Estudo divulgado
nesta quarta-feira dia 26 de Maio de 2021 pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(Antaq) mostra que houve crescimento das navegações de interior e de
cabotagem. Em 2019, houve uma elevação de 20,7% do indicador tonelada - quilômetro útil (TKU) para o transporte via navegação interior, na comparação com 2018. Na cabotagem, o crescimento foi de 6%. O indicador TKU é um dos principais parâmetros da operação dos modos de transporte.
A navegação de interior é aquela feita em hidrovias
interiores, em percurso nacional ou internacional. Já a cabotagem é a
navegação entre os portos ou pontos do território brasileiro.
“Do ponto de vista da navegação de interior, ressaltamos o
crescimento da movimentação e utilização do modal aquaviário no chamado
Arco Norte. Um crescimento pujante que vem sendo constante ao longo dos
últimos anos e que mudou essa logística de transporte brasileiro”,
explicou o gerente de Desenvolvimento e Estudos, da Antaq, José Neto,
durante a apresentação do Raio-X do Transporte de Cargas na Cabotagem e
Navegação Interior no Brasil por meio de Estudos Simplificados.
“No caso da cabotagem, temos a questão muito importante da segurança
energética. O modal aquaviário, no que tange à cabotagem, ele é
estratégico para o país, porque é onde são transportados os petróleos e
combustíveis. Vemos também o transporte constante de carga
conteinerizada na cabotagem”, acrescentou José Neto.
O estudo mostra que, apesar dos números positivos e constantes
crescimentos, a matriz de transportes brasileira ainda apresenta uma
baixa utilização do modal aquaviário. “Somando a cabotagem e
hidroviário, temos cerca 11% da matriz de transportes brasileira que
utiliza o modal aquaviário”, ressaltou o gerente José Neto, explicando
que os dados são de 2018.
Entre as vantagens da utilização do modal aquaviário em longas distâncias está o menor custo e o fato de ser menos poluente.
Medidas de incentivo
De acordo com a Antaq, o Governo Federal vem trabalhando na elaboração de políticas para ampliar o uso do modal aquaviário. Uma
dessas iniciativas é o Projeto de Lei da BR do Mar, enviado ao
Congresso Nacional, para incentivar o uso da cabotagem, aumentar a frota
nacional e equilibrar a matriz de transportes brasileira.
O gerente de Desenvolvimento e Estudos citou ainda a ideia de iniciar
estudos de viabilidade para a concessão de hidrovias de modo a atrair
investimento privado para melhorar a infraestrutura.
O estudo
O Raio-X apresenta a atualização da estimativa da demanda de
transporte aquaviário de cargas, feita durante o ano de 2019 nos
corredores hidroviários brasileiros dos rios Solimões-Amazonas, Madeira,
Tocantins-Araguaia, Paraguai, Paraná-Tietê e Hidrovia do Sul, e nas
principais rotas ao longo da costa, individualizada pelos principais
pares origem e destino da navegação interior de percurso longitudinal e
de cabotagem.
Informações: Antaq
Via: ebc
Post: G. Gomes
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