutura, o que garante a exposição dos projetos e avaliação por especialistas em uma plataforma especialmente desenvolvida, possibilitando a interação entre o público e os participantes. Em uma votação integrada com o Facebook, os estudantes podem curtir e votar nos projetos preferidos, disse Roseli.

A votação popular garante uma premiação à parte e não interfere nas bancas de avaliação que selecionam os quatro primeiros lugares de cada categoria, esclareceu a professora.. Os melhores projetos receberão troféus, medalhas, certificados e o reconhecimento de alguns patrocinadores, totalizando cerca de 300 prêmios. Também serão selecionados projetos para concorrer na Regeneron ISEF 2021 – a maior feira internacional do gênero, que ocorre de 16 a 21 de maio.
Informações: Febrace 
Post: G. Gomes
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23 fevereiro, 2021

Um bolsista da Capes criou um nanofilme comestível(Com vídeo)

 
Foto: Capes
Um bolsista da Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes) criou um nanofilme comestível, solúvel e incolor para conservar e proteger frutas e hortaliças. Jefferson Coelho Queiroz desenvolveu o produto no doutorado, cursado no Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), financiado pela Fundação.

Na pesquisa, Jefferson Queiroz buscava por um produto sustentável, criado a partir da síntese de nanopartículas, que retardasse o amadurecimento e o apodrecimento de frutas e ainda inibisse o crescimento de fungos e bactérias nos alimentos. “Essas nanoemulsões atuam como películas comestíveis e antimicrobianas na superfície das frutas, o que resulta no aumento do tempo de maturação e, consequentemente, na redução de desperdício de alimentos”, explica o pesquisador.

O processo de síntese, extração e produção do filme de revestimento é feito a partir de rotas verdes, usando o extrato da folha de algaroba, planta abundante no Nordeste. O pesquisador acredita que a pesquisa possa ter impacto direto na economia do país, pois, além de reduzir as perdas de alimentos, poderá viabilizar o transporte de determinadas culturas para exportação e por todo o território brasileiro.

Segundo o cientista, os alimentos chegam a durar até 25 dias a mais em comparação com frutas e hortaliças sem o revestimento. Dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostram que o Brasil é o terceiro maior produtor de frutas no mundo, oferecendo ao mercado cerca de 45 milhões de toneladas anualmente.

Informações: Capes 
Post: G. Gomes 
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12 fevereiro, 2021

MIT cita pesquisador brasileiro premiado pela Capes como cientista visionário!

 
Gabriel Liguori foi destacado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT/EU
Doutor em cirurgia torácica e cardiovascular, Gabriel Liguori foi destacado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, como um dos 35 empreendedores com menos de 35 anos capazes de transformar a saúde no mundo. 
 
Vencedor do Prêmio Capes de Tese de Medicina III, em 2020, ele é fundador da startup de biotecnologia brasileira TissueLabs. O trabalho dele é desenvolver órgãos e tecidos humanos em laboratório para uso em transplantes.

Junto com outros cientistas inovadores da América Latina, o médico, formado pela Universidade de São Paulo (USP), integra a lista Innovators Under 35 LATAM 2020, feita pela revista MIT Technology Review. A publicação reconhece profissionais inovadores e empreendedores talentosos que usam a ciência e a tecnologia para resolver problemas que afetam a sociedade.
Durante o doutorado, tive a oportunidade de desenvolver diversas técnicas, como rolamento de folhas, bioimpressão em 3D e hidrogel a partir de células-tronco”, explica Gabriel Liguori
Liguori já acumula no currículo passagens pela Harvard Medical School (EUA), Maastricht University (Holanda) e Imperial College London (Reino Unido). 
 
Durante o doutorado-sanduíche na USP e na Universidade de Groningen (Holanda), como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), desenvolveu tecnologias para a fabricação de vasos e tecidos sanguíneos em laboratório a serem usados com enxertos em pontes de safena, cirurgias cardíacas pediátricas e vasculares em geral.

Durante o doutorado, tive a oportunidade de desenvolver diversas técnicas, como rolamento de folhas, bioimpressão em 3D e hidrogel a partir de células-tronco”, explica Gabriel. Entretanto, ele destaca que, atualmente, o principal objetivo é apresentar, em um futuro próximo, o primeiro coração criado totalmente em uma impressora 3D.

Gabriel Liguori nasceu com uma doença no coração e, aos 2 anos, passou por uma cirurgia cardíaca. A partir dessa experiência veio a decisão de cursar medicina e se especializar em cardiologia. Depois de concluir o doutorado, o médico criou a TissueLabs: “É uma empresa na área de engenharia de tecidos, mas que também desenvolve produtos para pesquisadores e empresas que atuam nesta área. Hoje, a gente tem clientes não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos e na Europa, que trabalham com fabricação de órgãos e tecidos em laboratório”.

Informações: Capes
Post: G. Gomes
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05 fevereiro, 2021

Governo brasileiro fecha parceria com Museu de ciências de Israel.

 
Foto: Governo de Israel
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o Carasso Science Park, um museu de ciências em Israel, firmaram um memorando de entendimento para a cooperação na execução de projetos, programas, pesquisas e intercâmbios em áreas de interesse comum.

Durante a cerimônia virtual de assinatura do memorando, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, destacou que a colaboração conjunta permitirá a formação de jovens e professores no ensino de ciências, além da instalação no Brasil de um museu interativo semelhante ao Carasso. “Isso é um passo muito importante para que a gente possa preparar as novas gerações e compartilhar ciência e pesquisa entre os dois países.

