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20 setembro, 2022

Boletim Diário Nº 891 sobre Covid-19 em Rondônia de 20 de Setembro de 2022.


O Estado de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde – Agevisa, Superintendência Estadual de Tecnologia da Informação e Comunicação – Setic e Secretaria de Estado da Saúde – Sesau, divulga balanço de dados referentes aos casos de covid no Estado.
Publicação autorizada de acordo com o Processo n° 0600299-38.2022.6.22.0000 do Tribunal Regional Eleitoral – TRE/RO.
Neste Terça-Feira  dia 20 de Setembro de 2022, foram consolidados os seguintes dados para covid-19:
  • Casos confirmados – 456.035
  • Curados – 436.582 (95,73%)
  • Ativos – 12.097 (2,65%)
  • Óbitos – 7.356 (1,61%)
  • Pacientes internados na Rede Estadual de Saúde – 08
  • Pacientes internados na Rede Privada – 00
  • Pacientes internados na Rede Municipal de Saúde – 00
  • Pacientes internados na Rede Filantrópica – 00
  • Total de pacientes internados – 08
  • Pacientes em processo de regulação para leitos – 03
  • Testes Realizados1.326.615 (dados do dia 20/9)
  • Aguardando resultados do Lacen – 12
População vacinada (dados de 20/9/2022)
População geral (Adulto e Infantil)
1ª dose – 1.313.608 (78,15%)
2ª dose + DU – 1.148.016 (68,30%)
3ª dose (reforço) – 475.963 (28,32%)
4ª dose (2ª dose reforço) – 123.432 (7,34%)
Dose adicional – 43.849 (2,61%)
População Infantil
1ª dose – 67.899 (35,67%)
2ª dose + DU – 33.005 (17,34%)
Dose de reforço – 128 (0,07%)
2ª dose de reforço – 39 (0,02%)
Dose adicional – 20 (0,01%)
Total de doses aplicadas: 101.091 (este total já está incluso no total geral)
Total geral de doses aplicadas: 3.104.868
– População adulta vacinável: 1.680.947
– População infantil vacinável: 190.328
Fonte: PNAD/IBGE.
*CoronaVac – 721.448
* AstraZeneca – 967.150
* Pfizer adulto – 1.808.820
* Pfizer pediátrica – 236.900
* Janssen – 74.500
Fonte: Painel de Vacinas
No Estado, os números de casos confirmados, recuperados e de óbitos, desde o primeiro registro em 20 de março de 2020 até hoje (20 de Setembro de 2022), por covid-19 são:
TOTAL DE CASOS EM RONDÔNIA – 20/09/2022
Município Casos Totais Óbitos Totais
Porto Velho 121.114 2.716
Ji-Paraná 35.350 663
Ariquemes 34.664 564
Cacoal 30.028 357
Vilhena 24.301 328
Rolim de Moura 13.551 208
Jaru 13.320 208
Buritis 13.146 105
Pimenta Bueno 12.666 130
Machadinho D’Oeste 11.607 135
Alta Floresta D’Oeste 8.996 81
Ouro Preto do Oeste 8.690 171
Espigão D’Oeste 7.396 90
Nova Mamoré 7.186 97
Presidente Médici 6.716 100
Guajará-Mirim 6.630 244
Cerejeiras 5.997 73
Candeias do Jamari 5.958 85
São Francisco do Guaporé 5.726 58
Nova Brasilândia D’Oeste 4.872 39
Cujubim 4.863 45
Colorado do Oeste 4.582 53
Monte Negro 4.412 39
São Miguel do Guaporé 4.403 64
Costa Marques 4.397 45
Alto Paraíso 4.336 65
Alvorada D’Oeste 3.700 44
Seringueiras 3.541 25
Campo Novo de Rondônia 3.461 29
Chupinguaia 3.014 28
Urupá 2.971 39
Vale do Anari 2.725 26
Itapuã do Oeste 2.478 20
Santa Luzia D’Oeste 2.440 28
Alto Alegre dos Parecis 2.380 51
Cacaulândia 2.215 17
Mirante da Serra 2.185 18
Corumbiara 2.172 25
Vale do Paraíso 1.920 29
Cabixi 1.834 23
Rio Crespo 1.722 13
São Felipe D’Oeste 1.652 18
Theobroma 1.554 28
Nova União 1.512 17
Governador Jorge Teixeira 1.322 22
Novo Horizonte do Oeste 1.298 24
Ministro Andreazza 1.288 16
Teixeirópolis 1.076 9
Parecis 857 10
Pimenteiras do Oeste 775 17
Primavera de Rondônia 570 7
Castanheiras 466 10
Total geral 456.035 7.356

Fonte: Vigilâncias Epidemiológicas dos municípios de Rondônia.

