A
violência armada na zona oeste do Rio de Janeiro teve alta no mês de
março. Ao todo, 128 tiroteios ocorreram na região, segundo Relatório
Mensal do Instituto Fogo Cruzado. Os tiroteios deixaram 64 pessoas
baleadas, das quais 37 morreram e 27 ficaram feridas.
O número de casos mapeados na zona oeste em
março de 2023 é maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado,
quando 49 tiroteios ocorreram, deixando 11 mortos e 12 feridos.
A zona oeste ficou no topo dos índices de
tiroteios entre as regiões que fazem parte do Grande Rio. A zona norte,
que liderava a lista por conta do cenário de disputas entre grupos
armados e elevado número de ações e operações policiais, teve em março
125 tiroteios, seguido da Baixada Fluminense (59), leste metropolitano
(47), centro (12), e zona sul (oito).
Segundo o Instituto Fogo Cruzado, chama
atenção ainda a Rua Araticum, no bairro do Anil, zona oeste. A rua,
sozinha, concentrou mais baleados em março do que toda a zona zul e o
centro do Rio somados. Ao todo, 13 pessoas foram baleadas nesta rua. A
zona sul e o centro concentraram três e seis pessoas baleadas,
respectivamente.
De acordo com o coordenador regional do
Instituto Fogo Cruzado no Rio de Janeiro, Carlos Nhanga, a zona oeste é
historicamente marcada pelo controle de grupos milicianos sobre os
bairros da região.
“O Mapa dos Grupos Armados, lançado pelo
Fogo Cruzado em parceria com o laboratório Geni, em 2022, mostrou que
foi ali onde a milícia mais ampliou seu domínio ao longo da última
década. Hoje, as facções entraram na disputa acirrando os conflitos
armados e deixando a população no meio de intensos tiroteios. Os dados
que registramos hoje estão ligados a esse histórico. A zona oeste teve
oito vezes mais tiroteios que a zona sul e isso escancara a indiferença
do estado em garantir a segurança da população nas regiões mais
afastadas do centro”, avaliou, em nota, Carlos Nhanga.
“É preciso investir em segurança pública de
forma igualitária em todas as regiões do Grande Rio, e esse levantamento
é o ponto de partida para que políticas públicas mais eficazes sejam
pensadas para preservar a vida da população", acrescentou o coordenador.
Ao longo de março, 383 tiroteios ocorreram
na região metropolitana do Rio, segundo o Relatório Mensal do Instituto
Fogo Cruzado. O dado indica aumento de 7% em comparação com o mesmo
período de 2022, que concentrou 357 tiroteios.
Entre os 383 tiroteios registrados no mês,
146 deles (38%) ocorreram durante ações ou operações policiais. Em 2022,
neste mesmo período, dos 357 tiroteios mapeados, 120 deles (34%) se
deram em ações ou operações policiais.
Março concentrou 214 pessoas baleadas na
região metropolitana do Rio, onde 120 morreram e 94 ficaram feridas. Em
igual período de 2022, foram 209 baleados, sendo 102 mortos e 107
feridos. Neste ano, março teve aumento de 18% nos óbitos e queda de 12%
nos feridos.
Entre os 214 baleados, 136 deles (63,5%)
foram atingidos durante ações ou operações policiais: 70 deles morreram e
66 ficaram feridos. Em março de 2022, dos 209 baleados, 129 deles (62%)
foram atingidos durante ações ou operações policiais: 56 mortos e 73
feridos.
Comparado ao mês de fevereiro, que registrou
242 tiroteios, 93 mortos e 116 feridos, março teve aumento de 58% nos
tiroteios e de 29% nos mortos e queda de 19% nos feridos.
Perfil da violência armada
Em março, 17 agentes de segurança foram
baleados na região metropolitana do Rio: cinco deles morreram e 12
ficaram feridos. Em 2022, no mesmo período, 12 agentes de segurança
foram baleados: cinco morreram e sete ficaram feridos.
Ao todo, 18 pessoas foram vítimas de balas
perdidas no mês de março: cinco morreram e 13 ficaram feridas. Entre as
18 vítimas, 13 foram atingidas durante ações ou operações: quatro
morreram e nove ficaram feridas. Em março de 2022, dez pessoas foram
vítimas de balas perdidas (três mortas e duas feridas), sete delas foram
atingidas em ações e operações policiais (três mortas e quatro
feridas).
Houve nove chacinas no Grande Rio que
resultaram na morte de 36 civis. Oito casos ocorreram durante ações ou
operações policiais, resultando em 33 mortos. Em março de 2022, houve
cinco chacinas com 20 mortos no total. Quatro das chacinas foram em
ações ou operações, resultando em 15 mortos.
Três crianças foram baleadas no Grande Rio: todas sobreviveram. Em março de 2022, não houve crianças baleadas.
Quatro adolescentes foram baleados no Grande
Rio: três morreram e um ficou ferido. Em março de 2022, cinco
adolescentes foram baleados, sendo que um morreu e quatro ficaram
feridos.
Cinco idosos foram baleados no Grande Rio:
dois morreram e três ficaram feridos. Em março de 2022, três idosos
foram baleados: dois morreram e um ficou ferido.
Acumulado do ano
Entre janeiro e março, houve 920
tiroteios/disparos de arma de fogo na região metropolitana do Rio,
segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, sendo que 358 destes registros
ocorreram durante ações policiais. Ao todo, 588 pessoas foram baleadas
no período, das quais 294 foram mortas e 294 ficaram feridas. O mesmo
período de 2022 teve 867 tiroteios, sendo 281 em ações policiais, e 494
pessoas baleadas, sendo 262 mortos e 232 feridos. Neste ano, houve
aumento de 6% nos tiroteios em geral, de 27% na parcela dos tiroteios
durante operações policiais, de 12% nos mortos e 27% no número de
feridos.
A inoperância do Governo federal
Antes assumir o governo, Lula da Silva andava sem proteção em favelas, morros e em locais perigosos, ele, assim como seu ministro da Justiça vive lua de mel com narcotraficantes e marginais de toda espécie, ao contrário, começou a perseguição em cima do cidadão portadores ou pretensos portadores de armas para se defenderem. Os bandidos só tiveram armas apreendidas quando as Policias estaduais fizeram seu trabalho, porque se depender de forças federais, nada vai acontecer. Isso é fato.
Vamos recordar fatos recentes onde mataram crianças dentro de escolas, invasões de propriedades, invasões de Empresas, tudo apoiado por partidos de esquerda da base de apoio do governo Lula.
Polícia Militar
A assessoria de imprensa da Secretaria de
Estado de Polícia Militar informou que a corporação não comenta dados
provenientes de entidades não oficiais.
“Cabe ressaltar que o órgão responsável por
compilar os índices oficiais no Rio de Janeiro é o Instituto de
Segurança Pública (ISP)”, diz a nota.
A corporação destacou que as ações de
enfrentamento ao crime organizado são planejadas com base em informações
de inteligência, “sendo pautadas por critérios técnicos e pelo previsto
na legislação vigente, tendo como preocupação central a preservação de
vidas, sendo executadas de forma integrada com outros órgãos de
segurança”.Post: G. Gomes
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