Entre as possibilidades de cooperação, o memorando de entendimento estabelece: identificar oportunidades de educação em ciência, tecnologia, engenharia e matemática; compartilhar experiências e competências sobre modelos de administração e financiamento de museus; promover intercâmbios e capacitação profissional; e facilitar a cooperação e colaboração técnico-científica em pesquisa entre o Carasso Science Park e as instituições vinculadas ao MCTI, incluindo o Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).

O diretor do Carasso Science Park, Netzach Farbiash, disse que o museu foi inaugurado há apenas sete anos, mas já recebeu mais de 1 milhão de visitantes e produziu centenas de programas. “Quando olhamos para os nossos jovens, vemos a face de futuros cientistas e líderes. Ficaremos muito felizes em ver esse movimento cruzar o oceano e se desenvolver no Brasil. Posso imaginar grandes colaborações quando os dois países começarem a trabalhar juntos.
 
Museu
O Carasso Science Park, inaugurado em 2013, foi projetado para promover os líderes de ciência e tecnologia do amanhã, servindo como uma instituição educacional e cultural líder no sul de Israel. O museu interativo conta com uma série de programas inovadores, com instalações completas e experiência prática, onde os visitantes podem saciar a curiosidade e estimular a criatividade. 
Informações: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
Post: G. Gomesa
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28 janeiro, 2021

Brasil: OCDE aprova revisão sobre acesso a dados de pesquisas científicas com financiamento público.

 
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) anunciou a aprovação da revisão da Recomendação sobre Acesso a Dados de Pesquisas Científicas com Financiamento Público. O novo documento, que foi elaborado com a participação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), promove o acesso aberto a dados de pesquisas científicas feitas com investimento público. O Brasil foi o único país não-membro da OCDE que participou do grupo de trabalho que construiu a nova recomendação.

Para o Brasil, a adesão ao instrumento reforça as iniciativas de dados abertos e transparência pública que já estão em andamento e aponta para a necessidade de desenvolvimento de políticas e iniciativas específicas para a abertura e compartilhamento de dados científicos. Trata-se de mais um passo para entrar no seleto grupo de membros da instituição”, ressaltou Luiz Fernando Fauth, assessor do MCTI e representante brasileiro no grupo de trabalho da OCDE.

A existência de dados abertos para pesquisadores foi um diferencial para lidar com a crise global por causa do coronavírus, com a adoção de medidas para melhorar a eficiência do investimento público em Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).

Essas iniciativas reduzem a duplicação de esforços na coleta de informações científicas, permitem a utilização de um mesmo conjunto de dados em diferentes projetos de pesquisa, facilitam a cooperação científica, induzem ganhos de qualidade para a pesquisa científica por meio da verificação de resultados e democratizam o conhecimento científico”, afirmou o ministro do MCTI, Marcos Pontes.
 
Brasil e OCDE
O Conselho Ministerial da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico adotou, em 16 de maio de 2007, uma resolução fortalecendo a cooperação com o Brasil, assim como com a China, Índia, Indonésia e África do Sul, definindo esses países como “Parceiros-Chaves” da OCDE.

Assim, o Brasil tem a possibilidade de participar dos diferentes órgãos e aderir aos instrumentos legais da OCDE, integrar-se aos informes estatísticos e revisões por pares de setores específicos da instituição, e participar como convidado de todas as reuniões Ministeriais da OCDE.

O Brasil expressou oficialmente o interesse em tornar-se um membro da OCDE em maio de 2017. Desde então, o país intensifica o relacionamento com os países-membros da entidade, adaptando-se para atender aos padrões da organização e ampliando a participação nos diferentes órgãos da OCDE. Em 2019, foi criado no Brasil o Conselho Brasil-OCDE com a coordenação da Casa Civil.
Informações: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
Post: G. Gomes
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02 janeiro, 2021

Brasil e as perspectivas astronômicas para 2021.

 
O ano de 2021 traz perspectivas animadoras para a astronomia, como a contagem regressiva para uma missão com destino à Lua e o lançamento de um super telescópio que fará imagens inéditas do espaço.

Quem perdeu a oportunidade de observar os eventos ocorridos em 2020 terá a chance de observar novos fenômenos a partir de 27 de abril, com uma Superlua.

Em maio, um eclipse total da Lua será a atração nos céus brasileiros. Novembro terá outro eclipse, desta vez parcial.

Em dezembro será possível conferir a famosa chuva de meteoros Geminídeas.

Começa este ano também a contagem regressiva para a missão Artemis, da Nasa, que deve levar a primeira mulher à Lua em 2024, com parceria brasileira. Os testes não tripulados começam este ano, segundo a agência espacial norte-americana.

A missão ganhou novo fôlego após a descoberta de moléculas de água na Lua, detectada pelo telescópio Sofia.
 
Telescópios
O lançamento do super telescópio James Web é o destaque de Duilia de Mello, astrônoma, pesquisadora em projetos da Nasa e vice-reitora da Universidade Católica da América.

Eu acho que vai ser absolutamente incrível toda expectativa que vai se tornar ao redor deste lançamento deste telescópio [James Web], que estamos esperando há tanto tempo e vai revelar os confins do universo. A gente vai poder ver as primeiras galáxias. Além disso, [o telescópio] vai confirmar também alguns planetas ao redor de outras estrelas. Vai ser uma missão de impacto na nossa visão de universo.

