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DELJIPA | Informações e Notícias | Ano XI

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20 outubro, 2020

Após testes, medicamento Nitazoxanida mostra eficácia na redução da carga viral da Covid-19.

 
Foto: Alan Santos/PR
Estudo clínico comprovou, de forma científica, a eficácia do medicamento Nitazoxanida na redução da carga viral na fase precoce da Covid-19. A redução da carga viral implica menor gravidade da doença e menor transmissibilidade do vírus. O resultado dos estudos foi divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Ministério da Ciência,Tecnologia e Inovações (MCTI) em cerimônia no Palácio do Planalto.

Vantagens desse medicamento, ele é de baixo custo, não tem efeitos colaterais sérios, pode ser usado com segurança. Ele não pode ser usado para fazer a prevenção, só depois da detecção do vírus. Temos agora uma ferramenta que o Ministério da Saúde pode utilizar para ajudar a salvar vidas”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes.

Pontes explicou que, em fevereiro, foi criada a RedeVírus MCTI com pesquisadores e cientistas para que dessem diretrizes para o combate à Covid-19. Uma delas foi a busca de um medicamento de reposição, ou seja, um remédio que já existe na farmácia para tratamento de outra doença.

Foi um trabalho incansável de cientistas, desde fevereiro, testando dois mil medicamentos, inteligência artificial, usando modelamento matemático, computação gráfica, desse dois mil foram escolhidos cinco para testes em laboratório. Dos cinco, a Nitazoxanida mostrou 94% de capacidade de inibir o vírus, então, foi para os testes clínicos”, relatou Pontes.

A pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Patricia Rocco, conduziu o estudo clínico com pacientes diagnosticados com a Covid-19 na fase precoce da doença e disse que é papel dos médicos e cientistas trabalharem para conter a disseminação do vírus.

Esse resultado é de extrema importância, já que a Nitazoxanida é uma medicação que tem ampla distribuição no território nacional, podendo ser utilizada por via oral, não necessitando internação hospitalar. Na dose utilizada, não apresenta reações adversas graves. A redução da carga viral implica em menor gravidade, em menor transmissibilidade do vírus”, afirmou.

Voluntários
Para atrair de forma mais rápida os voluntários e acelerar o retorno dos resultados da pesquisa, o MCTI realizou a campanha #500Voluntários com ações de divulgação nas cidades onde o protocolo era realizado.

Um total de 1.575 voluntários foram admitidos. O estudo ocorreu no estado de São Paulo, em hospitais de São Caetano do Sul, Barueri, Guarulhos, Bauru e Sorocaba; em Minas Gerais, na cidade de Juiz de Fora; e no Distrito Federal, em Ceilândia.

Os voluntários precisavam apresentar sintomas iniciais de gripe, como febre, tosse e fadiga. Eram então testados para o novo coronavírus e, em caso positivo, recebiam os remédios para tomar em casa, recebiam acompanhamento da equipe médica durante dias e, depois, retornavam para fazer novos exames.

Informações: MCTI
Via: ebc
Post: G. Gomes
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19 outubro, 2020

Pesquisas: Seis Hospitais universitários federais já fazem parte da rede de pesquisa para testar vacinas contra a Covid-19.

 
Foto: Banco de Imagens

Um trabalho em parceria direta com o Governo Federal no enfrentamento à Covid-19 é realizado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação. Seis hospitais universitários da Rede Ebserh integram os centros de pesquisa brasileiros responsáveis por testar a segurança e a eficácia de três vacinas contra a doença.

Todas as três vacinas já estão na terceira fase de testes e foram liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

São estudos de fase três, que verificam se as vacinas funcionam, então, a sua eficácia e seus efeitos colaterais. Cada tipo de vacina tem um protocolo específico, e os hospitais são selecionados ou por chamamento ou por convite das empresas fabricantes ou de governos, ou, então, eles se candidatam para participar de uma seleção para ser um local de estudo dessas vacinas”, explicou o Diretor de Ensino, Pesquisa e Atenção à Saúde da Rede Ebserh, Giuseppe Gatto.

Os seis hospitais vinculados à Ebserh que fazem parte da pesquisas estão em:

  • Brasília (DF).
  • Curitiba (PR).
  • Pelotas (RS).
  • Salvador (BA).
  • Cuiabá (MT).
  • Santa Maria (RS).

Segundo Giuseppe Gatto, ao participar das pesquisas da vacina contra a Covid-19 os hospitais universitários contribuem com a sociedade. “Os hospitais universitários estão na vanguarda da ciência. Estão sempre envolvidos com pesquisas de ponta. E, no momento que estamos vivendo, pesquisar Covid ou coronavírus é muito importante. E nós temos dedicado boa parte dos nossos esforços nisso, disse Gatto.

Participar das pesquisas da vacina faz parte do que é de mais necessário, de mais vanguarda para a sociedade no momento, que é conseguir ter uma vacina eficaz, eficiente, segurança e que proteja a nossa população”, completou o diretor da Rede Ebserh. 

Vacinas em estudo na Rede Ebserh
Vacina da China: uma das três vacinas testadas pela Rede Ebserh é a da China, conhecida como Coronavac e produzida pelo laboratório Sinovac. No Brasil, o estudo dessa vacina é coordenado pelo Instituto Butantã, de São Paulo.

Participam dos processos, aqui no Brasil, o Hospital Universitário de Brasília (HUB-UnB/Ebserh); o Complexo Hospital das Clínicas (CHC-UFPR/Ebserh), em Curitiba; o hospital de Pelotas (HE-UFPel/Ebserh); e o hospital de Cuiabá (HUJM-UFMT/Ebserh).

A parceria internacional entre Brasil e China prevê testes em profissionais de saúde que atuam na linha de frente, além de troca de conhecimento e tecnologia para a produção em larga escala.

Vacina dos Estados Unidos e Bélgica: o hospital de Salvador (Hupes-UFBA/Ebserh) participa dos testes da vacina desenvolvida pela farmacêutica Jansen-Cilag, do grupo Johnson & Johnson. A iniciativa prevê a inclusão de até 60 mil voluntários no mundo, sendo sete mil no Brasil, dos quais até mil desses voluntários devem ser da Bahia, por meio do Hupes.

Vacina do Reino Unido: o hospital de Santa Maria (HUSM-UFSM/Ebserh) testa a vacina da farmacêutica AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford.

Essa vacina será testada em seis centros de pesquisa do Brasil. Desde o dia 28 de setembro, 50 profissionais do HUSM-UFSM/Ebserh receberam a primeira dose. A UFSM irá vacinar mil profissionais que atuam nas áreas da saúde, segurança pública, comércio e transporte público até o mês de novembro. 
 
Rede Ebserh no enfrentamento à Covid-19

Para definir estratégias e ações para o enfrentamento à Covid-19, a Rede Ebserh implementou o Comitê de Operações Especiais (COE). A estrutura faz treinamento de funcionários da Rede, promoção de web aulas, definição de fluxos e instituição de câmaras técnicas de discussões com especialistas.

A rede ainda disponibilizou R$ 274 milhões para ações contra o coronavírus, recursos do Ministério da Educação liberados pela Ebserh de acordo com a necessidade e urgência de cada unidade hospitalar. A verba está sendo utilizada em adequação da infraestrutura, aquisição e manutenção de equipamentos, compra de medicamentos e outros insumos, além de equipamentos de proteção individual.

Informações: Govberno Federal
Post: G. Gomes 
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15 outubro, 2020

Lançado o Programa Genomas vai ajudar na prevenção e tratamento de doenças na população brasileira.

 

O Programa Genomas Brasil foi lançado, nesta quarta-feira  dia 14 de Outubro de 2020, pelo Presidente Jair Bolsonaro. O projeto vai incentivar o desenvolvimento científico e tecnológico nas áreas de genômica e saúde de precisão no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); além de impulsionar o desenvolvimento da indústria genômica nacional.


