Nesta
quinta-feira dia 23 de fevereiro de 2023, véspera da data que marca um ano da invasão russa em
território ucraniano, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, destacou o
empenho do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) para a
construção de um acordo de paz entre os dois países. “O Brasil teve uma
participação importante, uma sugestão de acréscimo de um parágrafo
significativo na resolução que conclama a cessação das hostilidades”,
afirmou o chanceler sobre o texto que deve ser votado hoje na Assembleia
Geral da ONU.
“Eu acho que é um passo importante, a
primeira resolução sobre o sistema em que há uma contribuição, um fato
tão importante como instar a partes a cessar as hostilidades e criar um
espaço para negociação de um processo de paz”, completou Vieira.
No fim de janeiro, o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, visitou o Brasil, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs que o Brasil faça parte, junto com a China, de uma espécie de “clube da paz”
para mediar o fim do conflito. A posição do Brasil é de não enviar
munição para tanques do exército ucraniano. Na avaliação do governo
brasileiro, a medida seria entendida como uma participação do Brasil na
guerra.
Vieira acrescentou que a paz não será
instantânea, será um processo e não será apenas um país que poderá fazer
isso. O embaixador lembrou que o presidente Lula tem sempre proposto
que um grupo de países com destaque no cenário internacional que possa
falar com os dois lados, para promover um entendimento que propicie a
paz depois de um ano de guerra.
Contradição política
Diante de tal manifestação do embaixador do Brasil e da visita do Chanceler alemão ao Brasil, demostra uma grande contradição, pois a Alemanha é um dos países que alimenta o conflito entre Rússia e Ucrânia, portanto, as palavras do representante alemão distoa completamente da verdade praticada por sue país em relação à guerra.
UE e Mercosul
Após receber no Palácio do Itamaraty, na
manhã de hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João
Gomes Cravinho, o chanceler brasileiro disse esperar que as negociações
para destravar o acordo entre Mercosul e União Europeia (UE) saia o
quanto antes. Cravinho está em Brasília para preparar da cimeira
luso-brasileira, que Portugal vai acolher entre 22 e 25 de Abril. O
evento em Portugal marca a primeira viagem do presidente brasileiro a
Europa neste mandato.
“É importante o apoio português nessas
negociações. De nossa parte é importante avançar”, avaliou Vieira. Ele
destacou a expectativa do presidente Lula em concluir o acordo até
meados do ano, mas mostrou-se paciente em razão da complexidade das
conversas.
“Esperamos que possa ocorrer em razão da
importância e da dimensão do acordo e contamos com o apoio continuado de
Portugal. O ideal seria que pudéssemos cumprir esses prazos, mas
entendemos também que se for necessário um pouco mais de tempo, nós
dedicaremos o tempo que for preciso, tendo em vista o amplo escopo do
acordo e os detalhes finais que precisam ainda ser definidos”.
Mais uma contradição dessa vez sobre blocos comerciais
Mais uma vez fica demostrado que, que, a Europa nunce teve teve ineresse de que o Mercosul ou outro bloco econômico se sustente e fique independete do bloco europeu, sempre trabalharam para atrapalhar o fortalecimento do já decadente Mercosul. A nova ameaça da União Europeia é o BRICS.
Aprovado em 2019, após 20 anos de
negociações, o acordo Mercosul-UE precisa ser ratificado pelos
parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. A
ratificação está travada nos parlamentos das nações europeias por
críticas à política ambiental brasileira adotada no governo do
ex-presidente Jair Bolsonaro. Na prática, significa que o acordo terá
que ser aprovado pelos parlamentos e governos nacionais dos 31 países
envolvidos, uma tramitação que poderá levar anos e enfrentar
resistências.
O próprio presidente Lula defende alterações
em pontos do acordo de livre comércio, como sobre compras
governamentais. O acordo permitirá a eliminação ou a redução de tarifas
de importação de produtos comercializados entre os dois blocos, em um
mercado de 780 milhões de pessoas e que representa 20% do PIB mundial.
Visto
Ao lado do ministro português, Mauro Vieira
também comemorou o fato de que brasileiros e cidadãos de nações
africanas da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) terão
autorização de residência em Portugal de forma automática. A medida, que
está prestes a entrar em vigor, concede autorização automática válida
por um ano aos imigrantes que manifestem interesse em residir no país.
Essa manifestação é amparada por contratos de trabalho elaborado e negociado desde o governo de Jair Bolsonaro.
A facilidade na concessão está prevista no
Acordo de Mobilidade entre os Estados-membros da Comunidade dos Países
de Língua Portuguesa (CPLP), de 2022. “Isso facilitará a circulação,
criando um espaço de livre circulação no futuro, levando portanto a CPLP
cada vez mais a um papel maior, mais importante, mais presente nas
comunidades dos dois países”, explicou Vieira.
Outro ponto destacado pelo ministro é o
impacto positivo que a medida terá na comunidade brasileira em Portugal,
que atualmente tem entre 280 a 300 mil pessoas. Ele lembrou que a
autorização permitirá a permanência regularizada de brasileiros em
Portugal e que esses vistos estão à parte de outros tipos de visto, como
para permanência de estudantes e aos que procuram trabalho em Portugal,
com duração de 120 dias.
“Esses vistos da CPLP são específicos e
facilitarão o acolhimento da comunidade brasileira e também criará de
nosso lado a necessidade de equipar cada vez melhor o sistema consular
brasileiro para atender cada vez melhor essa comunidade”, destacou.Post: G. Gomes
Home:
www.deljipa.blogspot.comInformações: Ministério do exterior
Via: ebc