O astrofísico do Observatório Nacional Ricardo Ogando destaca que as imagens em alta resolução que serão capturadas em 2021 também serão destaque no campo astronômico.

A astronomia é a ciência do acaso. A gente nunca sabe o que vai descobrir. É muito difícil prever o que será destaque em 2021. Por exemplo, matéria escura e energia escura. São dois ingredientes importantes do universo que ninguém sabe o que são e surpreenderam a todos quando foram descobertos”, explica.
 
Matéria escura
O cientista explica que a matéria escura é uma matéria invisível, não detectável fisicamente e apenas teorizada devido à sua ação gravitacional. A energia escura, por sua vez, é o nome que se dá ao ''combustível'' que acelera a expansão do universo.

Vários projetos estão tentando descobrir mais detalhes sobre este setor escuro do universo. Um deles é o LSST (Legacy Survey of Space and Time), no Observatório Vera Rubin, no Chile, vai usar um telescópio de 8 metros para fazer uma espécie de filme em altíssima resolução do céu usando uma câmera de 3,2 mil megapixels”, revela o astrofísico.

Leonardo Andrade, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, destaca o uso de dados dos telescópios para detecção de bioassinaturas.

''Para 2021, teremos possivelmente a confirmação de alguns estudos, como o que trata da descoberta de um planeta ao redor de duas estrelas – uma viva e outra morta, usando dois métodos de detecção diferentes”, afirmou.

Para Hélio Jaques Rocha-Pinto, diretor do Observatório do Valongo, 2021 será uma oportunidade para ampliar o conhecimento humano sobre a Via Láctea com a liberação de dados do satélite Gaia.

Eu espero grandes descobertas na área da astronomia galáctica em função da liberação de dados do satélite Gaia, que está disponibilizando aos pesquisadores uma quantidade de informações sem precedentes em termos de precisão das posições estelares e do movimento das estrelas na esfera celeste”, concluiu.

Informações: ebc
Post: G. Gomes
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18 dezembro, 2020

Brasil e EUA renovam parceria histórica de Cooperação Científica!


A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Serviço de Pesquisa Agrícola (ARS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) firmaram acordo de cooperação que representa a continuidade da histórica parceria.

Desde a implementação do primeiro Laboratório de Extensão (Labex) nos EUA, em 1998, a empresa brasileira já desenvolveu vários projetos em diferentes áreas com o ARS, uma das mais importantes e estratégicas instituições de pesquisa norte-americanas. 
 
O acordo prevê cooperação técnica, financeira e material para execução das ações do Labex EUA e a possibilidade de projetos cooperativos com outras agências federais e universidades.

A partir de agora, as duas instituições serão parceiras em pesquisas nas áreas de recursos naturais, mudanças climáticas, microbiologia do solo, efeitos da aplicação de nitrogênio, carbono e pegada hídrica, monitoramento, gestão e uso de recursos naturais e uso da terra de maneira sustentável.

Também estão previstos projetos em áreas emergentes como biotecnologia, big data, inteligência artificial e agricultura digital, de precisão e automação, microbioma e biologia sintética. 
 
Além disso, o tema da biodiversidade e proteção ambiental, por meio de soluções inovadoras e sustentáveis, está no acordo entre Embrapa e ARS, particularmente para aprimoramento da multifuncionalidade da agricultura e a produção sustentável de alimentos, fibras e energia. 
 
O intercâmbio de pesquisadores na execução conjunta de pesquisas de interesse mútuo faz parte das cláusulas do novo acordo.
Informações: Embrapa
Post: G. Gomes
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06 dezembro, 2020

Pesquisas: Cientistas usam processo evolutivo contra Aedes aegypti

 
 Em testes de laboratório, o repelente mostrou atividade de dez horas, constituindo-se em um agente de alta eficiência. Brasil.

Cientistas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) conseguiram usar o próprio processo de evolução das espécies para bloquear o sistema sensorial do mosquito Aedes aegypti, causador de doenças como a dengue. A estratégia foi desenvolvida por pesquisadores do Laboratório de Ecologia Química e Síntese de Produtos Naturais (Lecosin), da UFPR.

No trabalho, os pesquisadores sintetizaram uma molécula derivada do ácido lático que tem a capacidade de anular o poder natural do inseto em seguir as chamadas "pistas químicas" exaladas pelos humanos. Essas pistas são, sobretudo, o dióxido de carbono e o ácido lático, captados por receptores presentes nas antenas do Aedes aegypti.

Ao alterar a molécula do ácido lático, a equipe, liderada por Francisco de Assis Marques, do Departamento de Química da UFPR, conseguiu fazer com que o inseto seja incapaz, temporariamente, de reconhecer a substância exalada. “Ao perder a capacidade de rastrear e localizar o ácido lático, juntamente com outras substâncias voláteis, conseguimos alterar a capacidade do mosquito de localizar e alvejar o ser humano, transmitindo doenças como dengue, chikungunya e zika”, explica.
 
 
Estratégia
A estratégia de desenvolver um repelente a partir de uma molécula com "ação atraente" é inédita e aproveita a alta eficiência de interação do fator "atraente" com os receptores do mosquito para fazer com que a nova molécula funcione de forma contrária. Em testes de laboratório, o repelente mostrou atividade de dez horas, constituindo-se em um agente de alta eficiência. A síntese desse novo produto tem sido desenvolvida dentro dos preceitos da chamada Química Verde, que gera substâncias naturais e de baixa toxidade, diminuindo danos ambientais.