Na prática, o novo programa vai ajudar nos avanços de prevenção, tratamento e diagnósticos médicos, financiar pesquisas, proporcionar avanços tecnológicos em relação a terapias inovadoras e formar novos cientistas capazes de decifrar a relação entre o código genético e as doenças na nossa população.

Segundo o Ministério da Saúde, o investimento previsto no programa para os primeiros quatro anos é de, pelo menos, R$ 600 milhões de Reais.

A meta do Genomas Brasil é criar, nos próximos anos, um banco de dados nacional com 100 mil genomas completos de brasileiros. “Esse banco de dados servirá para compreender melhor a relação entre genes e doenças em nosso povo. E desenvolver tecnologias personalizadas para encontrar cura para doenças raras e complexas”, disse Hélio Angotti Neto, secretário de ciência, tecnologia, inovação e insumos estratégicos em saúde, do Ministério da Saúde.


O projeto vai sequenciar genes de portadores de doenças raras, cardíacas, câncer e infectocontagiosas, como a Covid-19. A escolha das doenças, segundo o Ministério da Saúde, levou em consideração a quantidade de casos no país e o alto custo que geram ao SUS.


Com o Programa Genomas Brasil, a ideia também é tornar o Brasil um dos líderes globais na área da medicina de precisão. “Vamos juntar todo mundo, e vamos ter o maior banco de dados do mundo, pra que a gente possa ser o exemplo desse modelo, dessa terapia no mundo”, disse o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

O programa foi instituído por meio de Portaria 1.949/20 publicada em agosto deste ano no Diário Oficial da União.

Programa Genomas Brasil

O Genomas Brasil irá trabalhar com três frentes para criar um cenário que permita implementar a saúde de precisão no SUS.

Primeira fase - fortalecer as áreas de ciência e tecnologia no país, apoiando a execução de pesquisas e formação de pesquisadores. Para essa etapa, já foram disponibilizados R$ 71 milhões. A iniciativa conta com a parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


Segunda fase – vai estabelecer um projeto piloto de pesquisa para analisar a viabilidade de implementação de serviço de genômica e saúde de precisão no SUS, além de qualificar os profissionais da rede pública para a medicina personalizada e de precisão.


Terceira fase - para fortalecer a indústria brasileira de genômica e saúde de precisão. Prevê a criação de um programa de pré-aceleração de startups, com o objetivo de estimular ideias inovadoras para a indústria nacional.



 “Fortalecendo e investindo nesses três pilares é que vamos concretizar o nosso objetivo de dar acesso a essas tecnologias e serviços para toda a nossa população”, acrescentou o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde.

E o que é genômica?
Genômica é o campo da biologia molecular que estuda a estrutura, a função, a evolução e o mapeamento completo do genoma.


E o que é um genoma?
É a sequência completa de DNA (ácido desoxirribonucleico) de um organismo, ou seja, um conjunto de todos os genes de um ser vivo. Estudar o genoma é como estudar a anatomia molecular de uma espécie. Conhecer um genoma de um organismo pode trazer informações importantes sobre um ser vivo, como, por exemplo, os fatores que podem desencadear doenças, como câncer e diabetes.
Informações: Governo Federal
Post: G. Gomes
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09 outubro, 2020

Cientistas estudam mutação do coronavírus na Patagônia.

 
Cientistas no Chile estão investigando uma possível mutação do novo coronavírus no sul da Patagônia, uma região remota e que tem passado por uma segunda onda particularmente contagiosa de infecções nas últimas semanas. 

O cientista Marcelo Navarrete, da Universidade de Magallanes, disse à Reuters que pesquisadores haviam detectado "mudanças estruturais" nos espetos, no formato inconfundível de coroa do vírus. Navarrete afirmou que seu trabalho está sendo conduzido para melhor entender a potencial mutação e seus efeitos nos seres humanos. 

"A única coisa que sabemos agora é que essa ocorrência coincide, em tempo e espaço, com a segunda onda que está bem intensa na região", disse Navarrete.

A região de Magallanes, no Chile, é de natureza amplamente selvagem, onde geleiras se espalham entre pequenas cidades e o centro regional Punta Arenas, que tem visto uma alta de casos de covid-19 em setembro e outubro, após uma primeira onda mais cedo neste ano. 

Os hospitais estão próximos de chegar à sua capacidade máxima de ocupação na região, no extremo sul do Continente Sul-americano, altamente afetado. Autoridades do Ministério da Saúde do Chile disseram que já começaram a remover moradores doentes da região para a capital Santiago. 

Outros estudos do Chile também indicam que o novo coronavírus pode evoluir enquanto se adapta a hospedeiros humanos. 

Um estudo preliminar, que analisou a estruturas dos vírus após duas ondas de infecção na cidade de Houston, nos Estados Unidos, descobriu que uma cepa mais contagiosa dominava as amostras mais recentes.

Informações: Reuters
Post: G. Gomes
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13 agosto, 2020

Estudo revela: Taxa de transmissão da covid-19 no Brasil cai para 1,01.

 
A taxa de transmissão de casos de covid-19 no Brasil chegou a 1,01 em 9 de Agosto, segundo estudo divulgado nesta semana pela universidade Imperial College, do Reino Unido. O dado está em queda em relação à semana anterior, mas ainda indica que a doença está em expansão.

Uma taxa de 1,01 significa que cada 100 pessoas infectadas pelo novo coronavírus transmitem a doença para outras 101 pessoas, e que, portanto, o número de novos doentes continua crescendo. Na semana passada, o indicador do país era de 1,08 - uma transmissão de 108 novos casos a cada 100.

O relatório do Imperial College trouxe nesta semana dados sobre 69 países em que a transmissão da doença é considerada ativa. Na semana passada, havia 65 países nesse grupo. Para ser considerado na pesquisa, é preciso ter ao menos 100 mortes reportadas desde o início da pandemia e pelo menos 10 em cada uma das duas últimas semanas.

As maiores taxas de transmissão foram estimadas para a Palestina, com 1,69, e para Porto Rico e Japão, ambos com 1,55. Já as menores taxas estão na Espanha (0,42), Suécia (0,51) e Egito (0,51). Dos 69 países pesquisados, 34 ainda apresentam uma taxa de transmissão maior do que um, e 35 chegaram ao patamar em que 100 casos geram menos que 100 novas infecções.

A taxa de 1,01 inclui o Brasil na lista dos países com pandemia classificada como "estável ou crescendo lentamente". Na América do Sul, a maioria dos países se encontra neste mesmo grupo, com exceção do Equador, onde há declínio (0,82), e da Argentina, onde a taxa está em crescimento (1,22). 

Com a taxa de transmissão estimada para o Brasil, o estudo prevê que o país pode ter cerca de 7,4 mil mortes por covid-19 nos sete dias seguintes da pesquisa, divulgada ontem. O número é o maior entre os 69 países pesquisados, lista que não inclui os Estados Unidos.
 
Dados regionais
A queda na taxa de transmissão a nível nacional também vem sendo observada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que mantém um Painel de dados com informações a nível estadual e municipal. A doutora em matemática e pesquisadora da Fiocruz Bahia, Juliane Oliveira, destaca que quaisquer avaliações sobre o controle da pandemia  no Brasil devem priorizar os dados mais locais que estiverem disponíveis.

"O Brasil é um país bem heterogêneo", define. "O ideal é olhar a menor região possível, pela questão das heterogeneidades. Olhar a nível de estadual é muito melhor do que olhar o país como um todo", afirma Juliane Oliveira, pós-doutoranda no Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz) e uma das responsáveis pela modelagem matemática da Rede CoVida, que exibe os dados.

