É
possível que você já tenha reparado que ano após ano somos cada vez
mais atendidos por gravações ou mensagens automáticas sempre que
utilizamos um
Serviço de Atendimento ao Vonsumidor (SAC). Isso porque a
robotização permite realizar um número de atendimentos muito maior do
que os humanos em um mesmo período de tempo. Mas, apesar de ser bom para
os negócios, o outro lado do balcão não está satisfeito.


Uma pesquisa realizada pelo instituto de
pesquisas online
Qualibest mostrou que os consumidores preferem
conversar com pessoas de verdade na hora de resolver algum problema. Por
mais que os softwares de robôs procurem simular um atendimento tão
humano quanto possível, seja com gravações mais naturais ao telefone ou
frases coloquiais em
chats e aplicativos como
WhatsApp e
Telegram, as pessoas preferem um contato tradicional, com outra pessoa, do outro lado da linha.
De acordo com a pesquisa, 31% dos
entrevistados não gostam de atendimento por telefone com robô e 41% vão
além: afirmaram “odiar” esse tipo de atendimento. A pesquisa mostra
ainda que 51% das pessoas gostam de ser atendidas por uma pessoa em
chat. Já 49% gostam do atendimento humano por
WhatsApp/Telegram e 43% gostam de atendimento humano por telefone.
As pessoas entrevistadas também mostraram
preferência pelo uso do SAC pelos canais digitais, desde que atendidos
por uma pessoa e não por um robô. Dos 64% dos entrevistados que preferem
essa ferramenta de atendimento, 28% preferem W
hatsApp/Telegram, 28% preferem
chat / bate-papo e 8% têm preferência pelas redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter, etc.).
A pesquisa foi encomendada pelo Grupo
Sercom, provedor de serviços e plataformas de atendimento ao cliente.
Apesar de a pesquisa mostrar a antipatia do consumidor com atendimentos
automatizados, essa é uma tendência que não deverá recuar. “
A
robotização é um caminho sem volta. Mas acredito que a mescla de
atendimentos humanos com automatizados nunca vai deixar de existir”,
afirmou Elda Di Donato, diretora de transformação digital da Sercom, aso Portal.
Segundo ela, a tendência é que os
atendimentos simples, como emissão de boleto ou cancelamento de serviço,
por exemplo, sejam feitos por robôs. Os atendentes continuarão
responsáveis por atendimentos mais complexos, que exijam preparação,
conhecimento e treinamento.
Percepções pós-pandemia
A pesquisa foi feita com 1081 brasileiros,
entre 10 e 16 de março, pouco antes da pandemia de covid-19 se espalhar
pelo Brasil. Para verificar se houve alterações na percepção do
consumidor após o início do isolamento social nas cidades, a pesquisa
foi repetida em setembro. A maior parte das opiniões se manteve, com
oscilações mínimas.
A maior diferença de opinião foi referente à crença
do atendimento automatizado na próxima década. Houve um aumento de 9%
entre aqueles que acreditam que falarão apenas com robôs em um prazo de
cinco anos. Passou de 57% para 66%.
“A pandemia ensinou que investir em
tecnologia é necessário. É preciso, cada vez mais, facilitar processos.
Mas apesar do uso intenso dos bots, o humano sempre estará lá
para resolver demandas com nível de dificuldade superior”, acrescentou
Fernando Pompei, diretor comercial do grupo.
Informações: Qualibest
Via: A. Brasil
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com