O papel da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior], do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] e do Ministério da Saúde em estruturarem este projeto foi verdadeiramente espetacular. Em um curto período de tempo, as universidades e institutos de pesquisa estão apresentando resultados e trazendo alternativas que podem ajudar o Brasil a se livrar de problemas sanitários graves e que assolam nosso país há muito tempo”, afirma Marques.
Informações: Capes
Post: G. Gomes
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26 novembro, 2020

Brasil assina parceria com instituto de pesquisa norte-americano Smithsonian.

 
Acordo firmado, nesta quarta-feira dia 25 de Novembro de 2020, permitirá que o Brasil e os Estados Unidos trabalhem, juntos, na promoção de pesquisas científicas em saúde pública e educação para jovens. A parceria foi assinada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, e o subsecretário de Ciência e Pesquisa do Instituto Smithsonian, Roger Brissenden.
Temos aí uma oportunidade muito grande para nossos pesquisadores, uma oportunidade muito grande para nossos estudantes e, certamente, uma oportunidade muito grande para nossos jovens que estão pensando no que eles vão fazer nas suas carreiras", afirma o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes 
Este Memorando de Entendimento é bastante importante porque ele nos dá a possibilidade de várias ações ligadas, desde ciência, tecnologia, engenharia e matemática, para motivar jovens para as carreiras de ciências e tecnologia, assim como muitas oportunidades de pesquisas juntos. Pesquisas da biodiversidade, pesquisas de várias outras áreas, como mar, biomas etc. E tudo isso pode ser possível com esse Memorando de Entendimento”, explica o ministro.

O acordo começou a ser costurado em março do ano passado, durante visita do Presidente Jair Bolsonaro e ministros brasileiros a Washington, nos Estados Unidos.

Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, os primeiros projetos do Memorando de Entendimento incluem um seminário sobre as melhores práticas para a educação durante a crise da Covid-19.

Temos aí uma oportunidade muito grande para nossos pesquisadores, uma oportunidade muito grande para nossos estudantes e, certamente, uma oportunidade muito grande para nossos jovens que estão pensando no que eles vão fazer nas suas carreiras; e, aí, de repente, encontram na ciência e tecnologia o seu sonho, o seu futuro”, frisa o ministro.

O governo brasileiro e o Smithsonian já compartilhavam parcerias em disciplinas acadêmicas, científicas, artísticas e culturais.
Informações: Mtic
Post: G. Gomes
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22 novembro, 2020

Pesquisadores brasileiros estão entre os mais citados de 2020.

 
O site Web of Science divulgou, na última semana, uma lista de “pesquisadores altamente citados” de 2020. São, ao todo, 6.389 pesquisadores de mais de 60 países. Entre esses, estão 19 brasileiros. A Web of Science é uma plataforma referencial de citações científicas projetada para apoiar pesquisas científicas e acadêmicas com cobertura nas áreas de ciências, ciências sociais, artes e humanidades.

Entre todos os pesquisadores citados, a produção científica de 3.896 deles teve impacto em áreas específicas. Outros 2.493 pesquisadores impactaram diversos campos de conhecimento com seu trabalho. Esse “impacto cruzado” é chamado de cross field.

É uma satisfação para qualquer pesquisador ter seu árduo trabalhado reconhecido por citações de colegas. Isso quer dizer que muitos cientistas leram seus trabalhos e reconheceram a importância”, afirmou Paulo Artaxo, um dos brasileiros nessa lista. Artaxo falou ao site da A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A fundação apoia o trabalho de Artaxo e de outros dez citados pela Web of Science.
 
Os pesquisadores brasileiros citados são:
  • Paulo Artaxo (Geociências), do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP).
  • Álvaro Avezum (cross-field), do Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese.
  • Andre Brunoni (cross-field), da Faculdade de Medicina (FM) da USP.
  • Geoffrey Cannon (Ciências Sociais), da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.
  • Henriette Azeredo (Ciências Agrícolas), da Embrapa Agroindústria Tropical em São Carlos.
  • Mauro Galetti (Meio Ambiente e Ecologia), da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro.
  • Renata Bertazzi Levy (Ciências Sociais), da FM-USP.
  • Maria Laura C. Louzada (Ciências Sociais), do Instituto de Saúde e Sociedade da Universidade Federal de São Paulo (ISS-Unifesp).
  • Carlos Augusto Monteiro (Ciências Sociais), da FSP-USP.
  • Helder Nakaya (Imunologia), da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.
  • Anderson S. Sant'Ana (Ciências Agrícolas), da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
  • Fernando C. Barros (cross-field), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
  • Mercedes Bustamante (cross-field), da Universidade de Brasília (UnB).
  • Adriano Gomes da Cruz (Ciências Agrícolas), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ).
  • Mônica Queiroz de Freitas (Ciências Agrícolas), do Departamento de Tecnologia dos Alimentos da Universidade Federal Fluminense (UFF).
  • Pedro Hallal (Ciências Sociais), da UFPel.
  • Luis Augusto P. Rohde (Psiquiatria e Psicologia), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
  • Felipe Schuch (Psiquiatria e Psicologia), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
  • Cesar Gomes Victora (Ciências Sociais), da UFPel. 
Informações: Web of Science
Via: ebc
Post: G. Gomes
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Dinossauro com 233 milhões de anos tem cérebro reconstituído

 
O Buriolestes schultzi é o dinossauro mais antigo a ter o cérebro completamente reconstituído. Responsáveis pela descoberta do fóssil, pela análise da ossada e pela tomografia computadorizada que possibilitou entender o espécime, paleontólogos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), do Rio Grande do Sul, e da Universidade de São Paulo (USP) concluíram se tratar de um animal caçador com visão aguçada.

