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06 março, 2020

Senado: Extinção de fundos públicos é aprovada pela CCJ e vai ao Plenário.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira  dia 04/03/2020, substitutivo à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 187/2019, que permite ao governo usar para outras finalidades o dinheiro hoje retido em fundos infraconstitucionais e vinculado a áreas específicas. A proposta é de iniciativa do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e faz parte do Plano Mais Brasil, elaborado pelo Executivo para estimular a economia. O texto será analisado agora pelo Plenário.

A PEC 187/2019 propõe a extinção dos fundos públicos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios criados até 31 de dezembro de 2016, caso não sejam ratificados por meio de lei complementar específica, até o fim de 2022, prazo em que o Legislativo poderá avaliar quais fundos são de fato relevantes e essenciais para a realização de políticas públicas.

O dinheiro que a PEC pretende liberar está nos fundos públicos infraconstitucionais, ou seja, criados por leis e não previstos pela Constituição. Segundo o governo, os fundos concentram recursos em atividades ou projetos de áreas específicas, o que significa “amarrar” receitas a determinadas finalidades. Com isso, o dinheiro fica “engessado” e muitas vezes acaba parado, apesar de outras áreas sofrerem com a falta de recursos.

Fundos preservados
O relatório aprovado, do senador Otto Alencar (PSD-BA), traz mudanças em relação ao texto original. Uma delas busca resguardar fundos que foram criados por lei, mas que têm obrigações constitucionais, ou seja, que foram criados para operacionalizar vinculações de receitas estabelecidas pelas Constituições ou pelas Leis Orgânicas dos entes federativos.

Um exemplo é o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), destinado ao custeio do seguro-desemprego e do abono salarial, que poderia ser extinto sem a mudança feita pelo relator. Também estão na mesma situação os fundos de financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO), criados por lei para regulamentar a Constituição e contribuir para o desenvolvimento econômico e social.

Nesta quarta-feira, na CCJ, depois de ampla discussão entre os senadores, o relator aceitou também preservar os Fundos Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia; Nacional de Segurança Pública; Penitenciário Nacional; Nacional Antidrogas e o de Defesa da Economia Cafeeira, conhecido como Funcafé. O acordo possibilitou a votação da PEC na comissão para que o texto seguisse finalmente ao Plenário.

Antes das mudanças via substitutivo, a estimativa do Ministério da Economia era de quase R$ 220 bilhões retidos em 248 fundos. O valor deve ser alterado, já que alguns deles não serão mais abrangidos pela regra.

Lei Complementar
A proposta inicial do governo previa ainda que caberia ao Executivo apresentar projeto de lei complementar para recriar fundo que fosse considerado imprescindível, mas o relator atribuiu tal tarefa também ao Poder Legislativo, iniciativa que foi elogiada por alguns senadores, entre eles Antonio Anastasia (PSD-MG).
Trata-se de algo revolucionário, pois a iniciativa de criação de fundos sempre foi privativa do Executivo. Agora haverá a competência concorrente por parte do Legislativo, o que poderá ajudar, num segundo momento, quando for necessário recriar determinado fundo — avaliou.
São Francisco
Ao final do ano de promulgação da emenda constitucional, as leis que destinarem recursos públicos a fundos infraconstitucionais serão revogadas, ou seja, esse dinheiro vai seguir para a conta única do Tesouro Nacional ou dos outros entes. De acordo com o texto apresentado pelo governo, parte dessas receitas públicas desvinculadas poderá ser usada em projetos e programas voltados à erradicação da pobreza e a investimentos em infraestrutura. Essas finalidades não são obrigatórias.

No texto aprovado pela CCJ, o relator incluiu entre as áreas beneficiadas com os recursos a revitalização de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e projetos de pesquisa e desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação.
“A revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco tem impactos econômico, social e ambiental por demais relevantes para adiar-se ainda mais sua execução”, argumentou Otto no parecer.
O relator também acrescentou ao texto a obrigatoriedade de que o governo federal encaminhe anualmente ao Congresso Nacional um demonstrativo do cumprimento das aplicações das receitas públicas desvinculadas.

Fundos extintos
Das reservas vinculadas que serão extintas, segundo o governo, grande parte já está inativa. A maioria existe desde antes da Constituição de 1988. Entre as reservas que podem acabar, o governo citou o Fundo de Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo, o Fundo de Garantia para Promoção da Competitividade e o Fundo Especial de Treinamento e Desenvolvimento. Também se enquadra na regra de extinção o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).

Os Fundos de Participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o Fundo Nacional de Saúde são exemplos de reservas que não serão extintas com a PEC porque são constitucionais.