Enquanto o Brasil tem taxa de transmissão 1,01, é possível observar no painel da Fiocruz que há estados acima desse patamar. No Rio Grande do Sul, no Mato Grosso do Sul e em Tocantins, por exemplo, a taxa está em 1,2 - cada 100 casos gerando 120 novas infecções. Já no Amazonas e no Pará, a taxa está em 0,9, indicando queda no ritmo da pandemia, com 100 casos gerando novos 90.  

A pesquisadora explica que a série histórica da taxa de transmissão demonstra que as medidas de isolamento social produziram uma queda na taxa de transmissão no início de Abril.

Em São Paulo, por exemplo, a taxa caiu de 2,1 em 5 de abril para 0,8 em 8 de abril. Após uma nova subida, a transmissão chegou a 1,3 em 14 de abril, patamar que foi mantido até o início de junho. Na semana passada, São Paulo tinha uma taxa de transmissão de 1,1, segundo o painel da Rede CoVida.

No Rio de Janeiro, a taxa fechou março em 2,4, com 100 casos gerando 240 novas infecções. Já nos primeiros dias de abril, ela se estabilizou em 1,4, e, desde o início de julho, está em 1,0.

"Com as medidas que foram implementadas em março, você vê uma queda na taxa de transmissão, mas que ainda não foi o suficiente para estar abaixo de um", avalia Juliane Oliveira.

A pesquisadora analisa que as medidas de isolamento chegaram antes da explosão de casos em alguns estados, como na Região Sul e em Minas Gerais, o que fez com que a pandemia crescesse de forma mais lenta que nos primeiros estados atingidos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas. Na visão dela, porém, perdeu-se uma oportunidade de adotar medidas de rastreio que cortassem a transmissão e impedissem que esses estados tivessem o crescimento da pandemia que foi observado mais recentemente, a partir da flexibilização.

"Faltou a questão do rastreio de casos. Não adianta fazer as medidas de distanciamento sem ter o rastreio e o isolamento de casos. Quando você rastreia e isola, você corta a transmissão", afirma. "Quando abriram, começou a subir de novo, porque ainda não se tinha o controle dos casos".
Informações: Imperial College
Via: ebc
Post: G. Gomes
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23 julho, 2020

Pesquisadores desenvolvem tecido que neutraliza novo coronavírus!



Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), da Universitat Jaume I, da Espanha, e do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) desenvolveram um tecido capaz de inativar o coronavírus SarS-CoV-2, agente causador da covid-19. O projeto teve ainda a participação de equipe da empresa Nanox, de nanotecnologia.

O tecido, que deve servir principalmente para a fabricação de peças de roupas hospitalares e já está chegando ao mercado, é capaz de eliminar 99,9% do novo coronavírus em cerca de dois minutos. A composição deriva de uma mistura de poliéster com algodão, que se soma, por meio de um processo chamado pad-dry-cure, à camada de micropartículas de prata, fixada. A aplicação de pequenas partículas de prata consiste em uma técnica difundida há algum tempo entre os industriais, estando presente nos ramos têxtil, de cosméticos e de tintas. 

Conforme explicou à agência o pesquisador Lucio Freitas Junior, que trabalha no laboratório de biossegurança de nível 3 (NB3) do ICB, o projeto aproveitou a amostra de novo coronavírus que havia sido isolada e cultivada a partir da carga contraída por um dos primeiros pacientes diagnosticados com a doença, tratado no Hospital Israelita Albert Einstein.

"Tínhamos o vírus isolado e armazenado no nosso laboratório, em grande quantidade. Nosso laboratório fornece vírus ao Brasil todo e ao exterior, para a realização de estudos", comentou. 
Para se certificar da eficácia do material, os pesquisadores cumpriram uma segunda etapa, de análise molecular. Além de testes para avaliação da atividade antiviral, antimicrobiana e fungicida, avaliaram outros aspectos importantes para que o produto pudesse ser liberado para comercialização, como assegurar que não desencadeia alergias ou outras reações adversas no organismo.
Informações: USP
Via: A. Brasil
Post: G. Gomes
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13 julho, 2020

Acelerador de partículas brasileiro realiza primeiras imagens do coronavírus.


(Foto: MCTI/reprodução)
O novo acelerador de elétrons brasileiro, o Sirius, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), realizou os primeiros experimentos em uma de suas linhas de luz na semana passada. A primeira estação de pesquisa a entrar em funcionamento é capaz de revelar detalhes da estrutura de moléculas biológicas, como proteínas virais. Esses primeiros experimentos fazem parte de um esforço do centro para disponibilizar uma ferramenta de ponta à comunidade científica brasileira dedicada a pesquisas com o novo coronavírus.

Nessas análises iniciais, pesquisadores do CNPEM observaram cristais de uma proteína do coronavírus imprescindível para o ciclo de vida do vírus. Os primeiros resultados revelam detalhes da estrutura dessa proteína, importantes para compreender a biologia do vírus e apoiar pesquisas que buscam novos medicamentos para a Covid-19.

A primeira estação de pesquisa a entrar em funcionamento no Sirius é a linha de luz Manacá, dedicada a cristalografia de proteínas. Usando a difração de raios X esta linha de luz é capaz de revelar a posição de cada um dos átomos que compõem a proteína estudada, o que auxilia os pesquisadores a investigar a sua ação no organismo e sua interação com moléculas que têm potencial para o desenvolvimento de fármacos.

O início dos experimentos nas instalações do Sirius envolve um minucioso processo de testes, no qual milhares de parâmetros são avaliados para garantir a geração de dados precisos.

“Para constatar que a estação de pesquisa está dentro dos parâmetros projetados, gerando resultados confiáveis, resolvemos primeiramente a estrutura de proteínas bem conhecidas, como lisozima – uma molécula presente na nossa lágrima e saliva. Reproduzimos as medidas esperadas para essas amostras-padrão e, então, ao verificarmos a boa performance da máquina, seguimos para a coleta de dados de experimentos reais, com cristais de proteínas do Sars-CoV-2”, explica Ana Carolina Zeri, pesquisadora que coordena a primeira estação de pesquisa a entrar em operação.

Os primeiros experimentos
A amostra analisada nos primeiros experimentos no Sirius foi a proteína 3CL do novo coronavírus. Produzida e cristalizada no Laboratório Nacional de Biocências (LNBio), do CNPEM, a 3CL participa do processo de replicação do vírus dentro do organismo durante a infecção. “Inicialmente, reproduzimos a estrutura de uma proteína já conhecida para testar os resultados gerados pela Manacá. Com a obtenção de dados confiáveis e competitivos, vamos aprofundar os estudos em biologia molecular e estrutural que integram nossa força-tarefa contra o vírus. 

"Temos vários grupos de pesquisadores mobilizados para investigar os mecanismos moleculares relacionados à atividade dessa proteína, buscar inibidores de sua atividade, estudar outras proteínas virais, gerar conhecimentos que podem apoiar o desenvolvimento de medicamentos contra a doença”, detalha Kleber Franchini, Diretor do Laboratório Nacional de Biociências (LNBio).

Abertura em caráter excepcional à comunidade científica
Além do nosso compromisso com a agenda pública de pesquisas com o Sars-CoV-2, coordenada pelo MCTI, o início da operação da Manacá vai beneficiar a comunidade científica de todo o País. Pesquisadores dedicados a estudar os detalhes moleculares relacionados à doença poderão submeter, a partir da próxima semana, propostas de pesquisa para utilizar essa linha de luz”, anuncia Mateus Cardoso, Chefe da Divisão de Materiais Moles e Biológicos do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) do CNPEM.