O dinossauro viveu há 233 milhões de anos, no período Triássico – datado entre 250 milhões e 200 milhões de anos  –, onde hoje se situa o Rio Grande do Sul. Era bípede e de pequeno porte. Tinha 1,5 metro de comprimento e mantinha dieta faunívora — comia carnes, insetos e invertebrados. O trabalho resultou em artigo publicado no periódico internacional Journal of Academy.
 
Trabalho de reconstituição 
Dinossauro com 233 milhões de anos tem cérebro reconstituídoPesquisador da UFSM, Rodrigo Müller encontrou o fóssil em 2015. Alimentação e tamanho são características que conseguiu identificar já ao observar o esqueleto e o formato do crânio. Este foi essencial para o passo seguinte. 
 
O crânio estava muito bem preservado. Já existiam alguns estudos de dinossauros dessa idade, mas nenhum com uma reconstituição tão completa do cérebro”, afirma.

O experimento tridimensional para a reconstituição do cérebro teve a participação de José Darival Ferreira, também da UFSM e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). 
 
Com o advento de novas tecnologias, como a microtomografia computadorizada, é possível gerar um modelo tridimensional que preserva feições da morfologia externa do cérebro”, explica o paleontólogo.

Foi possível preencher virtualmente a cavidade encefálica do Buriolestes schultzi e gerar um modelo tridimensional do cérebro e do ouvido interno. Com isso, conseguimos observar o padrão bastante primitivo (não muito especializado ou modificado, em comparação a outros dinossauros). As estruturas observadas no cérebro do animal nos indicam que era provavelmente um caçador de boa visão, e de olfato não tão desenvolvido”, continua Darival.

Especialista na análise de crânios, Mario Bronzati, paleontólogo da USP em Ribeirão Preto, já havia trabalhado anteriormente com Rodrigo Müller e foi convidado para o estudo. É o único cientista de fora da UFSM que assina o artigo. E explica a importância dos resultados: “Foi a primeira vez que a gente teve oportunidade de conhecer o cérebro completo de um dos primeiros dinossauros”.

O acesso a uma estrutura tão bem preservada permite um outro passo a ser dado. O grupo de paleontólogos agora tem um modelo anatômico. “Ainda se conhece muito pouco sobre os dinossauros dessa idade, mas agora, sempre ao trabalhar com outros sauropodomorfos (dinossauros semelhantes ao Buriolestes schultzi), sei de onde partir”, explica Rodrigo Müller.
 
Curiosidades
O fóssil foi encontrado no município de São João do Polesine (RS), em 2015. O nome do animal junta o sobrenome da família proprietária das terras onde se encontrava o sítio arqueológico, “Buriol”, e “lestes”, nomenclatura associada a animais sorrateiros e caçadores. Assim temos Buriolestes.

Schultzi” é uma homenagem a César Leandro Schultz, professor de Paleontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e responsável por formar muitos dos paleontólogos que fizeram parte do primeiro estudo.
Informações:  UFSM
Via: ebc
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14 novembro, 2020

Planta amazônica ajuda a combater pragas agrícolas diz a Embrapa.

 
Abundante em diversas partes do país, a planta pimenta-de-macaco é apontada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) como matéria-prima para um inseticida útil no controle de diversas pragas agrícolas. Segundo os pesquisadores, a planta – chamada de Piper aduncumL pela literatura científica – é rica em uma substância muito utilizada por diversos setores industriais agro-químicos e farmacêuticos: o dilapiol.

"Em cultivos de abacaxi, reduziu em 87% os ataques da broca-dos-frutos e em 70% a presença do percevejo, resultados que confirmam a eficiência do produto como inseticida natural”, exemplifica o pesquisador da Embrapa no Acre, Murilo Fazolin, responsável pelos estudos que há 20 anos vêm sendo desenvolvidos pela empresa pública. O inseticida botânico foi eficaz também para o controle da lagarta-do-cartucho do milho (Spodoptera frugiperda) e do psilídio-dos-citros (Diaphorina citri), inseto que transmite a bactéria Candidatus Liberibacter, causadora do Greening – a principal doença da citricultura.

Segundo o pesquisador, um dos primeiros indícios de que a planta era tóxica para insetos e pragas surgiu quando identificaram que, quando mais adulta, a planta não sofria ataque de lagartas. “Até o terceiro mês pimenta-de-macaco costuma sofrer ataque de lagartas. Vimos que, a partir daí, quando ela provavelmente já começa a produzir dilapiol, esses ataques encerraram. Isso foi um indício de que ela era tóxica a insetos e pragas”, disse ele à AB.

Diante dessa constatação, a Embrapa começou a selecionar espécies da planta que continham concentrações diferenciadas de compostos, na relação com o dilapiol. “Avançamos nas pesquisas e ampliamos o foco para o controle de pragas agrícolas e pecuárias, como, por exemplo, os carrapatos de boi”.

