
O
Ministério da Saúde lançou, na quinta-feira (1°/12/2022), a campanha
nacional para reforçar e conscientizar sobre a prevenção do HIV/Aids -
principalmente entre os jovens de 15 a 24 anos, população mais afetada,
segundo o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids 2022. O lançamento ocorre
no Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Com o tema "Quanto mais
combinado, melhor!", a campanha de 2022 tem o objetivo de conscientizar e
informar sobre as formas de se proteger e prevenir a infecção. A
estimativa de 2021 do Ministério da Saúde mostra que 960 mil pessoas
estão vivendo com HIV no Brasil. No mesmo ano, foram detectados 40,8 mil
casos de HIV e 35,2 mil casos de Aids. Cerca de 727 mil estão em
tratamento.
O novo boletim, também
divulgado na quinta-feira (1º/12), revela que há maior concentração dos
casos de Aids em pessoas com idade entre 25 e 39 anos: 51,7% dos casos
do sexo masculino e 47,4% dos casos do sexo feminino pertencem a essa
faixa etária.
Houve queda de 24,6% no
coeficiente de mortalidade por Aids padronizado, que passou de 5,6 em
2011 para 4,2 óbitos por 100 mil habitantes em 2021.
Acesse aqui o novo boletim
Esse cenário torna muito
importante a disseminação de informações sobre o uso combinado de novos
métodos de prevenção, como as profilaxias pré e pós exposição (PrEP e
PEP). Em 2022, com a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes
Terapêuticas (PCDT), a recomendação da profilaxia foi atualizada para
todos os adultos e adolescentes com mais de 15 anos sob risco de
infecção, ampliando o acesso.
Além disso, a estratégia
também prioriza a promoção do uso de preservativos e do incentivo à
testagem regular, fundamental para a detecção precoce do vírus entre a
população mais jovem.
O Ministério da Saúde tem
como prioridade a redução da mortalidade por Aids. Nesse sentido, foram
elaboradas diversas estratégias para qualificação do cuidado e
fortalecimento da rede de atenção e às pessoas com Aids Avançada, com a
incorporação de novos insumos para detecção de infecções oportunistas.
Transmissão vertical
O boletim aponta
que a taxa de detecção da Aids em menores de cinco anos apresentou queda
nos últimos dez anos, passando de 3,4 casos a cada 100 mil habitantes
em 2011 para 1,2 casos a cada 100 mil em 2021, o que corresponde a uma
redução de 66%. Já a taxa de detecção de HIV em gestantes aumentou 35%
no mesmo período.
Para redução da transmissão
vertical, o Ministério da Saúde investe na qualificação do cuidado,
acompanhamento e detecção precoce da doença. A estratégia Certificação
da Eliminação da Transmissão Vertical fortalece as gestões locais do SUS
para aprimorarem ações de vigilância, diagnóstico, assistência e
tratamento das gestantes, além da capacitação de profissionais de saúde.
Houve queda de 24,6% no coeficiente de mortalidade por Aids padronizado.
- Foto:
Julia Prado/MS
Em janeiro de 2023, está
prevista a distribuição de um medicamento, o dolutegravir 5 mg, para
crianças vivendo com HIV/Aids com mais de quatro semanas de vida.
Mais ações
É apresentado também o
Projeto de Reestruturação dos Centros de testagem e Aconselhamento
(CTA), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que busca
ofertar serviços específicos para os CTA integrada à rede de Atenção
Primária, a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Governo Federal promove,
ainda, a capacitação de trabalhadores de saúde e gestores, com foco na
melhoria do acesso e acolhimento das populações em situação de maior
vulnerabilidade, além de organizar pontos de atenção, integrando ações
de vigilância em saúde, prevenção, assistência e intervenções de base
comunitária.