Em Rondônia, nas últimas 24 horas foram registrados os seguintes resultados para covid-19:

DADOS DAS ÚLTIMAS 24 HORAS
MUNICÍPIOS CASOS CONFIRMADOS ÓBITOS
Porto Velho 55 0
Ji-Paraná 0 0
Ariquemes 2 0
Cacoal 1 0
Vilhena 3 0
Rolim de Moura 1 0
Jaru -5 0
Buritis 0 0
Pimenta Bueno 1 0
Machadinho D’Oeste 21 0
Alta Floresta D’Oeste 0 0
Ouro Preto do Oeste 0 0
Espigão D’Oeste 0 0
Nova Mamoré 0 0
Presidente Médici 3 0
Guajará-Mirim 1 0
Cerejeiras 1 0
Candeias do Jamari 1 0
São Francisco do Guaporé 5 0
Nova Brasilândia D’Oeste 0 0
Cujubim 0 0
Colorado do Oeste 0 0
Monte Negro 0 0
São Miguel do Guaporé 1 0
Costa Marques 0 0
Alto Paraíso 0 0
Alvorada D’Oeste 2 0
Seringueiras 0 0
Campo Novo de Rondônia 0 0
Chupinguaia 0 0
Urupá 0 0
Vale do Anari 0 0
Itapuã do Oeste 0 0
Santa Luzia D’Oeste 0 0
Alto Alegre dos Parecis 0 0
Caculândia 0 0
Mirante da Serra 0 0
Corumbiara 0 0
Vale do Paraíso 0 0
Cabixi 0 0
Rio Crespo 0 0
São Felipe D’Oeste 0 0
Theobroma 0 0
Nova União 0 0
Governador Jorge Teixeira 0 0
Novo Horizonte do Oeste 0 0
Ministro Andreazza 0 0
Teixeirópolis 0 0
Parecis 0 0
Pimenteiras do Oeste 0 0
Primavera de Rondônia 0 0
Castanheiras 0 0
Total geral 93 0

 ÚLTIMAS ATUALIZAÇÕES:

  • Nas últimas 24 horas não foram registrados óbitos em Rondônia por covid-19.
  • Com a diminuição do número de casos de covid-19 em todos os municípios do Estado de Rondônia, as equipes das vigilâncias epidemiológicas municipais estão sendo desmobilizadas gradativamente nos finais de semana, acarretando a diminuição do número de casos lançados ou mesmo a falta de lançamento de dados, em feriados e finais de semana, no sistema e-SUS VE, que é o sistema oficial do Ministério da Saúde utilizado pelo CIEVS/RO, para divulgação dos dados diários.

Segundo a Agevisa, os dados são analisados diariamente pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde – Cievs/Agevisa, que acompanha também a investigação epidemiológica feita pelas equipes de Saúde nos municípios para checagem de dados.

Para informações detalhadas e relatórios na íntegra, acesse o Portal Coronavírus em Rondônia, por meio do endereço: coronavirus.ro.gov.br

Os dados de vacinação são adicionados ao sistema diretamente pelos municípios e são dinâmicos.

Para mais informações acerca da vacinação por grupos acesse:

https://infoms.saude.gov.br/extensions/DEMAS_C19_Vacina_v2/DEMAS_C19_Vacina_v2.html

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Informações:  Agevisa  
Post: G. Gomes

Estudo do Ipea aponta melhora significativa na taxa de ocupação.

 
O Brasil registrou um aumento de 7,5% no contingente de pessoas ocupadas no mês de julho deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021. São cerca de 100,2 milhões de trabalhadores exercendo alguma atividade profissional, com ou sem registro em carteira. A constatação está em uma nota elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir da série trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A nota aponta uma melhora generalizada na ocupação, abrangendo todas as regiões, todos os segmentos etários e educacionais e quase todos os setores da economia. A taxa de desocupação recuou pelo décimo quarto mês consecutivo, chegando a 8,9% em julho. No período de 12 meses (entre julho de 2021 e julho de 2022), a população sem nenhum tipo de trabalho recuou 28,7%, passando de 13,6 milhões para 9,7 milhões.

O estudo mostra, ainda, que, no segundo trimestre de 2022, o aumento da ocupação ocorreu de forma mais intensa entre os trabalhadores mais jovens (15,1%) e os mais idosos (18,0%).