Fazolin explica que, entre os efeitos causados pelo dilapiol está o de inibir, nas pragas, a produção de enzimas que ajudam a eliminar compostos tóxicos de seu organismo por meio da urina e das fezes. “Ela altera o poder desses organismos para se desintoxicarem porque atua no sistema imunológico, bloqueando sua autodefesa”, resume o pesquisador. 
 
Inofensiva ao meio ambiente
Outra vantagem do uso do dilapiol extraído da planta pimenta-de-macaco está relacionada ao fato de se tratar de uma substância natural que se degrada facilmente no ambiente, sem oferecer riscos à saúde humana e sem causar danos ao solo e aos cursos d´água. “Isso viabiliza a oferta de inseticidas de baixo impacto ambiental, capazes de contribuir para a sustentabilidade das cadeias produtivas de alimentos”, acrescenta o pesquisador.

Informações: Embrapa 
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12 novembro, 2020

Capes investe em Estudos e Pesquisas para enfrentamento da Covid-19.

 
O Brasil vem trabalhando no enfrentamento ao coronavírus em diversas áreas de atuação. Além da saúde, estão sendo feitos investimentos em ciência, tecnologia e inovação e também em pesquisa tecnológica e acadêmica.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) conta com o Programa de Combate a Epidemias. “É um conjunto de ações de apoio a projetos de pesquisa e formação de recursos humanos para enfrentarmos a Covid-19 e, ao mesmo tempo, estudarmos temas correlatos a endemias e epidemias”, ressalta o presidente da Capes, Benedito Aguiar.

O programa tem duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas. O presidente da Capes explicou que o programa, lançado em abril de 2020, contará com um investimento de R$ 200 milhões ao longo de quatro anos.

“Serão distribuídas 2.600 bolsas de estudo em diversas áreas do conhecimento. E esse programa está estruturado em duas dimensões: uma de ações estratégicas imediatas através da qual nós destinamos bolsas diretamente aos programas de pós-graduação, aqueles programas que já atuavam direta ou indiretamente, em áreas correlatas à Covid-19. E depois lançamos três editais voltados para assuntos específicos ao contexto atual", explica Aguiar. 
 
Publicações
A iniciativa da Capes deixa o Brasil entre os países com mais publicações sobre o tema. São 4.029 estudos, ocupando o 11º lugar na lista mundial. De acordo com a Capes, os líderes de publicações sobre o assunto são Estados Unidos, com 34.129, China (15.990) e Reino Unido (14.724). Entre as instituições brasileiras, a primeira colocada é a Universidade de São Paulo (USP), com 729, seguida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que contabiliza 261, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 237.
 
Editais
A elaboração dos três editais envolveu cerca de 1.300 pesquisadores de todo o país em 42 instituições diferentes de ensino superior e instituto de pesquisa. “Tivemos uma mobilização muito grande da comunidade científica para atender as demandas colocadas sobretudo nesses três editais”, afirma Benedito Aguiar.

“A nossa avaliação até o momento é que estamos avançando muito no desenvolvimento científico e tecnológico de prevenção e de combate à Covid-19, com a participação muito grande dos nossos pesquisadores espalhados por todo o país”, completa.
 
Edital 1 – sobre epidemias
O objetivo é apoiar projetos de pesquisa e formação de recursos humanos altamente qualificados, em programas de pós-gradução, voltados ao enfrentamento da Covid-19 e em temas relacionados a endemias e epidemias típicas no país.

“O primeiro edital foi voltado para estudos gerais, mapas epidemiológicos, os vetores principais relacionados com a epidemia envolvendo áreas do conhecimento não só da saúde, mas também da bioengenharia, da bioinformática. Um edital multidisciplinar”, sinaliza Aguiar.
 
Acesse o edital.

Edital 2 – fármacos e imunologia
Apoia projetos de pesquisa científica e tecnológica e formação de recursos humanos altamente qualificados, voltados exclusivamente ao combate à Covid-19, com foco no estudo de fármacos, vacinas, produtos imunológicos e temas correlatos.

Acesse o edital.

Edital 3 – Telemedicina e análise de dados médicos
Com o objetivo de promover o desenvolvimento científico e tecnológico e inovações, o terceiro edital é voltado para procedimentos e inovações tecnológicas em telemedicina e análise de dados médicos que auxiliem o enfrentamento à Covid-19 e temas correlatos.

Acesse o edital.

Informações: Capes
Via: ebc
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07 novembro, 2020

Cientista brasileira integra grupo da ONU de divulgação científica!

 
Após ter sequenciado os primeiros genomas do novo coronavírus na América Latina, a cientista brasileira Jaqueline Goes de Jesus foi convidada, na última quinta-feira dia 05 de Novembro de 2020, para de uma equipe de pesquisadores da Organização das Nações Unidas (ONU). Batizada de #TeamHalo, a iniciativa visa apoiar a colaboração entre cientistas de todo o mundo na pesquisa de vacinas seguras e eficazes contra a covid-19.

Jaqueline ficou conhecida por ter sido uma das responsáveis pelo sequenciamento genético do novo coronavírus dos primeiros casos de covid-19 na América Latina. Entre outras ações, os cientistas integrantes da equipe postam vídeos em redes sociais mostrando o cotidiano de trabalho, além de responder perguntas do público e esclarecer sobre boatos e informações incorretas.

Segundo a ONU, os cientistas desejam enfatizar a natureza global do trabalho e reconhecer a contribuição de milhares de pessoas ao redor do mundo para conter a pandemia. Os vídeos podem ser acessados no Twitter  e no Tik Tok.

