A
partir de hoje dia 02 de Novembro de 2020, um grupo limitado de clientes poderá pagar e
receber recursos pelo Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do
Banco Central (BC). A ferramenta entra em fase restrita de
funcionamento, para ajustes e correções de eventuais problemas, enquanto
o BC faz a migração do serviço do ambiente de testes para o ambiente
real.

O Pix funcionará em horários determinados
para um grupo de 1% a 5% dos clientes de cada instituição financeira
aprovada para operar a ferramenta. Os clientes autorizados a participar
da fase restrita já foram comunicados pela instituição correspondente.
O novo sistema entrará em operação para todos os clientes no próximo dia
16. Na fase restrita, o Pix funcionará das 9h às 22h,
de segunda a quarta-feira. Às quintas, o serviço reabrirá às 9h e só
terminará de funcionar às 22h das sextas-feiras, para permitir o teste
durante a madrugada.
A partir da próxima segunda (9), as instituições financeiras poderão
elevar gradualmente o número de clientes aptos a participar do Pix, até
que o sistema entre plenamente em operação, no próximo dia 16, com a
possibilidade de fazer pagamentos e recebimentos 24 horas por dia por
toda a população.
Registros
Desde 5 de outubro, os clientes podem
registrar as chaves digitais de endereçamento. Segundo o balanço mais
recente do BC, até a última quinta-feira (29) mais de 50 milhões de
chaves tinham sido cadastradas. Como cada pessoa pode ter mais de uma
chave, o número exato de pessoas registradas é desconhecido.
As chaves funcionarão como um código simplificado que associará a conta
bancária ao número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou do Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), e-mail, número do celular ou uma
chave aleatória de 32 dígitos. Em vez de informar o número da agência e
da conta, o cliente apenas informa a chave para fazer a transação.
Uma pessoa física pode criar até cinco chaves por conta corrente. Para empresas, o limite aumenta para 20.
Instantaneidade
Por meio do Pix, o cliente pode pagar e
receber dinheiro em até dez segundos, mesmo entre bancos diferentes.
Diferentemente da Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou do
Documento de Ordem de Crédito (DOC), que têm restrições de horário, o
Pix funciona 24 horas por dia. Por questões de segurança, cada
instituição financeira definirá um valor máximo a ser movimentado, mas o
BC estuda criar modalidades para a venda e compra de imóveis e de
veículos que permitam a movimentação instantânea de grandes quantias.
Para as pessoas físicas e para os
microempreendedores, as transações serão gratuitas, exceto nos casos de
recebimento de dinheiro pela venda de bens e de serviços. As pessoas
jurídicas arcarão com custos. As tarifas dependerão de cada instituição
financeira, mas o BC estima que será R$ 0,01 a cada dez transações.
O Pix servirá não apenas para transferências instantâneas de dinheiro,
como poderá ser usado para o pagamento de boletos, de contas de luz, de
impostos e para compras no comércio. Com a ferramenta, será possível o
cliente sacar dinheiro no comércio, ao transferir o valor desejado para o
Pix de um estabelecimento e retirar as cédulas no caixa.
Ampliação
Na última quinta-feira (29), o BC ampliou as funcionalidades do sistema. Com
o Pix Cobrança, os comerciantes poderão emitir um QR Code (versão
avançada do código de barras fotografada por smartphones) para que o
consumidor faça o pagamento imediato por um produto ou serviço. Além
disso, será permitido fazer cobranças em datas futuras, com atualizações
de juros, multas ou descontos, como ocorre com os boletos.
O BC também obrigou as instituições
financeiras que oferecerem o Pix aos usuários recebedores a usar
interface de programação padronizada pelo órgão. A medida foi tomada
para evitar que um empresário não consiga migrar a conta para outra
instituição por causa dos custos de adaptação a um novo sistema de
programação.
Informações: Banco Central
Via: ebc
Post: G. Gomes
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