Os
Correios registraram lucro de R$ 3,7 bilhões em 2021, valor que
representa o dobro do registrado em 2020 e representa o melhor resultado
nos últimos 22 anos. Esse foi o terceiro ano seguido de ganhos na
estatal, que aumentou o volume de operações e receitas durante a
pandemia de covid-19.
Os números foram apresentados hoje dia 17 de Março de 2022 pela estatal. Segundo o
presidente dos Correios, Floriano Peixoto, a melhoria nos resultados
decorreu do saneamento financeiro e das medidas de sustentabilidade
econômica executadas nos últimos anos.

“As medidas adotadas ao longo dos dois
últimos anos e meio, mesmo sendo consideradas austeras, além de
necessárias, se comprovaram eficazes. Elas possibilitaram priorizar
objetivos, reformular serviços, reduzir despesas e aumentar receitas”,
disse Peixoto, em cerimônia de apresentação do balanço da estatal no ano
passado.
O presidente dos Correios ressaltou que a
empresa conseguiu crescer, apesar dos obstáculos impostos pela pandemia.
“Consideremos que, em 2021, ocorreu a maior Black Friday dos últimos
anos no que se refere ao volume de encomendas. Mesmo com as dificuldades
inerentes à pandemia, toda a demanda decorrente do aumento de
transações no período foi absorvida pelos Correios”, destacou.
Peixoto comparou a evolução da empresa desde
o início da gestão, em junho de 2019. Na época, disse ele, a empresa
corria o risco de tornar-se dependente do Tesouro Nacional. Como medidas
para recuperar as finanças da companhia, ele citou ajustes na direção
da administração central e das superintendências estaduais, planejamento
econômico para sanear a empresa em seis meses, suspensão de contratos
de consultoria e revisão dos maiores contratos.
Ele também mencionou a reavaliação das
condições das diretorias e o estreitamento do contato com órgãos
federais, como Tribunal de Contas da União, Controladoria-Geral da
União, Procuradoria-Geral da República, Polícia Federal, entre outros.
Saúde financeira
O presidente da estatal evitou comentar o
processo de privatização dos Correios. Apenas disse que a
empresa hoje tem condições de competir no mercado. “Embora a saúde
financeira da estatal hoje esteja em melhor situação que a verificada há
três anos e ainda não tenha atingido o patamar necessário para garantir
a perenidade dos negócios, é possível afirmar que o alcance de taxas de
crescimento equivalentes ou superiores às do mercado se dará com mais
rapidez”, declarou.
Em relação aos gastos com pessoal, a empresa
ressaltou que as mudanças no acordo coletivo de trabalho dos empregados
proporcionaram economia de cerca de R$ 1,3 bilhão ao ano. Além disso,
os dois planos de demissão incentivada efetuados durante a gestão atual
resultaram em economia de R$ 2,1 bilhões na folha de pagamento.
A empresa apresentou metas de médio e longo
prazo, apesar do programa de privatização em curso. Nos próximos cinco
anos, a estatal quer dobrar o volume de encomendas, o resultado da
receita, triplicar o patrimônio líquido; manter em dois dígitos a margem
Ebtida (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização). No
ano passado, os Correios registraram Ebtida de R$ 3,1 bilhões,
crescimento de 113% em relação a 2020.Informações: Correios do Brasil
Post: G. Gomes
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