O ministro da Ciência, Tecnologia e
Inovações, Marcos Pontes, falou hoje dia 05 de Abril de 2021 sobre o desenvolvimento e
prazos da Versamune MCTI - um imunizante contra covid-19 100% nacional
que foi submetido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
para aprovação.

Segundo o ministro, o governo espera que as
fases de testes obrigatórias para o uso amplo da vacina ocorram ainda
este ano. As fases 1 e 2 deverão contar com 360 pacientes cada. Após a
comprovação de eficácia e segurança, a fase 3 - que testa a vacina em um
grupo maior e mais diverso de pacientes - deverá contar com 20 mil
pessoas.
Pontes cogitou a possibilidade da aceleração emergencial da
fase 3 da Versamune MCTI, assim como ocorreu com outras vacinas já em
uso aprovadas pela Anvisa. “Esperamos que os testes aconteçam ainda
neste ano, pelo menos para ter uma abertura em emergência da fase 3.
Havendo eficiência e segurança comprovadas, a vacina será usada aqui no
Brasil”, afirmou Pontes.
Controle sobre mutações
Marcos Pontes ressaltou a importância da
produção de uma vacina 100% nacional, que servirá para atender
rapidamente a população brasileira caso novas mutações ocorram. O
ministro também lembrou da importância da mantenção da soberania e da
independência de fontes externas de vacina.
“Cada vez que temos uma mutação dessas, se
dependermos do exterior completamente para fazer modificações -
principalmente se as mutações forem com características exclusivas do
país, centralizadas aqui - isso fica difícil. Demora muito tempo e
perdemos muita gente. Não queremos isso. Poder controlar rapidamente a
tecnologia e os insumos é essencial”, argumentou o ministro.
As áreas de farmácia, biomedicina, química e
a economia nacional também serão beneficiadas pela produção de um
imunizante nacional. “O desenvolvimento nacional fica mais barato do que
a importação, e ele produz empregos e empresas. Precisamos de todo um
sistema montado para outras vacinas e outras pandemias.”
Outras vacinas em desenvolvimento
Marcos Pontes informou que há outras vacinas
e remédios em desenvolvimento avançado contra a covid-19. Duas outras
vacinas já estão em fase pré-clínica e deverão ter a documentação
apresentada à Anvisa nos próximos meses.
“Nossa estratégia funciona em três eixos.
Neste ano, o eixo é comprar vacinas internacionais e aplicar na
população o mais rápido possível, para cercar o vírus. Na segunda perna,
estão as vacinas nacionais, que podem ajudar este ano, mas que terão
papel fundamental no ano que vem. A terceira parte é a construção de um
centro de vacinas que possa produzir vacinas rapidamente para outras
doenças e outras pandemias. Tudo isso está sendo feito em paralelelo”,
explicou.
Testes antivirais com medicamentos também
estão sendo feitos e financiados pelo governo federal. O ministro
afirmou que há um medicamento em fase adiantada que será apresentado
para os testes pré-clínicos em pouco tempo. “A ideia é que tenhamos uma
cobertura completa para os brasileiros.”
Programa espacial brasileiro
Sobre os recentes lançamentos espaciais
feitos em parceria com outros países, Marcos Pontes afirmou que nutre
com entusiasmo o futuro do programa espacial nacional. “É muito
importante que nós tenhamos esse desenvolvimento feito especialmente nas
universidades. Não só pelo conhecimento em tecnologia nos laboratórios,
mas também pela formação de pessoal para o programa espacial
brasileiro, que está decolando”, declarou.
A Agência Brasil acompanhou o lançamento do nanossatélite NanoSatC-Br2, feito em parceria com a Rússia, e o lançamento do Amazonia 1, feito em parceria com a Índia.
Sobre futuros lançamentos, Pontes afirmou
que o desenvolvimento de satélites com o projeto plataforma multimissão
continuará, e que uma parceria com a Agência Aeroespacial
Norte-Americana (Nasa) colocará um robô explorador brasileiro em solo
lunar em um futuro próximo. Marcos Pontes também adiantou que haverá
novos desenvolvimentos na parceria aeroespacial com Israel.
Infdormações: MCTI
Via: ebc
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com