Para utilizar o Sirius, as propostas de pesquisa da comunidade científica passarão por uma avaliação técnica dos especialistas do LNLS. “Neste momento, consideramos que a máquina está em fase de comissionamento científico, realizando experimentos ainda em condições que impõem algumas limitações. Entretanto, em resposta à crise causada pela Covid-19, optamos por disponibilizar antecipadamente essa ferramenta aos pesquisadores que já têm familiaridade com experimentos de cristalografia de proteínas, para que eles possam avançar no entendimento molecular do vírus”, pondera o Diretor do LNLS, Harry Westfahl Jr.

Dentre as 13 estações de pesquisa do Sirius previstas para a 1ª fase do projeto, duas delas tiveram as montagens priorizadas, desde o início da pandemia, por permitirem estudos sobre o vírus e sua interação com células humanas. Além da Manacá, a equipe do projeto corre contra o tempo para entregar, ainda nos próximos meses, a linha de luz Cateretê, voltada a técnicas de Espalhamento Coerente de Raios X, onde será possível produzir imagens celulares tridimensionais de alta resolução.

José Roque, diretor-geral do CNPEM e do projeto Sirius, destaca que, em resposta à uma situação emergencial, a comunidade científica está sendo chamada a apresentar suas propostas de pesquisa em Sars-CoV-2. “Começamos a oferecer condições de pesquisa inéditas para os pesquisadores do País. Neste momento, em que se fala tanto da importância da ciência e tecnologia para a solução de problemas, estamos diante de uma máquina avançada, projetada por brasileiros e construída em parceria com a indústria nacional. Espero que, cada vez mais, todos os setores da sociedade reconheçam a importância da ciência para a solução dos nossos problemas e as capacidades que temos no País”, conclui.

Saiba mais sobre o Sirius
Projetado e construído por brasileiros, o Sirius é uma das fontes de luz síncrotron mais avançadas do mundo. Este grande equipamento científico possui em seu núcleo um acelerador de elétrons de última geração, que gera um tipo de luz capaz de revelar a microestrutura de materiais orgânicos e inorgânicos. Essas análises são realizadas em estações de pesquisa, chamadas linhas de luz. O Sirius irá comportar diversas linhas de luz, otimizadas para experimentos diversos, e que funcionarão de forma independente entre si, permitindo que diversos grupos de pesquisadores trabalhem simultaneamente, em diferentes pesquisas nas mais diversas áreas, como saúde, energia, novos materiais, meio ambiente, dentre outras.

As diferentes técnicas experimentais disponíveis nas linhas de luz do Sirius permitirão observar aspectos microscópicos dos materiais, como os átomos e moléculas que os constituem, seus estados químicos e sua organização espacial, além de acompanhar a evolução no tempo de processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem em frações de segundo. Em uma linha de luz é possível acompanhar também como essas características microscópicas são alteradas quando o material é submetido a diversas condições, como temperaturas elevadas, tensão mecânica, pressão, campos elétricos ou magnéticos, ambientes corrosivos, entre outras. Essa capacidade é uma das principais vantagens das fontes de luz síncrotron, quando comparadas a outras técnicas experimentais de alta resolução.

As linhas de luz do Sirius são instrumentos científicos avançados, projetados para solucionar problemas em áreas estratégicas para o desenvolvimento do País. Inicialmente, um conjunto de 13 linhas de luz foi planejado para cobrir uma grande variedade de programas científicos. Ao todo, Sirius poderá abrigar até 38 linhas de luz.
Informações: MCTI
Post: G. Gomes
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26 junho, 2020

Anvisa autoriza mais dois estudos com medicamentos contra Covid-19.


(Foto: Getty Image)
Uma das pesquisas vai usar o redemsivir associado ao fármaco tocilizumabe para tratamento da Covid-19 .

Duas novas possibilidades contra a Covid-19. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a realização de dois novos estudos clínicos para testar medicamentos para o tratamento de pacientes hospitalizados com quadros graves provocados pela doença. 

O primeiro deles é um estudo de fase 3 destinado à avaliação da eficácia e da segurança do medicamento experimental, remdesivir, em pacientes com pneumonia grave por Covid-19. 

Ao todo, 105 pacientes, divididos em dois grupos, devem ser envolvidos nos testes. Um dos grupos receberá o medicamento associado ao fármaco tocilizumabe e outro será tratado com o remdesivir e com placebo. O pedido de autorização dessa pesquisa foi feito pela empresa PPD do Brasil Suporte a Pesquisa Clínica Ltda.

A outra autorização é referente a um estudo, também de fase 3, desenvolvido para avaliar a eficácia e a segurança do medicamento experimental ruxolitinibe em pacientes com “tempestade de citocinas” associada à Covid-19. Esta situação ocorre quando o organismo gera uma quantidade exagerada de defesas (citocinas) contra a doença, causando agravamento do quadro clínico. A pesquisa é da Novartis Biociências S.A. e deve incluir 60 pacientes.

Priorização
Desde o reconhecimento de calamidade pública no Brasil, em virtude da pandemia do novo coronavírus, a Anvisa tem adotado estratégias para dar celeridade às análises e às decisões sobre qualquer demanda que tenha como objetivo o enfrentamento da Covid-19. A autorização dos testes foi publicada na última quarta-feira (24) no Diário Oficial da União. 

Uma dessas estratégias foi a criação, no âmbito da Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMed), de um comitê de avaliação de estudos clínicos, registros e mudanças pós-registros de fármacos para prevenção ou tratamento da Covid-19. O trabalho do grupo visa também reduzir o risco de desabastecimento de medicamentos com impacto em saúde pública devido à pandemia.

Regras para pesquisas clínicas
Para realização de qualquer pesquisa clínica envolvendo seres humanos, é obrigatória a aprovação dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) e/ou da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). A anuência de pesquisa clínica pela Anvisa constitui-se na etapa regulatória, que se aplica somente aos estudos com finalidade de registro e pós-registro de medicamentos e analisada por solicitações de empresas patrocinadoras ou seus representantes. O prazo para início do estudo após a aprovação ética e regulatória é definido pelo patrocinador.
Informações: Anvisa
Post: G. Gomes
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21 junho, 2020

Pesquisa: A busca tecido com maior proteção contra o novo coronavírus.



Um projeto de pesquisa financiado pelo Edital de Inovação para a Indústria do Senai busca o desenvolvimento de um tecido de malha com propriedades antivirais que possa aumentar a proteção de máscaras e outros equipamentos de proteção individual.

Tecidos desse tipo são chamados de funcionais, porque são fabricados com produtos químicos e materiais que acrescentam determinadas funções, como proteção contra raios ultravioleta ou ação antimicrobiana.

O projeto ocorre em parceria entre a empresa Diklatex, o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Senai/Cetiqt) e Bio-Manguinhos, cujos laboratórios têm sido usados para a realização dos testes.

O coordenador da plataforma de Fibras do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras, Adriano Passos, explicou que, além da eficácia das substâncias usadas, outras questões importantes estão sob avaliação, como a toxicidade no contato com a pele e a durabilidade após lavagens.

"Não adianta matar o vírus e fazer mal ao ser humano. Então, estamos tendo todo esse cuidado", afirma Passos. Os primeiros testes já comprovaram a eficácia contra os vírus causadores da caxumba e do sarampo em ensaios in vitro.

No último dia 17, uma nova rodada de testes começou a ser realizada, desta vez em um laboratório com o nível de segurança exigido para pesquisas com o SARS-COV-2. O resultado deve ser divulgado até o fim de junho, mas Passos adianta que duas formulações testadas tiveram "performance ótima" contra o novo coronavírus.

A comercialização de tecidos com propriedades antivirais já é uma realidade e Passos acredita que a expansão dessa tecnologia pode ser uma tendência não apenas para serviços de saúde, mas para roupas e estofados de modo geral. "Nossa ideia é que isso seja uma solução para profissionais de saúde, mas que pode ser desenvolvida para o público geral".
Informações: Senai
Post: G. Gomes
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15 junho, 2020

Pesquisa: Estudo mostra que coronavírus já circulava no país antes do isolamento!



