
O
superávit da balança comercial brasileira atingiu US$ 3,59 bilhões
neste mês, até a quarta semana, em alta de 6,9% na comparação com
setembro de 2021, pela média diária. A corrente de comércio aumentou
25,5%, alcançando US$ 42,40 bilhões, refletindo a soma das exportações,
que cresceram 23,8% e chegaram a US$ 22,99 bilhões, e das importações,
que aumentaram 27,5% e totalizaram US$ 19,41 bilhões. Os dados foram
divulgados, nesta segunda-feira (26/09), pela Secretaria de Comércio
Exterior (Secex) do Ministério da Economia.
No acumulado de 2022, até a
quarta semana de setembro, o superávit chegou a US$ 47,46 bilhões,
diminuindo 14,1% pela média diária, em relação ao período de janeiro a
setembro de 2021. A corrente de comércio subiu 23,8%, atingindo US$
448,31 bilhões. Nesse período, as exportações cresceram 18,8% e somaram
US$ 247,88 bilhões, enquanto as importações cresceram 30,6% e
totalizaram US$ 200,42 bilhões.
Contando apenas as
movimentações da quarta semana do mês, houve superávit de US$ 113
milhões e corrente de comércio de US$ 12,285 bilhões, resultado de
exportações no valor de US$ 6,199 bilhões e importações de US$ 6,086
bilhões.
Veja os principais resultados da balança comercial
Exportações mensais
Até a quarta semana de setembro, a Secex
registrou crescimento de 48,9% nas exportações da Agropecuária, que
somaram US$ 4,50 bilhões. O resultado foi impulsionado principalmente
pelo aumento dos embarques de milho não moído, exceto milho doce
(+254,9%), café não torrado (+43,9%) e soja (+11,7%).
Nas vendas da Indústria
Extrativa, o crescimento foi de 3,7%, chegando a US$ 5,57 bilhões. Os
principais destaques foram os crescimentos das saídas de outros minerais
em bruto (+54%), outros minérios e concentrados dos metais de base
(+257,2%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus
(+69,2%).
Já na Indústria de
Transformação, as exportações aumentaram 26,7%, alcançando US$ 12,73
bilhões. Açúcares e melaços (+44,9%), farelos de soja e outros alimentos
para animais – excluídos cereais não moídos –, farinhas de carnes e
outros animais (+81,7%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais
betuminosos, exceto óleos brutos (+65,8%) foram os produtos com destaque
no aumento das vendas.
Importações mensais
Na ponta das importações, em setembro, houve
crescimento de 5,3% nas compras da Agropecuária, que chegaram a US$
363,35 milhões até a quarta semana. Os principais aumentos foram dos
desembarques de trigo e centeio, não moídos (+17,2%), cevada, não moída
(+5.650,2%) e frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas
(+30,8%).
A Indústria Extrativa também
importou mais (+11,9%), chegando a US$ 1,11 bilhão. As principais altas
foram registados nas compras de pedra, areia e cascalho (+107,6%),
outros minerais em bruto (+6,7%) e óleos brutos de petróleo ou de
minerais betuminosos, crus (+151%).
Já no lado da Indústria de
Transformação, as importações já subiram 29,7% no mês, chegando a US$
17,78 bilhões até a quarta semana. Os aumentos mais significativos foram
das entradas de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais
betuminosos, exceto óleos brutos (+172,3%), compostos
organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus
sais, e sulfonamidas (+68,8%) e inseticidas, rodenticidas, fungicidas,
herbicidas, reguladores de crescimento para plantas, desinfetantes e
semelhantes (+88,6%).