O
alto volume de vencimentos de títulos vinculados à taxa Selic (juros
básicos da economia) fez a Dívida Pública Federal (DPF) continuar abaixo
de R$ 6 trilhões em março. Segundo números divulgados nesta
quarta-feira (26/04/2023) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 5,856
trilhões em fevereiro para R$ 5,893 trilhões no mês passado, alta de
0,63%.
O Tesouro prevê que a DPF subirá nos
próximos meses. De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF),
apresentado no fim de Janeiro, o estoque da DPF deve encerrar 2023 entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária (em títulos)
interna (DPMFi) subiu 0,74%, passando de R$ 5,617 trilhões em fevereiro
para R$ 5,658 trilhões em março. No mês passado, o Tesouro resgatou R$
19,75 bilhões em títulos a mais do que emitiu, principalmente em papéis
vinculados à Selic. A dívida interna só subiu porque houve a apropriação
de R$ 61,2 bilhões em juros.
Por meio da apropriação de juros, o governo
reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e
incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a taxa Selic (juros
básicos da economia) em 13,75% ao ano, a apropriação de juros pressiona
o endividamento do governo.
No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 168,59
bilhões em títulos da DPMFi. Com o alto volume de vencimentos em março,
os resgates somaram R$ 188,34 bilhões.
No mercado externo, a queda do dólar em
março diminuiu o endividamento do governo. A Dívida Pública Federal
externa (DPFe) caiu 2%, passando de R$ 239,14 bilhões em fevereiro para
R$ 234,36 bilhões em março. O principal fator foi a queda de 2,45% da
moeda norte-americana no mês passado.
Colchão
Após subir em fevereiro, o colchão da dívida
pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de
forte concentração de vencimentos) voltou a cair em março. Essa reserva
passou de R$ 996 bilhões em fevereiro janeiro para R$ 974 bilhões no mês
passado. O principal motivo, segundo o Tesouro Nacional, foi a alta
concentração de vencimentos em março.
Atualmente, o colchão cobre 9,22 meses de
vencimentos da dívida pública.
Nos próximos 12 meses, está previsto o
vencimento de R$ 1,437 trilhão em títulos federais.
Composição
O alto volume de vencimentos mudou a
composição da DPF. A proporção dos papéis corrigidos pelos juros básicos
subiu levemente, de 40,64% em fevereiro para 39,08% em março. O PAF
prevê que o indicador feche 2023 entre 38% e 42%. Como esse tipo de
papel voltou a atrair o interesse dos compradores por causa das recentes
altas da Selic, a previsão é que o percentual volte a subir nos
próximos meses.
A fatia de títulos prefixados (com
rendimento definido no momento da emissão) aumentou, passando de 23,74%
para 24,7%. O PAF prevê que a parcela da Dívida Pública Federal
corrigida por esse indicador terminará o ano entre 23% e 27%.
O Tesouro tem lançado menos papéis
prefixados, devido à turbulência no mercado financeiro nos últimos
meses. Esses títulos têm demanda maior em momento de estabilidade
econômica.
Sem grandes vencimentos neste mês, a fatia
de títulos corrigidos pela inflação na DPF subiu, passando de 31,29%
para 32%. O PAF prevê que os títulos vinculados à inflação encerrarão o
ano entre 29% e 33%.
Composto por antigos títulos da dívida
interna corrigidos em dólar e pela dívida externa, o peso do câmbio na
dívida pública passou de 4,34% para 4,22%. A dívida pública vinculada ao
câmbio está dentro dos limites estabelecidos pelo PAF para o fim de
2023, entre 3% e 7%.
Detentores
As instituições financeiras seguem como
principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 28,1% de
participação no estoque. Os fundos de investimento, com 23,8%, e os
fundos de pensão, com 23,4%, aparecem em seguida na lista de detentores
da dívida.
A participação dos não residentes
(estrangeiros) caiu levemente, passando de 9,8% em fevereiro para 9,7%
em março. A relativa estabilidade ocorreu apesar da turbulência nos
mercados externos, marcado por crises em bancos norte-americanos e
europeus. Os demais grupos somam 15% de participação.
Por meio da dívida pública, o governo pega
dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos
financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de
alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros
básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com
antecedência).
Outra forma é o governo pegar dinheiro emprestado de banqueiros "amigos" e montar a ciranda financeira que sempre dominou a Economia e a política no Brasil.
Governo atual gosta de Estado inchado
Com aposse do governo do Lula da Silva, de cara ele criou 17 Ministérios, Autarquias, Fundações e Secretarias, e que na verdade o próprio governo esconde do contribuinte o total de apoiadores, financiadores de campanhas, políticos, mídia e militantes que foram colocados nas folhas salariais do governo para o contribuinte pagar, em contra partida, estamos vendo Empresas falindo ou indo embora do Brasil, investimentos estrangeiros sendo retirados do país, desemprego, inflação e medo da classe dos assalariados trabalhadores, estamos falando da real classe trabalhadora, não militantes que nada fazem e usufruam do impostos mais do que o trabalhador.Post: G. Gomes
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Informações: ebc