A
previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) - considerado a inflação oficial do país - caiu
de 5,69% para 5,42% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta
segunda-feira dia 12 de Junho de 2023, pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo
Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os
principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,04%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,9% e 3,88%, respectivamente.
A estimativa para este ano está acima do
teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com
intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, no
último Relatório de Inflação a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%.
A projeção do mercado para a inflação de
2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas
ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Em maio, influenciado por reajustes no setor de saúde e cuidados pessoais,
o IPCA ficou em 0,23%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). O resultado é menor que a taxa de abril: 0,61%.
O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 3,94%,
seguindo a tendência de queda apresentada desde junho de 2022, quando o
índice estava em 11,89%.
Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco
Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic,
definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A
taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é a maior desde
janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.
Para o mercado financeiro, a expectativa é
de que a Selic encerre em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa
é de que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de 2025 e de
2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8,75% ao ano,
respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de
juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos
nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na
hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de
inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais
altas também podem dificultar a expansão da economia.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é
que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo,
reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade
econômica.
PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano passou de 1,68% para 1,84%.
Para 2024, a expectativa para o Produto
Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no
país - é de crescimento de 1,27%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro
projeta expansão do PIB em 1,8% e 1,95%, respectivamente.
A previsão para a cotação do dólar está em
R$ 5,10 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a
moeda americana fique em R$ 5,17.Post: G. Gomes
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Informações: Banco Central
Via: ebc