O
Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 0,8 ponto em agosto para
100,3 pontos.
Em médias móveis trimestrais, a elevação foi de 0,2 ponto.
Os dados foram divulgados hoje dia 29 de Agosto de 2022 pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

De acordo com o economista Stéfano Pacini,
do instituto, a alta indica o bom nível de atividade mantido pelo setor
no terceiro trimestre, com a melhora do ambiente de negócios
influenciada pela descompressão de custos com a queda de preços de
combustíveis e energia.
"Os níveis de demanda ainda estão positivos e
os estoques se mantêm equilibrados, apesar do cenário ainda
problemático quanto ao suprimento de alguns tipos de insumos. Esse
quadro favorável se reflete nas previsões ainda favoráveis para a
evolução do emprego no setor nos três meses. Nos demais quesitos que
medem expectativas em relação ao futuro próximo, nota-se alguma cautela
dos empresários frente a um segundo semestre de eleições e manutenção de
juros mais elevados".
Componentes
Os dados mostram que houve alta da confiança
em nove dos 19 segmentos industriais monitorados pela sondagem em
agosto. O Índice Situação Atual (ISA) avançou 1,4 ponto e chegou a 102,8
pontos. O Índice de Expectativas (IE) subiu 0,3 pontos e atingiu 97,9
pontos.
Segundo o FGV Ibre, o melhor desempenho no
ISA foi verificado no indicador que mede o nível dos estoques, com o
recuo de 2,9 pontos, para 96,7 pontos. Isso coloca o indicador na região
neutra, apontando que os estoques estariam equilibrados.
O indicador que mede a percepção dos
empresários em relação à situação atual dos negócios subiu 0,6 ponto,
para 101,7 pontos. E o grau de satisfação das empresas com o nível de
demanda avançou 0,4 ponto, para e 103,2 pontos.
Nos indicadores de expectativa, a principal
influência veio da tendência dos negócios para os próximos seis meses,
com alta de 3 pontos em agosto, para 96,9 pontos. Apesar disso, o FGV
Ibre aponta que o indicador continua em patamar baixo em níveis
históricos.
Já o indicador que mede o otimismo com a
evolução da produção física nos três meses seguintes caiu 3 pontos, para
92,1 pontos. O resultado é o mais baixo desde março deste ano, quando o
indicador chegou a 90,3 pontos.
Por outro lado, a expectativa de emprego nos
três meses seguintes teve alta pelo quinto mês consecutivo, de 0,7
ponto, para 104,6 pontos, alcançando o melhor resultado desde outubro de
2021, quando o indicador ficou em 108,1 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade
Instalada da Indústria se manteve estável em agosto, com variação de
-0,1 ponto percentual, para 82,2%.Post: G. Gomes
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Informações: Fundação Getúlio Vargas