O dia seguinte à realização do primeiro turno foi marcado pela euforia
no mercado financeiro. O dólar caiu mais de 4% e teve a maior queda
diária desde 2018. A bolsa de valores subiu 5,5% e registrou o maior
ganho diário desde 2020.
O dólar comercial encerrou a segunda-feira dia 3 de Setembro de 2022 vendido a R$ 5,174, com
queda de R$ 0,221 (-4,09%). A cotação, que tinha encerrado a última
sexta-feira (30/09/2022) próxima de R$ 5,40, abriu em R$ 5,28 e caiu ainda mais
durante o pregão. Na mínima do dia, por volta das 13h45, chegou a R$
5,15.
Esta foi a maior queda diária da moeda norte-americana desde 8 de junho
de 2018. Na ocasião, o dólar caiu 5,6% após o Banco Central (BC)
intervir no câmbio no rescaldo da greve dos caminhoneiros. Em 2022, a
divisa acumula queda de 7,21%.
No mercado de ações, o dia foi dominado por fortes ganhos. O índice
Ibovespa, da B3, fechou aos 116.134 pontos, com alta de 5,54%. Foi a
maior alta para um dia desde 6 de abril de 2020, quando o mercado
financeiro atravessava fortes momentos de volatilidade no início da
pandemia de covid-19.
As ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa, tiveram forte alta.
Os papéis ordinários (com voto em assembleia de acionistas) subiu 8,86%.
As ações preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos)
valorizaram-se 7,99%.
Dois fatores contribuíram para os ganhos no mercado financeiro. O
primeiro foi a repercussão do resultado da votação de ontem, que
confirmou o segundo turno entre os candidatos à Presidência da República
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O segundo foi a
recuperação do mercado internacional.
Após sucessivos dias de queda, as bolsas norte-americanas fecharam com
ganhos expressivos. O índice Dow Jones, das empresas industriais,
avançou 2,66%. O S&P 500, das maiores empresas, valorizou-se 2,59%. O
Nasdaq, das empresas de tecnologia, subiu 2,27%. A atividade industrial
nos Estados Unidos teve, em setembro, o menor crescimento em dois anos e
meio, o que reduz as pressões para que o Federal Reserve (Fed, Banco
Central norte-americano) eleve os juros além do previsto, favorecendo o
mercado de ações.
Post: G. Gomes
Informações: Banco central