"A campanha envolve profissionais de vários países do mundo e de respeitadas instituições, como a Universidade de São Paulo (USP), Harvard, Imperial College London e Wits University, que estão em busca da vacina para pôr fim à pandemia. Eles aceitaram o desafio de atualizar e aproximar o público de seus trabalhos em perfis nas redes sociais", informou a ONU

Atualmente, Jaqueline é pesquisadora bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), em nível de pós-doutorado, no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo - Universidade de São Paulo (IMT-USP). Para a cientista, a iniciativa favorece uma comunicação mais acessível e didática com o público e ajuda a combater a onda de desinformação que tem levado um número significativo de pessoas a desconfiar da eficácia das vacinas. 

Trazer informações para a população sobre o que temos feito em uma linguagem mais simples é uma forma de devolver à sociedade todo o investimento que tem sido feito ao longo dos anos. Eu criei um perfil no TikTok para começar a produzir conteúdos para o projeto e estou gostando bastante. Estou aprendendo a usar a ferramenta e descobrindo um mundo de possibilidades criativas”, disse.
@drajaquelinegoes

Vamos falar sobre Ciência?##EquipeHalo #TeamHalo

♬ som original - Dra Jaqueline Goes

Além da cientista, o Brasil conta com mais três parceiros: os pesquisadores Natalia Pasternak, Gustavo Cabral de Miranda e Rômulo Neris. Natalia Pasternak atua como pesquisadora visitante do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, no Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas (LDV), e diretora-presidente do Instituto Questão de Ciência. Gustavo de Miranda lidera a pesquisa de desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus, assim como vacinas para chikungunya e zika vírus, no Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Enquanto  Rômulo Neris tem como foco de sua pesquisa de doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a forma como o sistema imune reage ao novo coronavírus.
Informações: ONU
Visa: ebc
Post: G. Gomes
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25 outubro, 2020

UFPR investiga transmissão de covid-19 entre homens e animais

 
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) quer saber qual o risco de transmissão da covid-19 entre humanos e animais de estimação. Para obter a resposta, a instituição coordena uma pesquisa nacional que vai avaliar cerca de mil animais, cujos donos tiveram diagnóstico positivo para o novo coronavírus, confirmado por exame laboratorial.

Sob coordenação do professor Alexander Welker Biondo, os pesquisadores farão testes gratuitos, por swab (coleta de amostra viral de orofaringe e nasofaringe) e sorológico, em cães e gatos em cinco capitais brasileiras: Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Recife (PE) e São Paulo (SP).

Serão dois momentos de avaliação, com amostras biológicas coletadas com intervalo médio de sete dias, entre animais cujo tutor esteja em isolamento domiciliar, com diagnóstico confirmado.
 
Voluntários
Para ter mais informações sobre participação na pesquisa, o interessado pode enviar um e-mail para covid19@ufpr.br. Além de cumprir cumprir todos os requisitos, deve informar seu número de celular, e-mail, nome do tutor e do animal e especificar se é cão ou gato. A equipe do projeto entrará em contato o mais rapidamente possível. Os selecionados serão orientados sobre procedimento para a coleta de amostras.

Eles também serão informados sobre os aspectos envolvidos no estudo e, caso concordem com o protocolo da pesquisa, devem assinar o termo de consentimento livre e esclarecido e responder a um questionário para determinar as características ambientais e outros fatores associados à infecção nos animais.
 
Resultados
Os resultados dos testes serão informados aos tutores ou familiares através de contato telefônico e pela emissão de laudo eletrônico, que será enviado por e-mail ou aplicativo de comunicação. Em caso positivo, os demais animais da residência também serão testados . Além disso, os familiares serão orientados a estabelecer o acompanhamento veterinário por 14 dias, intensificando medidas de higiene e proteção individual e coletiva.
 
Itália
O estudo brasileiro será o primeiro do gênero em um país tropical, já que algo semelhante só foi desenvolvido na Itália, segundo a UFPR. Segundo o professor Biondo, aquele país trabalhou com uma amostra de 817 animais. Nenhum foi positivo no PCR, mas 3.4% dos cães e 3.9% dos gatos apresentaram anticorpos contra o SARS-CoV-2. “Até o final de 2020, esperamos ter [no Brasil] em torno de mil amostras nas cinco capitais estaduais”, afirmou o pesquisador.

A definição do número amostral levará em conta o total de indivíduos positivos no trimestre anterior à coleta, considerando aproximadamente 10% do total de casos em humanos.
 
Minas
A pesquisa, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Ministério da Saúde tem, em Belo Horizonte, a colaboração da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), por meio do Laboratório de Epidemiologia de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Departamento de Parasitologia.

Na avaliação do professor David Soeiro, coordenador do estudo em MG, considerando os recentes relatos sobre a detecção do novo coronavírus em animais de estimação e a grande proximidade entre eles e seus tutores, é importante elucidar aspectos da história natural da doença, como o possível ciclo zooantroponótico em estudo multicêntrico para a vigilância de Sars-CoV-2 em pets. As amostras obtidas no projeto serão preservadas de modo a também estabelecer um banco para estudos posteriores.
 
Primeiro caso
Neste mês foi diagnosticado, em uma gata, de Cuiabá (MT), o primeiro caso de covid-19 em animal no país . Diante do caso, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Mato Grosso (CRMV-MT) emitiu nota na qual destaca que não há evidências científicas de que animais de companhia são fonte de infecção para humanos.