Um estudo que envolveu pesquisadores do Brasil e do Reino Unido mostra que o novo coronavírus (covid-19) já circulava no país antes da adoção de medidas de isolamento social.
Para fazer a análise, o grupo identificou 427 genomas do vírus no Brasil a partir dos dados de 7,9 mil amostras de laboratórios públicos e privados. O trabalho foi publicado na plataforma medRxiv e ainda não passou pela revisão da comunidade científica.

O estudo identificou que entre 22 e 27 de fevereiro, três tipos do vírus, provavelmente vindos da Europa, estavam presentes no país e conseguiram se estabelecer antes das medidas para restringir o contágio. O primeiro caso no Brasil foi confirmado em São Paulo, no dia 24 de fevereiro, em um homem que tinha voltado de viagem à Itália. As primeiras medidas de isolamento social só foram adotadas no estado a partir de 16 de março, e a quarentena, com fechamento dos serviços não essenciais, em 24 de março.

O trabalho também mostra que as medidas de isolamento social conseguiram reduzir a disseminação da doença no país. Para avaliar esse impacto, os pesquisadores cruzaram o número de mortes diárias com dados sobre o deslocamento da população fornecidos pela empresa de geolocalização InLoco e pelo Google.

Apesar dos efeitos positivos da quarentena, o estudo mostra que com a queda na adesão ao isolamento social em São Paulo, houve também um aumento na velocidade de transmissão da doença.

A pesquisa mostra ainda que as viagens dentro do Brasil tiveram um papel importante para que o coronavírus circulasse entre as diferentes regiões do país. Segundo o artigo, as “altamente populosas e bem conectadas áreas urbanas do Sudeste agem como principais fontes de exportação do vírus dentro do país”, apontam os pesquisadores após analisar também as distâncias médias das viagens de avião no período da pandemia.

Assinam o trabalho pesquisadores ligados a 44 instituições no Brasil e no Reino Unido. Entre eles, está o grupo do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Universidade de Oxford, da Inglaterra, que em fevereiro fizeram o primeiro sequenciamento genético do coronavírus na América Latina.
Informações:medRxiv
Via:ebc
Post: G. Gomes
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12 junho, 2020

Pesquisa testa em voluntários medicamento para tratar a Covid-19


(Foto: ebc)
Voluntários participam nesta sexta-feira dia 12 de Junho de 2020 da ação #500VoluntáriosJÁ que promove um estudo clínico com o medicamento Nitazoxanida no tratamento ao coronavírus. O ministro Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, participou da mobilização.

“Isso é necessário para que façamos essa parte final da Nitozoxanida e uma vez certificado cientificamente por esse protocolo, a Anvisa poderá então mudar a bula desse remédio para que seja utilizado para o Covid”, explicou.

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, ligada ao MCTI, testou dois mil fármacos utilizando inteligência artificial e identificou cinco remédios com potencial para combater a replicação do coronavírus.

Com a Nitazoxanida foi possível identificar a redução em 94% da carga viral em células infectadas “in vitro”. A etapa de estudos clínicos com pacientes é a última fase da pesquisa que busca comprovar cientificamente a eficácia deste remédio no tratamento precoce da Covid-19.

Dá para perceber o quanto isso é importante para o País e para o planeta. Nós participamos de uma rede internacional. Nós testamos esse medicamento aqui, outros países estão testando outros medicamentos também”, afirmou o ministro. “Peço que todos participem”.

A ação #500VoluntáriosJá está sendo realizada no Hospital de Emergências Albert Sabin, em São Caetano do Sul (SP) e será feita até a adesão de 500 pessoas. O teste é gratuito. Antes de participar do teste, o paciente passa por uma avaliação.

Para fazer parte da mobilização, os voluntários devem apresentar sintomas de gripe, como febre, fadiga e tosse ou confirmação da Covid-19. Os pacientes selecionados serão acompanhados por oito dias pela equipe médica do Hospital de Emergências Albert Sabin.
Informações: CNPEM
Post: G. Gomes
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11 junho, 2020

Pesquisa: MCTIC inicia segundo protocolo de testes clínicos com a nitazoxanida.


O ministro do MCTIC, astronauta Marcos Pontes, durante a 34ª Reunião do Conselho de Governo - Foto: MCTIC ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, afirmou, nesta terça-feira dia 09 de Junho de 2020, que foram iniciados os novos testes com o vermífugo nitazoxanida em pacientes que tenham sido infectados pelo novo coronavírus. A novidade é que a partir de agora pacientes assintomáticos também serão testados. Basta ter a confirmação do coronavírus.

O primeiro protocolo de testes trabalha com pessoas com febre e início de pneumonia, com o chamado “vidro fosco” na tomografia do pulmão. O anúncio foi feito pelo ministro durante a 34ª Reunião de Governo, com o presidente Jair Bolsonaro. Pontes ressalta que estes testes são importantes para medir a evolução do vírus no organismo.

"Assim conseguimos medir a carga viral no início do protocolo e ao longo do tratamento, que dura 5 dias e mais 9 dias de observação. [...] Temos uma arma poderosíssima contra os efeitos da Covid-19", informou.

O ministro destacou ainda que o remédio pode ser mais uma “arma" efetiva no combate à doença. Nesta segunda fase de testes serão cadastrados 300 voluntários.

O formulário de cadastro para os testes do MCTIC está disponível no site https://www.testesclinicos.mctic.gov.br/formulario.

Quem se interessar também pode ir a um dos 17 hospitais ao redor do País onde estão sendo realizados os experimentos com a nitazoxanida.

Em Brasília, os testes clínicos com a nitazoxanida estão sendo realizados no Hospital das Forças Armadas (HFA) e no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN).

informações: Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
Post: G. Gomes
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05 junho, 2020

Covid-19: Pesquisa vai utilizar plasma sanguíneo em pacientes infectados com Covid-19.


(Foto: MCTIC)
Um estudo realizado por cinco hospitais brasileiros começou a testar o uso de plasma sanguíneo em pacientes com a Covid-19.

A pesquisa inclui 120 participantes e vai verificar se o plasma de pacientes já recuperados (convalescentes) pode ajudar no tratamento de infectados pela doença. O projeto de pesquisa é financiado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio da empresa pública Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) e faz parte da estratégia da RedeVírus.

O plasma sanguíneo é obtido de pessoas que já foram curadas da Covid-19 e desenvolveram anticorpos para a doença. “O objetivo da pesquisa é observar se o uso do plasma de pacientes convalescentes tem benefício no tratamento de pessoas com formas mais graves de Covid-19”, reforça o coordenador do estudo, o infectologista Esper Kallás, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

A pesquisa obteve aprovação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e envolve o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Hospital das Clínicas da Universidade de Campinas (Unicamp), Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Hospital Sírio-Libanês e o Hospital Israelita Albert Einstein.

Os testes começaram no dia 2 de Junho, com a inclusão dos primeiros voluntários com Covid-19. Os pacientes que preenchem os critérios estabelecidos são convidados pelos cinco centros participantes, que harmonizaram a forma de realizar o estudo e seguem o mesmo protocolo.

Testes
Os voluntários estão divididos em três grupos. Um grupo recebe 200 ml de plasma, outro grupo, 400 ml, e outra parte não recebe o plasma. Com essa metodologia será possível fazer uma comparação e avaliar os efeitos da substância testada.

Todos os voluntários apresentam a forma grave da doença, ainda não recebem ventilação mecânica e desenvolveram sintomas nos 10 dias que antecederam a inclusão no estudo. “Com isso, pretendemos avaliar se o plasma tem benefício na forma precoce da doença”, aponta Esper Kallás. Depois da transfusão do plasma, os pacientes serão acompanhados por 28 dias para avaliar a resposta ao tratamento. A estimativa é de que o estudo apresente análises intermediárias a cada total de 30 pacientes testados pelas cinco instituições.