Voto em separado
O líder do PT, senador Rogério Carvalho (PT-SE), apresentou um voto em separado, como alternativa ao relatório de Otto Alencar. Ele defendeu a rejeição da PEC 187/2019 e a manutenção ao menos daqueles fundos que atualmente são capazes de executar ao menos 50% dos recursos que recebem.
“Estão sobejamente demonstrados os prejuízos da PEC 187/2019 para áreas como educação, ciência e tecnologia, cultura, meio ambiente, direitos de cidadania e segurança pública. A medida reduzirá a prestação de serviços à população e representará um retrocesso nas políticas públicas, significando um verdadeiro desmonte do sistema orçamentário”, sustentou Rogério em seu voto.
Observa-se que o Senador Rogério não compreendeu o sentido e o objetivo da PEC 187/2019.
Fonte: Agência Senado
Post: G. Gomes
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Capes: Novo modelo de concessão de bolsas de pós-graduação!

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) inicia nesta sexta-feira 06/03/2020 o novo modelo de concessão de bolsas de pós-graduação para mais de 350 instituições de ensino superior públicas e privadas do país. A distribuição será com base no desempenho acadêmico e no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) da cidade onde o curso é ofertado.

A relação das bolsas de mestrado e doutorado será divulgado no site da autarquia, e estarão disponíveis para serem distribuídas pelos cursos aos estudantes em março. Essa é a primeira vez que a Capes define regras unificadas para a concessão do benefício. Serão redistribuídas 84,1 mil bolsas.

Não se tratam de novas bolsas, mas de bolsas existentes que serão redistribuídas de forma gradual de acordo com os critérios estabelecidos pela Capes. Os estudantes que já têm bolsas de estudo não serão atingidos. As regras valem apenas para as vagas que estão desocupadas ou cuja previsão de conclusão de pesquisa seja este ano.

Cursos que perderem bolsas pelo novo cálculo, mas que estiverem com as bolsas ocupadas, permanecem com as bolsas até a conclusão das pesquisas, mas não poderão ofertar o benefício a novos estudantes.

Atualmente, as universidades e os programas de pós-graduação têm uma determinada quantidade de bolsas de estudos. Se um bolsista conclui a pesquisa, a bolsa é repassada para um novo bolsista do mesmo programa.

Agora, as bolsas não permanecerão, necessariamente, no mesmo programa. Um curso de mestrado ou doutorado poderá perder ou ganhar bolsas de acordo com os critérios estabelecidos. Haverá uma transição para que os cursos não sejam prejudicados. Eles poderão perder, no máximo, 10% das bolsas ou ganhar até 30% das bolsas atuais.

Segundo a Capes, o modelo foi pensado para corrigir distorções. “O modelo revê, por exemplo, a distribuição de bolsas de estudos para cursos que possuem a mesma nota, estão na mesma área de conhecimento e localização geográfica, mas contam com quantitativos de bolsas muito diferentes. Também entram nesse contexto cursos de excelência com número de bolsas inferior ao de cursos com nota mínima permitida”, informou a autarquia.

Os critérios valem até fevereiro de 2021 e poderão ser revistos após esse período. As regras valem para os Programa de Demanda Social (DS), Programa de Excelência Acadêmica (Proex), Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Particulares (Prosup) e Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias de Ensino Superior (Prosuc).

Atualmente, os bolsistas de mestrado recebem, por mês, R$ 1,5 mil e os de doutorado, R$ 2,2 mil.
Informações: A. Brasil
Post: G. Gomes
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05 março, 2020

Procon de Ji-Paraná notifica postos de combustíveis para conter eventual abuso de preço.

Técnicos do Procon/RO, o órgão de defesa do consumidor, seguem notificando os postos de combustíveis de Ji-Paraná. A ação iniciou em fevereiro e seguirá até a conclusão do serviço nos 43 postos instalados na cidade.

O objetivo da ação é conhecer as razões da inércia dos donos dos postos em reduzir os preços já baixados nas refinarias e não aplicados nas bombas, com base em denúncias oferecidas nas unidades do Procon em todo o Estado. Ao final, o órgão deve tomar as devidas providências em benefício dos consumidores.

Os postos de combustíveis estão sendo notificados em Ji-Paraná
Durante a notificação é solicitado cópia de notas fiscais emitidas pelas refinarias, detalhamento do custo operacional, entre outros requisitos. “Com esses dados oficiais vamos elaborar planilhas e estudos para certificar se há de fato ou não abuso nos preços praticados nos combustíveis”, explica a chefe do Procon de Ji-Paraná, Luana Stocco, detalhando que a notificação inclui todas as variedades de combustíveis vendidos nas bombas.
No caso de descumprimento da notificação, silêncio ou insuficiência nas informações prestadas, o Ministério Público deverá ser acionado para adoção de providências necessárias conforme mandam as legislações federal e estadual.
“As notificações estão ocorrendo simultaneamente em várias cidades conforme a orientação da coordenação estadual o Procon”, esclarece Stocco, amparada pelo artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor.
O preço da gasolina comum em Ji-Paraná varia de R$ 4,34 a R$ 4,98. Luana Stocco alerta aos consumidores para que exijam o cupom fiscal no ato do abastecimento. “Este documento fiscal é um direito do consumidor e também uma prova que foi lesado, no caso de confirmação da cobrança abusiva nos postos de combustíveis”, detalha Luana, que após a conclusão do trabalho vai encaminhar os dados à coordenadoria estadual do Procon em Rondônia para as providências cabíveis.