Segundo o Ipea, os indicadores de subocupação e desalento confirmam o cenário de recuperação do mercado de trabalho. No mês de julho, os trabalhadores que se declararam subocupados, que estão fazendo um trabalho alternativo até encontrar um definitivo, correspondiam a 6,1% do total da ocupação, resultado 2,2 pontos percentuais inferior ao registrado em julho de 2021. Já a proporção de desalentados, que são pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuram emprego por achar que não encontrariam, recuou de 4,4% para 3,6% no período de um ano.

A melhora do mercado de trabalho ocorre também de forma qualitativa, tendo em vista que, embora a maior parte das novas vagas ainda esteja sendo gerada nos segmentos informais da economia, é clara a trajetória de forte crescimento do emprego formal.

No trimestre encerrado em julho, de acordo com a PNAD Contínua, o contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado cresceu 19,8%, enquanto o de ocupados com carteira no mesmo setor avançou 10%.

Acesse a Carta de Conjuntura do Ipea completa AQUI.

Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: IPEA

ANS determina que Planos de Saúde cubram teste para varíola dos macacos.

 
O teste para diagnóstico da varíola dos macacos foi incluído pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) no rol de procedimentos que devem ter cobertura garantida por planos de saúde privados. A medida consta em uma nova resolução normativa aprovada ontem dia 19 de Setembro de 2022.

Conhecida internacionalmente como monkeypox, a varíola dos macacos é endêmica em regiões da África e se tornou uma preocupação sanitária devido a sua disseminação por diversos países desde maio. No Brasil, já são 7.019 casos e duas mortes, segundo dados divulgados na manhã de hoje (20/09/2022) pelo Ministério da Saúde.

Conforme a resolução normativa, os planos deverão cobrir os testes dos beneficiários que apresentarem indicação médica. O exame é realizado a partir de amostras de fluidos coletados diretamente de lesões que se manifestam na pele, usando um swab [cotonete estéril] seco. As análises permitem detectar a presença do vírus que causa a doença.

Segundo nota divulgada pela ANS, a incorporação do teste faz parte do processo dinâmico de revisão do rol, que já foi modificado 12 vezes em 2022, garantindo a cobertura obrigatória de 11 procedimentos e 20 medicamentos. No ano passado, foram aprovadas alterações no processo de atualização. Até então, a lista era renovada a cada 2 anos. Com a mudança, as propostas passaram a ser analisadas de forma contínua pela área técnica da ANS, que avalia critérios variados como os benefícios clínicos comprovados, o alinhamento às políticas nacionais de saúde e a relação entre custo e efetividade.

"A inclusão do exame complementar na lista de coberturas obrigatórias foi feita de forma extraordinária, diante do cenário da doença que, atualmente, põe o Brasil entre os seis países com o maior número de casos confirmados em todo o mundo", registra a nota divulgada pela ANS.

Transmissão
Há duas cepas conhecidas da varíola dos macacos. Uma delas, considerada mais perigosa por ter uma taxa de letalidade de até 10%, é endêmica na região da Bacia do Congo. A outra, que tem uma taxa de letalidade de 1% a 3%, é endêmica na África 
 
Ocidental e é a que tem sido detectada em outros países nesse surto atual. Ela produz geralmente quadros clínicos leves e é causada por um poxvírus do subgrupo orthopoxvírus, assim como ocorre por outras doenças como a cowpox e a varíola humana, erradicada no Brasil em 1980 após campanhas massivas de vacinação.

A varíola dos macacos foi descrita pela primeira vez em humanos em 1958. Na época, também se observava o acometimento de macacos, que morriam. Vem daí o nome da doença. No entanto, no ciclo de transmissão, eles são vítimas como os humanos. Na natureza, roedores silvestres provavelmente representam o reservatório animal do vírus.

Entre pessoas, a transmissão ocorre por contato direto, como beijo ou abraço, ou por feridas infecciosas, crostas ou fluidos corporais, além de secreções respiratórias. O tempo de incubação do vírus varia de 5 a 21 dias. O sintoma mais característico é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele. Também podem ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.

Sintomas
Após a contaminação, os primeiros sintomas aparecem entre 6 e 16 dias. As lesões progridem para o estágio de crosta, secando e caindo após um período que varia entre 2 e 4 semanas. O maior risco de agravamento envolve pessoas imunossuprimidas com HIV/Aids, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes, crianças com menos de 8 anos de idade e pacientes com leucemia, linfoma ou metástase.