Doadores
Coordenador do estudo no Hospital das Clínicas da Unicamp, o hematologista Bruno Benites revela que o trabalho na instituição atualmente está na fase de coleta de doadores e vai iniciar a análise do material para verificar a quantificação de anticorpos. “A expectativa é de que a partir da próxima semana comece a transfusão do plasma coletado em pacientes internados no Hospital das Clínicas da Unicamp”.

O Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, outra instituição que participa da pesquisa, já conta com 150 doadores de plasma qualificados e a etapa de transfusão em pacientes com a doença deve começar em breve. “Assim que tivermos pacientes que se encaixem nos requisitos estabelecidos pelo estudo, começaremos os testes”, afirma o diretor de Pesquisa do Albert Einstein, Luiz Vicente Rizzo.

Segundo ele, o Albert Einstein e o Hospital Sírio-Libanês já realizaram, nos meses de abril e maio últimos, um estudo prévio para verificar a segurança do uso de plasma sanguíneo com anticorpos. Uma nova fase do estudo, mais avançada e ampliada, começa agora com a participação das cinco instituições do estado de São Paulo. “A expectativa é boa. Há um grupo de pacientes, aqueles que ainda não precisam de ventilação mecânica, que parece se beneficiar desse tratamento.”

O MCTIC, por meio da Finep, está investindo R$ 5 milhões na pesquisa com o uso de plasma. O recurso faz parte do crédito extraordinário destinado pelo Governo Federal à pasta, no valor de R$ 352,8 milhões, para apoio a projetos de pesquisa e inovação no enfrentamento à Covid-19.
Post: G. Gomes
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31 maio, 2020

Fiocruz de Minas Gerais trabalha em vacina brasileira para covid-19.

Em todo o mundo, cerca de 200 grupos de cientistas trabalham intensamente no desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz contra a covid-19. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos oito delas já iniciaram a fase clínica, de testes em pessoas.

A equipe brasileira, composta por 15 pessoas, é liderada pelo pesquisador Alexandre Vieira Machado, da Fiocruz em Minas Gerais, em parceria com outras instituições, como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o Instituto Butantã, a Universidade de São Paulo (USP) e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

Segundo Machado, o Instituto do Coração (Incor) de São Paulo também trabalha no desenvolvimento da vacina, liderado pelo médico Jorge Kalil, e há troca de informações entre as duas equipes. “Esperamos que nós possamos utilizar a deles junto com a nossa em alguns testes”, diz Machado.

Coronavírus
A atual pandemia de covid-19 é causada pelo novo coronavírus, chamado tecnicamente de Sars-CoV-2, uma mutação do vírus Sars-CoV-1, que provoca a Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars, da sigla em inglês). Segundo dados da OMS, a Sars registrou 8.098 casos e deixou 774 mortos em 26 países entre 2002 e 2003, com foco principal na Ásia.

Outro tipo de coronavírus causa a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, da sigla em inglês), que deixou 858 mortos desde 2012, com um total de 2.494 casos em 27 países.

Covid-19 significa Corona Virus Disease, ou doença do coronavírus em português. O 19 se refere a 2019, ano em que foram divulgados os primeiros casos em Wuhan, na China. O Sars-Cov-2 já registrou quase 6 milhões de casos em todo o mundo, com mais de 360 mil mortos.

Machado explica que o vírus Sars-CoV-1 desapareceu depois do surto de 2002 e as pesquisas com ele foram interrompidas, por isso agora há mais dificuldade de se encontrar a vacina, com a pandemia em andamento e com um vírus muito mais contagioso e que causa uma doença grave. “É como ter que trocar o pneu de um carro em movimento descendo uma ribanceira”, diz o pesquisador.
“Não tem vacina pro Sars-CoV. É uma coisa muito triste e um recado para a ciência e para as agências de fomento. Somos frequentemente confrontados com doenças novas, como zika e chikungunya, e a volta de outras, como sarampo e febre amarela, isso desvia o foco das linhas de pesquisa e dos investimentos em vacina. Isso é ruim, porque se nós tivéssemos uma vacina aprovada para Sars-CoV-1, mesmo que fosse em fase clínica, numa plataforma que funcionasse, a gente poderia ter pulado algumas etapas”.

Vacina
Machado explica que o trabalho de sua equipe está sendo feito a partir de algum conhecimento acumulado com o Sars-CoV-1 e usa como base o vírus influenza recombinante, outra doença com sintomas respiratórios e mais grave em idosos, assim como a covid-19.

“Nós modificamos geneticamente o vírus da gripe, que é o vírus influenza, para que ele produza tanto as proteínas do vírus da gripe quanto uma proteína que nós chamamos de imunogênica, uma proteína que induz resposta imune, no caso ao Sars-CoV-2. Esperamos que uma pessoa vacinada com esse vírus tenha uma proteção contra a covid-19 e também à influenza”.

Porém, embora promissor, o trabalho ainda está longe de ser concluído. Segundo o pesquisador, o desenvolvimento laboratorial, com testes em camundongos, deve ser concluído em meados do ano que vem. Para só então iniciar a fase clínica, que é mais complexa e cara, pois exige mais estrutura, pessoal especializado e condições sanitárias específicas.

“A partir daí começa a parte clínica, usando outra espécie, como hamster, com mais controle de segurança, de toxicidade, de reações adversas. Depois que sair disso, ainda vai mais uns dois anos para entregar uma vacina com segurança para a população. Hoje é torcer para essas vacinas que estão em fase clínica, algumas delas, cheguem a termo e que nós tenhamos vacinas o suficiente para vacinar a população mundial”.

Segundo ele, uma das vacinas que já entrou na fase clínica foi o da Universidade de Oxford, no Reino Unido. A equipe britânica estava trabalhando com a vacina da Mers e testam agora com o antígeno do Sars-CoV-2. “Eles já tinham um conhecimento que colocou eles alguns passos adiante”, explica Machado, afirmando que, no momento, ainda há mais perguntas do que respostas sobre a vacina.

“Nós não sabemos ainda com quantas doses a vacina vai funcionar. Será que vai ter a mesma eficácia em jovens, idosos e crianças? Por quanto tempo a pessoa vai ficar imunizada? Essas questões todas têm que ser avaliadas e quanto mais opções nós tivermos de ferramentas, mais chances nós temos de chegar a um produto final”.

Equipes americanas e chinesas também estão na corrida para uma imunização para a covid-19 com resultados promissores.

Mas para o pesquisador, é fundamental que as instituições públicas do Brasil desenvolvam a vacina com tecnologia própria, para que o país seja capaz de proteger a sua população sem depender de outras patentes, muitas vezes desenvolvidas por empresas privadas.

“Isso é muito importante, porque a vacina para covid-19 nem existe e já tem briga por ela. Qual a garantia que o Brasil tem, se um laboratório no exterior conseguir produzir, que terá acesso a ela? E em tempo hábil? Então o Brasil ter uma vacina própria, com tecnologia própria, é soberania nacional e independência tecnológica. Hoje, vacina é geopolítica e ciência é poder”, afirma.
Informações: Fiocruz
Via: Ebc
Post: G. Gomes
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25 maio, 2020

Brasil fecha parceria com União Europeia para trabalhar em projetos de combate à Covid-19.

Foto: Leonardo Marques/MCTIC
O Governo Federal fechou uma parceria entre pesquisadores do Brasil e da União Europeia para trabalharem em projetos relacionados a ações nas áreas de diagnóstico, tratamento e desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19. O anúncio da parceria foi feito durante videoconferência realizada na sexta-feira dia 22 de Maio de 2020.