No início da noite da segunda-feira dia 02/03/2020, a ponte sobre o rio Machado foi fechada em um ato de manifestação em favor da redução do preço dos combustíveis. A iniciativa partiu de motoristas de aplicativos e juntou apoiadores populares. A manifestação foi pacífica e sem registro de incidentes.
Informações:Secon- Gov. RO
Post: G. Gomes
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Justiça arquiva pedido de impeachment do ministro Weintraub. A esqerda pira!

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, arquivou nesta quinta-feira, 5, o pedido de impeachment apresentado por um grupo de deputados e senadores contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

A decisão atende manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que se posicionou contra o pedido por considerar que os parlamentares não têm legitimidade para apresentar acusação por crime de responsabilidade contra o ministro em casos não conexos com atos do Presidente da República.

IMPEACHMENT ARQUIVADO
"No caso de crimes de responsabilidade autônomos contra Ministros do Estado, sobressai indene de dúvida tratar-se, sob a ótica dos atributos processuais para o exercício da jurisdição, de ação penal pública, cuja titularidade é do Ministério Público", apontou Lewandowski.
"Em outras palavras, verifico que não é possível estender aos cidadãos a possibilidade de deflagrar, perante esta Suprema Corte, o processo de impeachment contra Ministros de Estado (por crime autônomo de responsabilidade)", afirma o ministro.
O entendimento do STF sobre impeachment de ministros de Estado é que os mesmos devem ser processados e julgados pela Corte, em casos de crimes comuns e ou de responsabilidade sem conexão com o Presidente, ou pelo Senado Federal, após processo aberto pela Câmara dos Deputados em crimes relacionados a atos do Planalto.

No caso do pedido dos ministros, como são crimes desconexos com a Presidência, caberia à PGR apresentar o pedido de afastamento de Weintraub, e não os parlamentares.
"Os requerentes não detêm legitimidade para deflagar o procedimento de apuração de crime de responsabilidade, no campo jurisdicional, em desfavor do Ministro de Estado da Educação", afirmou o ministro.

A acusação dos deputados e senadores deriva de radiografia realizada no Ministério da Educação por uma comissão da Câmara que indicou paralisia tanto no planejamento quanto na execução de políticas públicas por parte da pasta comandada por Weintraub, principalmente em áreas ligadas à alfabetização.

Os deputados e senadores também apontaram como possível crime de responsabilidade os erros cometidos durante a correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), quando o ministro se propôs a conferir se a prova da filha de um seguidor havia sido afetada pelo erro nas notas, e a ingerência de Weintraub ao lidar com o fundo de R$ 1 bilhão resgatados pela Operação Lava Jato.

O pedido de impeachment foi assinado pelos deputados Alexandre Frota, Aliel Machado, Danilo Cabral, Fabiano Tolentino, Felipe Rigoni, Professor Israel Batista, João Campos, Joênia Wapichana, Marcelo Calero, Maria do Rosário, Margarida Salomão, Perpétua Almeida, Rafael Motta, Raul Henry, Reginaldo Lopes, Rodrigo Agostinho, Tabata Amaral. Entre os senadores estão Alessandro Vieira e Fabiano Contarato. Os perdedores.
Fonte: estadão
Post: G. Gomes
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IBGE diz: PIB do setor agropecuário cresceu 1,3% em 2019.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quinta-feira (5), que o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária cresceu 1,3% em 2019, totalizando R$ 322 bilhões. Em 2018, o crescimento do PIB do setor agropecuário foi de 1,4%.

Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de fevereiro de 2020, as condições climáticas favoráveis associadas a melhorias de preços na época do plantio contribuíram para o crescimento da estimativa anual da produção de algumas lavouras.

Os destaques foram o milho, que teve crescimento de 23,6% e expressivos ganhos de produtividade, e as culturas de algodão (39,8%), laranja (5,6%), e feijão (2,2%), que também registraram estimativas de crescimento anual.

Em contrapartida, importantes culturas tiveram redução de produção na estimativa anual de 2019, como o café (-16,6%), o arroz (-12,6%), a soja (-3,7%) e a cana de açúcar (-1,0%).

Pecuária
De acordo com o levantamento, a pecuária teve seu desempenho influenciado positivamente pelas condições do mercado internacional, que favoreceram os preços e as exportações desse setor. As relações comerciais com a China, devido à forte redução de seu rebanho ocasionado pela peste suína, contribuíram para esse resultado.

PIB do país
O PIB brasileiro, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou 2019 com total de R$ 7,3 trilhões, registrando crescimento de 1,1% frente a 2018.

A Agropecuária cresceu 1,3%, a Indústria cresceu 0,5%, o setor de Serviços, 1,3%. A participação das atividades econômicas no PIB em 2019 foi de 5,2% da Agropecuária, 20,9% da Indústria e de 73,9% do setor de serviços.
Informações: IBGE e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Post: G. Gomes
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