No documento, o CRMV-MT, lembrou que a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiram pareceres afirmando que não há evidências e estudos significativos comprovando que animais possam transmitir a covid-19.

Assim, segundo o Conselho, como não há evidência científica de que animais sejam vetores mecânicos ou possam carregar o vírus, ou que o vírus possa se replicar nos animais. “O que observa-se, desde o surgimento da pandemia, é que os poucos animais com a infecção podem ter sido infectados por humanos, por meio do contato direto, e não o inverso”, acrescenta a nota.

Informações: UFPR
Via: ebc
Post: G. Gomes
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24 outubro, 2020

Ministro Marcos Pontes participa de evento sobre pesquisa da nitazoxanida.

 
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, apresentou hoje dia 24 de Outubro de 2020, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) o primeiro resultado positivo do estudo clínico com a nitazoxanida para o tratamento da covid-19. 

Coordenado pela pneumologista e professora da UFRJ Patrícia Rocco, o estudo teve publicação científica prévia apresentada no auditório da universidade, com a presença de Marcos Pontes e do secretário de Pesquisa e Formação Científica, Marcelo Morales.

O ministro afirmou que o medicamento é uma ferramenta no enfrentamento da covid-19. De acordo com Marcos Pontes, o estudo tem uma importância gigantesca, já que conseguiu demonstrar que a nitazoxanida reduz a carga viral. “Depois do final do tratamento de 5 dias, nos próximos sete dias após a medicação, tem pacientes que têm a carga viral negativada.

O ministro disse ainda que a nitazoxanida “é ferramenta que a ciência oferece para os médicos e isso é importante para o Brasil e para o mundo”. “É uma ferramenta que vai nos ajudar não só para a saída da pandemia, como para no futuro, transformar o coronavírus em algo completamente tratável. Esse é só começo”, avaliou. 

A nitazoxanida é um vermífugo utilizado no Brasil para o tratamento do rotavírus e foi testada para a covid-19 em 475 pacientes sintomáticos do 1º ao 3º dia de sintomas. Durante os testes, 78% deles deixaram de apresentar sintomas após 5 dias seguidos de uso do medicamento.

Segundo o ministro, outros países já demonstraram interesse no estudo, o que, para ele, é um grande passo da ciência brasileira no combate à covid-19.

A professora Patrícia Rocco admitiu que o medicamento não é a “bala de prata” para a cura da doença, mas defendeu que o estudo foi bem desenhado para o redirecionamento do uso da droga para a covid-19.

Informações: MTIC
Via: A. Brasil
Post: G. Gomes
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21 outubro, 2020

Maior projeto da ciência brasileira para pesquisa começa a funcionar oficialmente.

 
Batizada com o nome Manacá, foi lançada oficialmente, nesta quarta-feira dia 21 de Outubro de 2020), em Campinas (SP), a primeira linha de Luz Sirius, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que vai ajudar no desenvolvimento de pesquisas. O Presidente Jair Bolsonaro participou da cerimônia de lançamento e, antes, visitou as instalações onde o projeto será desenvolvido. 

Aqui, realmente podemos buscar a independência da nossa nação”, disse o Presidente Bolsonaro. O Sirius é um acelerador de última geração que promete ajudar no desenvolvimento de pesquisas em várias áreas, desde a física básica até a ciência médica. É considerado uma das fontes de luz síncrotron mais avançadas do mundo, um enorme microscópio.

Funciona como um acelerador de elétrons que produz um tipo específico de luz tão intensa que nos permite enxergar materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, ligas metálicas e outros, para entender como eles funcionam. O Sirius pode ser usado em pesquisa de diversas áreas, com impacto no desenvolvimento de medicamentos, alimentos, fertilizantes, novas fontes de energia e muitas outras possibilidades.

A Manacá, que é a primeira estação de pesquisa em uso no Sirius, já estava sendo usada em caráter emergencial no esforço de apoiar pesquisas relacionadas à Covid-19. Agora, inaugurada oficialmente, vai apoiar também o avanço dos estudos de outras doenças, como Alzheimer, câncer e esquizofrenia.

O Brasil está progredindo, e muito, em inovações. Uma estrutura como essa é capaz de ajudar o Brasil a ser ponta em muitas áreas. Ciência, tecnologia e inovações, isso está no futuro”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, ao participar do lançamento da Primeira Linha de Luz Sirius.

Segundo o ministro, o Sirius vai colocar o Brasil numa posição de destaque no mundo. “Esse centro consegue colocar o Brasil na ponta em termos de aceleradores de partículas como essa daqui. E, junto com outros laboratórios aqui de biorrenováveis, de nanotecnologia e biociências, esse centro aqui ele realmente é capaz de levantar o Brasil em biotecnologia e transformar, sim, essa região numa região que seja pólo de biotecnologia no país”, disse Marcos Pontes.

As linhas de luz do Sirius funcionam de forma independente entre si, e permitem que diversos grupos de pesquisadores trabalhem simultaneamente. Outras cinco linhas de luz, - Carnaúba, Cateretê, Ema, Ipê, Mogno -, seguem em fase avançada de montagem e deverão ter o projeto concluído até o final deste ano. A primeira fase do projeto prevê a instalação de um total de 14 estações de pesquisa até o final de 2021.

Informações: ebc
Post: G. Gomes
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