O programa de cooperação “Fomentando Atividades de Geminação em Ciência, Tecnologia e Inovação” selecionou 12 projetos de pesquisa, seis deles relacionados diretamente ao combate à Covid-19, e outros seis em setores estratégicos como agricultura, meio ambiente e energia.

Durante a videoconferência, Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, destacou que cientistas de todos os países estão empenhados em encontrar soluções para combater o vírus causador da Covid-19 e seus impactos. “É tempo de aprendizado, de trabalho conjunto e temos várias possibilidades de cooperação. A ciência e a tecnologia têm um papel importante e de grande valor na luta contra a pandemia.

Programa
O projeto “Fomentando Atividades de Geminação em Ciência, Tecnologia e Inovação” começou a ser implementado em 2019, no âmbito dos Diálogos Setoriais Brasil-União Europeia. O objetivo é apoiar os mecanismos de “geminação de atividades colaborativas”, entendidos como a colaboração em algumas atividades de pesquisa em projetos de interesse mútuo, para promover a aprendizagem entre pares, a parceria, o diálogo e o intercâmbio de experiências.

O projeto é coordenado pelo MCTIC e pela Direção Geral de Pesquisa e Inovação (DG RTD) da Comissão Europeia. A iniciativa conta com o apoio de agências brasileiras de fomento, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) e Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).
Informações: Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
Post: G. Gomes
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21 maio, 2020

Ciência e Tecnologia investe R$ 352,8 milhões em Projetos de Pesquisa.


Cerca de 100 projetos de diversos setores de ciência, pesquisa e telecomunicações vão receber um aporte de R$ 352,8 milhões, segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O valor é referente a um crédito extraordinário autorizado por meio da Medida Provisória 962/2020

As pesquisas abrangem ações diversas, como: ampliação da capacidade de produção de testes rápidos e desenvolvimento de novos tipos de exames para detecção do SARS-CoV-2; desenvolvimento de respiradores mecânicos de baixo custo; estruturação de laboratórios; realização de testes clínicos de fármacos contra a Covid-19 e conexão à internet de unidades de saúde.
O ministro Marcos Pontes detalhou, nessa terça-feira dia 19 de Maio 2020, em coletiva à imprensa, como serão distribuídos os recursos nas diversas iniciativas do MCTIC.
“Essas são algumas das prioridades dos nossos investimentos. O MCTIC, pela sua natureza, é uma ferramenta de suporte de todos os outros ministérios nas ações de combate à Covid”, ressaltou Marcos Pontes. Segundo o ministro, todas as iniciativas são importantes porque o Brasil precisa estar preparado para responder rapidamente a viroses emergentes, como no caso da Covid-19.
A grande parte dos recursos, R$ 307 milhões, será aplicada via Fundo Nacional de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia (FNDCT), operado pela Finep, empresa pública vinculada ao MCTIC. O aporte de recursos via FNDCT deverá beneficiar diversos tipos de empresas no país, inclusive startups.

Por meio do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social vinculada ao MCTIC, outros R$ 45 milhões serão aplicados em ensaios clínicos de fármacos e estruturação de laboratório de nível de biossegurança superior 3 e 4. Com atuação destacada no enfrentamento ao covid-10, o CNPEM também deverá utilizar os recursos na estruturação de unidade de biologia sintética; estruturação de unidade de desenvolvimento de kits diagnósticos precoces e tardios para a detecção de vírus e de unidade para triagem e reposicionamento de fármacos para tratamento de viroses emergentes.

Outra parte do crédito extraordinário, no valor de R$ 6,3 milhões, será utilizada na instalação de 1 mil pontos de conexão à internet via satélite para auxílio às ações relativas à pandemia em hospitais, unidades de saúde, postos de fronteira ou qualquer outro local remoto onde for necessária.
Informações: Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações 
Post: G. Gomes
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18 maio, 2020

Empresa Moderna diz: Vacina contra coronavírus testada em humanos é eficaz e segura.

Chega a notícia de que a primeira vacina contra o novo coronavírus a ser testada em pessoas, indica ser segura e capaz de estimular uma resposta imune contra o vírus, afirmou, nesta segunda-feira dia 18 de Maio de 2020, a empresa fabricante Moderna.

A constatação é baseada nos resultados das oito primeiras pessoas que receberam duas doses da vacina. Esse voluntários saudáveis produziram anticorpos que foram testados em células humanas no laboratório e foram capaz de impedir a replicação do vírus, fator que é preponderante para a eficácia de uma vacina.

Os níveis dos chamados anticorpos neutralizantes correspondiam aos encontrados em pacientes que se recuperaram após contraírem a Covid-19.

De acordo com a empresa, que está apressando seu planejamento, a segunda fase envolve 600 voluntários e uma terceira, prevista pra julho, deve ter milhares de pessoas saudáveis disponíveis para realizar o teste.

A Food and Drug Administration (FDA), o equivalente à Anvisa no Brasil, deu a Moderna a aprovação para a segunda fase no início deste mês.

Caso os testes prosperem, uma vacina poderá ficar disponível para uso até o final deste ano ou no início de 2021. Quem garante é Tal Zaks, diretor médico da Moderna, ao jornal The News York Times.

A quantidade de doses que estarão disponíveis ainda não está definida. Zaks afirma, no entanto, que a Moderno está “fazendo o possível para alcançar o maior número possível de doses".

Estados Unidos, União Europeia e China são os principais protagonistas na corrida por uma vacina comprovadamente eficaz contra o novo coronavírus.

Ainda de acordo com a Moderna, testes adicionais em camundongos que foram vacinados e infectados descobriram que a vacina poderia impedir o avanço do vírus nos pulmões e que os animais possuíam níveis de anticorpos neutralizantes comparáveis aos das pessoas que receberam a vacina.

Três doses da vacina foram testadas: baixa, média e alta. A dose alta está sendo eliminada de estudos futuros porque as doses mais baixas parecem funcionar tão bem que a dose alta não é necessária.
"Quanto menor a dose, mais vacina poderemos fazer", projetou Zaks.
Informações: NYtimes
Via: Yahoo
Post: G. Gomes
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16 maio, 2020

Pesquisa: Laboratório diz ter descoberto anticorpo contra o coronavírus.

A cura para a Covid-19 pode estar mais próxima, no que depender das pesquisas da empresa biofarmacêutica Sorrento Therapeutics. O laboratório norte-americano afirmou ter descoberto um anticorpo que poderia proteger o corpo humano do coronavírus e expulsá-lo do organismo em quatro dias.

Segundo a empresa, localizada em San Diego, o tratamento poderá estar disponível para consumo meses antes de uma vacina.
O anticorpo STI-1499, informou o laboratório, provavelmente será o primeiro de um coquetel que está em desenvolvimento. “Queremos enfatizar que há uma cura, há uma solução que funciona 100%”, disse o CEO do laboratório, Henty Ji, em entrevista à Fox News. “Se neutralizarmos o anticorpo no organismo, você não precisará do distanciamento social e poderá voltar a interagir sem medo
”, prosseguiu. Após o anúncio, as ações da empresa dispararam 170% na bolsa de valores norte-americana.

Os resultados completos do experimento serão submetidos em breve a uma “publicação revisada por pares”. Atual epicentro da pandemia, os Estados Unidos registraram 88.237 óbitos, sendo 1.680 somente nas últimas 24 horas. Estima-se que, até junho, o país alcance 100 mil mortes por Covid-19.
Informações:Sorrento Therapeutics
Via: yahoo
Post: G. Gomes
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12 maio, 2020

Pesquisadores vão modificar máscaras de mergulho para tratar pacientes da Covid-19(Com vídeo explicativo)

(Foto: OwnTec/Divulgaçã)
Pesquisadores do Centro de Tecnologia (CTI) Renato Archer, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, estão estudando formas de transformar máscaras de mergulho em respiradores automáticos. As máscaras, usadas principalmente por quem pratica snorkeling, receberão uma válvula produzida em impressoras 3D para que possam ler ligadas aos aparelhos de oxigênio.