As primeiras ocorrências desse surto internacional teve início em maio na Europa e nos Estados Unidos. Segundo o último boletim da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em 7 de setembro, já foram notificados 52.996 em 102 países. Foram relatadas 18 mortes. Em julho, a OMS declarou a varíola dos macacos como emergência de saúde pública de interesse internacional.

Não existe um tratamento específico para a doença. Como prevenção, a pessoa acometida deve ficar isolada até que todas as feridas tenham cicatrizado. Também é recomendado evitar contato com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Outra medida indicada pelas autoridades sanitárias é a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.

Embora as vacinas para a varíola humana sejam eficazes para combater o surto da varíola dos macacos, não há, por enquanto, previsão quanto a uma campanha para imunização em massa, tendo em vista a necessidade de produção de doses em escala mundial. Conforme recomenda a OMS, devem ter prioridade profissionais de saúde e pesquisadores laboratoriais. Em agosto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu aval para que o Brasil importe o imunizante.

Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: ANS

Brasil tem o terceiro maior registro de doadores de medula óssea do mundo

 

O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea é celebrado no terceiro sábado do mês de setembro. O transplante pode beneficiar pessoas com cerca de 80 doenças diferentes, como leucemias, linfomas, mieloma múltiplo, aplasia de medula e imunodeficiências. O procedimento consiste na substituição de uma medula óssea doente por células normais de medula óssea (células-tronco), com o objetivo de reconstituir uma medula saudável.

O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea no Brasil - REDOME, vinculado ao Ministério da Saúde, é o terceiro maior registro do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. São mais de 5,5 milhões de brasileiros cadastrados.

Encontrada no interior dos ossos, a medula óssea contém as células-tronco hematopoéticas, que produzem os componentes do sangue, incluindo as hemácias ou glóbulos vermelhos, os leucócitos ou glóbulos brancos, que são parte do sistema de defesa do nosso organismo, e as plaquetas, responsáveis pela coagulação. O transplante de medula óssea pode ser autólogo (autogênio), ou seja, quando a medula vem da própria pessoa, ou alogênico, quando vem de um doador. O médico responsável determina qual o tipo de transplante será realizado de acordo com a doença. Quando o tratamento escolhido é o transplante alogênico, inicia-se a busca de doadores entre os familiares. Normalmente, irmãos ou pais têm maiores chances de composição genética semelhante.

Quando o doador familiar não é encontrado, a busca se faz por um doador compatível entre indivíduos não familiares, na população regional ou mundial. O REDOME reúne todos os dados dos voluntários, como nome, endereço, resultados de exames e características genéticas. Para saber se o doador é compatível, são realizados testes no sangue, chamados de exames de histocompatibilidade (HLA). 

Quem pode doar medula óssea?
Para se tornar um doador de medula óssea é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa no sangue ou incapacitante, não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica ou do sistema imunológico.

É necessário realizar o cadastro no hemocentro mais próximo, onde será feita a coleta de amostra de sangue (5ml) para o exame de compatibilidade. Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME e quando houver um paciente com possível compatibilidade, o voluntário é contatado. O material pode ser enviado para o paciente da mesma cidade, país ou até fora do Brasil.

O transplante pode beneficiar pessoas com cerca de 80 doenças diferentes, como leucemias, linfomas, mieloma múltiplo, aplasia de medula e imunodeficiências. - Foto: Ministério da Saúde
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogpot.com
Informações: Ministério da Saúde.

Exame toxicológico constata uso de drogas entre motoristas de ônibus.

 
Entre os exames toxicológicos de larga janela de detecção que deram positivo para o uso regular de substâncias psicoativas, 57,68% foram testes feitos por motoristas com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) da categoria D, necessária para dirigir ônibus e vans. Os dados são da pesquisa As Drogas e os Motoristas Profissionais, divulgada pela Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox) para marcar a Semana Nacional de Trânsito 2022, que começou no domingo (18/09/2022) e vai até o dia 25 de setembro.

O levantamento se baseia no Painel Toxicológico do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e traz informações referentes ao período entre março de 2016, quando o exame passou a ser obrigatório para a obtenção e renovação da CNH nas categorias C (carreta), D (van e ônibus) e E (caminhão), e agosto de 2022.

No período analisado, foram identificados 111.475 exames positivos de motoristas habilitados na categoria D; 18.314 da categoria C e 63.475 positivos com CNH E. De acordo com o Registro Nacional de Condutores Habilitados, do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), em julho de 2022 o país tinha 1,5 milhão de motoristas de carreta, 7 milhões de motoristas de ônibus e van e 12,2milhões de habilitações para caminhão.

