Cento
e vinte policiais federais e 12 agentes da Receita Federal cumprem,
nesta terça-feira dia 14 de Março de 2023, 52 Mandados Judiciais para aprofundar a apuração
de um suposto esquema criminoso envolvendo indícios de tráfico
internacional de drogas e lavagem de dinheiro.

Batizada de Operação Flight Level 2, a ação é um desdobramento da primeira fase das investigações, deflagrada em abril de 2021.
Hoje estão sendo cumpridos 25 Mandados de Busca e Apreensão em Belo
Horizonte e região metropolitana e nas cidades de São Paulo e
Florianópolis.
Também estão sendo executados cinco mandados
de prisão preventiva; cinco mandados de prisão temporária; 17 mandados
de sequestro de veículos automotores e de sete imóveis, além do bloqueio
de contas bancárias e criptoativos de 34 pessoas físicas e empresas.
Habeas Pater
Paralelamente, a PF deflagrou a Operação Habeas Pater
para investigar a suspeita de envolvimento do desembargador do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Cândido Ribeiro, e de seu filho,
o advogado Ravik Bello Ribeiro, com pessoas investigadas no âmbito da
Operação Flight Level.
Sem citar nomes, a PF informou em nota que o
desembargador e seu filho são suspeitos de “envolvimento com a venda de
sentenças” para os outros investigados. Os 17 mandados judicias
cumpridos neste segundo caso foram expedidos pelo Superior Tribunal de
Justiça (STJ). Nove deles estão sendo executados em Brasília, onde
funciona o escritório de Ravik. Outros sete são cumpridos em Belo
Horizonte e um em São Luís, cidade onde o desembargador Cândido Ribeiro
nasceu e construiu sua carreira.
A fonte entrou em
contato com o gabinete do desembargador, que se limitou a comentar que
como a operação corre em segredo de Justiça, não tem nada a declarar.
Consultado por meio da assessoria de imprensa, o TRF-1 também não se
manifestou. A reportagem não conseguiu contato com o advogado Ravik
Bello Ribeiro, mas apurou que, até por volta das 10h30, policiais
federais seguiam no endereço onde funciona seu escritório, na Asa Norte,
região central de Brasília.
Organização Criminosa
De acordo com a PF, o aprofundamento das
investigações após a deflagração da primeira fase da Operação Flight
Level, há quase dois anos, apontam que os investigados podem ser parte
de uma “organização criminosa maior, voltada ao tráfico internacional de
drogas, à lavagem de dinheiro e à prática de crimes financeiros”.
Já segundo a Receita Federal, parte dos
investigados se passava por empresários do setor financeiro, tendo
aberto empresas apenas para movimentar o dinheiro ilícito. Ainda de
acordo com o órgão, as empresas foram abertas em nome de laranjas,
“pessoas sem capacidade econômico-financeira”, para disfarçar o real
envolvimento dos principais investigados e desviar a atenção das
autoridades públicas.
Polícia Federal e a Receita Receita afirmam já ter reunido provas
de que, com o dinheiro da venda internacional de drogas, os investigados
compraram imóveis, veículos de luxo, joias e criptoativos. Os suspeitos
poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, participação em
organização criminosa e lavagem de dinheiro com penas que, somadas,
podem chegar a 38 anos de reclusão.Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: Polícia Federal
Via: ebc