Os aparelhos serão usados por pacientes internados pela Covid-19, uma vez que a doença afeta os pulmões dos infectados pelo novo coronavírus. Jorge Vicente Lopes da Silva, diretor do CTI, conta que tem trabalhado também com engenheiros da Universidade de Campinas (Unicamp), para verificar se as modificações podem ser usadas na rede de saúde, de forma segura. "É um estudo, mas com aplicação quase que imediata. Não podemos demorar", afirmou. O prazo é que, até semana que vem, o produto esteja disponível para os hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) de São Paulo e do Brasil.

A ideia não é novidade durante a pandemia mundial de coronavírus. A proposta surgiu na Itália, país que foi o segundo pico da doença depois da China. Já no Brasil, o protótipo terá algumas diferenças em relação ao modelo italiano.

Essa adaptação será realizada pelo CTI, que faz o projeto experimental junto um grupo de engenheiros da empresa Owntec, em parceria com a Universidade de Santa Cruz (Unisc), no Rio Grande do Sul, e com o Hospital de Santa Cruz do Sul.

Clique para visitar o site do projeto mergulhadores NESSE LINK

 Custo: O custo dessa adaptação é baixo, segundo Jorge Vicente Lopes da Silva, e será bancado em parte pelo Ministério e absorvida também pelo CTI. Além disso, a Decathlon suspendeu as vendas de máscaras no País, para uso exclusivo do projeto.

A máscara de mergulho "fecha" no rosto inteiro, por meio de uma cúpula transparente. Elas são bem específicas e caras, podendo custar até R$ 140 reais.

O projeto piloto prevê, ainda, transformar ao menos mil máscaras em Máscara de mergulho e válvulas de adaptação que estão sendo impressas pelo CTI em respiradores automáticos, doados em parte pela empresa Decathlon. "Vamos utilizar a infraestrutura 3D do CTI para produzir as peças, em caráter emergencial. Principalmente as que vão na conexão da válvula para conectar no sistema de oxigênio do hospital", explicou o diretor do CTI.

Informações: CTI Renato Archer
Post: G. Gomes
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08 maio, 2020

Ministro anuncia R$ 352 milhões para pesquisas.

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) promoveu ontem dia 07 de Maio de 2020 uma “marcha virtual” pela ciência. O objetivo da iniciativa é chamar a atenção de autoridades e da sociedade para a importância da pesquisa no país e do fortalecimento de políticas públicas de apoio à construção de conhecimento científico, como o aumento de investimentos e ampliação da estrutura para essa prática.

Ministro Marcos Pontes  Em razão da marcha, o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, divulgou nos canais de redes sociais da pasta um vídeo anunciando que o governo está investindo de R$ 100 milhões em ações relacionadas    à pesquisa para combate à covid-19. Pontes acrescentou que foram liberados ontem R$ 352 milhões para laboratórios de biossegurança nível quatro, que podem contribuir com pesquisas para enfrentar novas pandemias. Além disso, estão sendo aportados mais R$ 600 milhões pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para essa finalidade.

Fortalecimento da ciência: A “marcha” consistiu em diversos debates virtuais sobre temas variados, da pandemia aos desafios da ciência, tecnologia & inovação (CT&I), passando por discussões sobre temas contemporâneos.

Em um desses debates, representantes das principais entidades do setor apontaram a necessidade de fortalecer as políticas voltadas à CT&I. O presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich, ressaltou que a pandemia está trazendo uma reavaliação do papel do Estado e das instituições de CT&I.

“Estas instituições têm demonstrado força fantástica. Universidades adaptando laboratórios para enfrentar crise. Isso mostra que apesar dos cortes sucessivos a ciência está viva enfrentando as emergências que aparecem”, comentou.

O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz Carlos Gadelha apontou como a pandemia evidencia as limitações da CT&I no país, mencionando como exemplo o fato de o país gastar em importações, royalties e transferência de tecnologia US$ 20 bilhões na área de saúde, quase o equivalente ao orçamento do ministério (que segundo a Lei Orçamentária Anual de 2020 é de R$ 125,6 bilhões).

“Nosso gasto em saúde não está gerando riqueza no país. Na área de ventiladores, nossas importações quintuplicaram nos últimos 20 anos. Temos que ficar de joelhos para comprar componentes. Na área de fármacos, 94% dos que a gente precisa são importados. A gente não pode apenas vender produtos primários e não gerarmos conhecimento nesse país”, destacou.

Desafios: Esse cenário na saúde ilustra os desafios da produção de conhecimento no Brasil assinalados pelos participantes do debate. O Brasil é atualmente o 11º país no ranking global em produção científica. O país possui 200 mil pesquisadores, número que na proporção por 1 milhão de habitantes fica abaixo de diversas nações, como Argentina, Estados Unidos, os países da União Europeia, Coreia do Sul e Israel.

O presidente da SBPC, Ildeu Moreira, destacou que o orçamento das principais instituições e fundos da área diminuiu a menos da metade nos últimos sete anos. O do Ministério de Ciência, Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC) chegou a R$ 8 bilhões em 2013 e agora está em R$ 3,5 bilhões. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável por bolsas de pós-graduação, teve o orçamento reduzido de R$ 7,4 bilhões para R$ 3,2 bilhões no mesmo período.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) está com mais de 90% do recurso contingenciado. O fundo foi ameaçado pela proposta de emenda à Constituição que extinguia diversas fontes de receita deste tipo. Mas durante a tramitação no Congresso, que ainda não foi concluída, o FNDCT foi retirado da proposta após pressão das entidades de pesquisa.

“O grande desafio é que CT&I esteja integrada em um projeto de nação. Que seja democrático, soberano, menos desigual e com desenvolvimento sustentável. Podemos fazer mais se tivermos apoio e encaixados em um projeto de nação. Podemos melhorar? Sim, mas precisamos estar inseridas neste projeto”, defendeu o presidente da entidade.

Para o presidente do conselho das fundações de amparo à pesquisa estaduais, Fábio Gomes, o país está perdendo a oportunidade de contribuir com o esforço mundial de colocar a ciência para combater a pandemia do novo coronavírus. “Apesar de a comunidade acadêmica estar à disposição lutando, no âmbito local, do ponto de vista federal não há movimento neste sentido. Há ao contrário, de negar a realidade e ela ser construída sob falsas premissas”, opinou.

A presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos, Flávia Galé, acrescentou à lista das medidas em anos recentes sucessivos cortes de bolsas. Ela lembrou que o valor das bolsas de pós-graduação não é reajustado há sete anos. “Esta não é benesse, mas remuneração fundamental. Não se faz ciência só com laboratório, mas com pesquisadores”, comentou.

A Agencia entrou em contato com o MCTIC perguntando sobre a redução orçamentária questionada pelas entidades científicas e aguarda resposta.

Inovação:A diretora de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gianna Sagazio, defendeu maior aplicação dos conhecimentos em soluções industriais. Ela lembrou que o Brasil ficou na 66ª posição no Índice Global de Inovação em 2019 e não está investindo no setor como outras nações.

“O que está ocorrendo nos EUA, Europa, China é que existe um reconhecimento pelo governo e sociedade que investir em CT&I é prioridade e é vetor para o desenvolvimento. A este reconhecimento corresponde à disponibilização de instrumentos, a formulação de políticas e recursos financeiros sustentados ao longo dos anos. A OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] tem investido em P&D acima de 2% do PIB. No Brasil, até o último dado disponível temos menos de 1,3% do PIB”, exemplificou Gianna Sagazio.

Informações:  Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - Via: Ebc - Post: G. Gomes - Home: www.deljipa.blogspot.com.br

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