O coordenador do programa SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, responsável pelo estudo, disse que a taxa de positividade nos exames toxicológicos é de 2%, a mesma taxa encontrada nos exames de alcoolemia das blitz da Lei Seca, feitas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“A situação é muito mais grave do que os positivos revelam, porque o positivo é alguém que perdeu completamente a noção do volume de drogas que tem no seu organismo e vai pagar para fazer o exame que detecta o uso regular de drogas nos últimos 90 dias. Ou seja, vai pagar para dar positivo. É como um bêbado procurar a Operação Lei Seca e pedir para pagar o teste do etilômetro e vai dar positivo, está alcoolizado”, explica Rizzotto.

De acordo com ele, a cocaína aparece em primeiro lugar entre as substâncias psicoativas consumidas pelos motoristas, em segundo vem os opioide, em terceiro a maconha e a quarta são as anfetaminas, o chamado rebite. Rizzoto destaca também que um grupo três vezes maior do que os testes positivos aparece com detecção dessas substâncias, porém em níveis abaixo do corte que indica o uso regular.

O terceiro Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira, lançado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 2019, indica que, em algum momento da vida, 7,7% dos brasileiros consumiram maconha e seus derivados, 3,1% fizeram uso de cocaína, 0,9% usaram crack e 2,8% inalaram solventes.

Quanto ao consumo de medicamentos sem prescrição médica, a Fiocruz estima que o uso de benzodiazepínicos (psicotrópico hipnótico ansiolítico) foi feito sem prescrição em algum momento na vida por 3,9% dos brasileiros, a de opiáceos (como codeína e morfina) por 2,9% e a classe dos anfetamínicos (drogas sintéticas estimulantes) foi de 1,4%.

Habilitação
De acordo com Rizzoto, o levantamento também detectou uma queda de 30% na procura por habilitações C, D e E desde que o exame toxicológico passou a ser exigido.
“O exame entra em vigor em março de 2016. Você tem uma queda na renovação das habilitações das categorias C, D e E, imediatamente, de 30%. Ou seja, sempre cresceu e, de repente, você tem uma nova obrigação, que é o exame toxicológico de larga janela, e a queda é de 30%. Pelo crescimento normal esperado, a projeção é que 4 milhões de pessoas deixaram de tirar a habilitação nessas categorias. É assustador, é o que chamamos de positividade escondida”,disse.

O presidente da ABTox, Renato Borges Dias, destaca que mais de 40 mil motoristas que dirigem moto e carro foram barrados pelo exame toxicológico para obter CNH para carreta, ônibus e caminhão.

“Nossos dados mostram que 42.622 de motoristas das categorias A (motocicleta), AB e B (automóvel) não conseguiram a habilitação para dirigir caminhão ou ônibus por causa do exame toxicológico. Se não fossem flagrados, estariam habilitados e colocando vidas em risco. Estamos falando de um trabalho de prevenção que nem a Operação Lei Seca tem condições de fazer”, disse Renato Borges.

Exame toxicológico
O exame toxicológico de larga janela de detecção passou a ser obrigatório para condutores das categorias C, D e E em março de 2016. Desde novembro de 2021, a falta desse exame gera multa gravíssima, de R$ 1.467,35, e a suspensão do direito de dirigir por 90 dias. O teste precisa ser feito na obtenção e renovação da carteira, além de periódico a cada 30 meses.

O teste é feito por laboratório autorizado pelo Denatran, com a análise da queratina, encontrada nos cabelos, pelos ou unhas, e identifica o uso regular de substâncias psicoativas nos últimos 90 dias. Os laudos são considerados positivos quando indicam valores acima de uma tolerância determinada. Os níveis de corte podem ser consultados no anexo I da resolução nº 923 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de 28 de março de 2022.

São detectados no exame toxicológico de larga janela as anfetaminas, canabinoides (maconha), opiáceos, cocaína e o mazindol, uma medicação utilizada para a perda de peso.

O coordenador do programa SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto destaca que o teste é uma medida de proteção de toda a sociedade, mas que o uso de drogas é um pedido de socorro dos motoristas diante das jornadas exaustivas de trabalho.

“É importante a gente entender que não são playboys usando droga por lazer, eles usam droga para suportar a jornada, para suportar o estresse no trabalho. Então, é um grito de socorro. Mas nós estamos dentro dos ônibus, então é melhor a gente pensar num socorro rápido. Nós estamos falando dezenas de milhões de pessoas conduzidas diariamente por usuários de drogas”,disse.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
nformações:  ABTox

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