Após
conciliação na Justiça do Trabalho, a montadora Ford aceitou suspender
as demissões nas fábricas de Taubaté (SP) e Camaçari (BA) durante as
negociações com os trabalhadores. As atividades nas plantas deverão ser
retomadas na próxima segunda-feira dia 22 de Fevereiro.

Foram promovidas audiências de conciliação
nos tribunais regionais do Trabalho da 15ª, de São Paulo, e da 5ª
Região, na Bahia. No acordo firmado com a Justiça do Trabalho na Bahia,
ficou estipulado um prazo de 90 dias para as negociações entre
empregados e a empresa, período em que serão mantidos todos os salários e
benefícios, além da retomada da produção.
A empresa se comprometeu ainda, na audiência
com o TRT-15, a manter diálogo semanal com os sindicatos que
representam os trabalhadores. As negociações devem envolver a direção
mundial da Ford, que tem a capacidade de reverter a decisão do
fechamento das fábricas no Brasil.
Fechamento
No dia 11 de janeiro, a montadora anunciou a decisão de fechar as fábricas no Brasil.
Além dos complexos em Camaçari, na Bahia, e Taubaté, no interior
paulista, até o fim do ano devem ser encerradas as atividades da
Troller, em Horizonte, no Ceará.
A Ford citou os impactos da crise gerada
pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) para justificar a decisão
de fechar suas unidades no país. “A pandemia global da covid-19 ampliou
os desafios do negócio, com persistente capacidade ociosa da indústria e
redução das vendas na América do Sul, especialmente no Brasil”, diz
nota divulgada na ocasião.
A empresa planeja concentrar a produção de
veículos na América do Sul nas fábricas da Argentina e do Uruguai. Serão
mantidos, entretanto, a sede administrativa para a América do Sul em
São Paulo, o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, e o Campo
de Provas, em Tatuí (SP).
Os impactos sociais do encerramento das atividades da montadora são alvo de três inquéritos civis abertos pelo Ministério Público do Trabalho.
Informações: ebc
Post: G. Gomes
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