O
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa nesta
terça-feira (20/06/2023), em Brasília, a quarta reunião do ano para definir a
taxa básica de juros, a Selic. O órgão deve manter o aperto monetário
com a Selic em 13,75% ao ano, mesmo com a queda recente da inflação.

Nesta segunda-feira dia 19 de Junho de 2023, o ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, disse que os juros deveriam ter começado a
cair em março. Desde o início do ano, Lula da Silva
também critica os juros. Em janeiro, ele afirmou que o atual nível da
taxa Selic atrapalha os investimentos e que não existe nenhuma
justificativa para que a Selic esteja neste momento nesse patamar.Mas não para de gastar além do que arrecada.
Embora a taxa básica tenha parado de subir
em Agosto do ano passado, está no nível mais alto desde o início de 2017
e os efeitos de um aperto monetário são sentidos na desaceleração da
economia.
O governo não para de gastar
Fica quase impossível baixar juros com o comportamento fiscal do governo que insiste em inchar a Folha de pagamento, gastos desnecessários, não investimentos em produção, perseguição em cima de quem produz, criação de impostos, agora em Junho volta novamente a famigerada CPMI através do Pix, isso só desestimula quem trabalha e produz, provocando desaceleração da Economia e fuga de Capital para paises com maior segurança jurídica e fiscal.
Segundo a edição mais recente do boletim
Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deverá
ser mantida em 13,75% ao ano pela sétima vez seguida. A expectativa do
mercado financeiro, entretanto, éde que a Selic encerre o ano em 12,25%
ao ano. Nesta quarta-feira (21), ao fim do dia, o Copom anunciará a
decisão.
Na ata da última reunião, em maio, o órgão informou que a decisão da taxa de juros requer paciência e serenidade.
Mais uma vez, o Copom reforçou a possibilidade de aumentar a taxa
Selic, “apesar de ser um cenário menos provável”. Para o BC, a aprovação
do arcabouço fiscal pode ou não ajudar no equilíbrio das contas públicas, que
impactam nas expectativas de inflação.
Depois de subir no início do ano, as expectativas de inflação têm caído. Segundo o último boletim Focus, a estimativa de inflação para 2023 passou de 5,42% para 5,12%.
Em maio, puxado pela queda nos preços dos combustíveis e de artigos de residência, o IPCA caiu para 0,23%,
de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o resultado, o indicador acumulou alta de 2,95% no ano e de 3,94%
nos últimos 12 meses, percentual mais baixo do que os 4,18% acumulados
até o mês anterior.
Taxa Selic
A taxa básica de juros é usada nas
negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência
para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco
Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por
meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos
públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor
definido na reunião.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de
juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos
nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a
expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros
fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como
risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o
crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo,
reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro
dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e
as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do
mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela
diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.
Meta de inflação
Para 2023, a meta de inflação que deve ser
perseguida pelo Banco Central, definida pelo Conselho Monetário
Nacional, é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto
percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e
o superior é 4,75%. Para 2024 e 2025, as metas são de 3% para os dois
anos, com o mesmo intervalo de tolerância. A meta para 2026 será
definida neste mês.
No último Relatório de Inflação,
divulgado no fim de março pelo BC, a autoridade monetária reconhece a
possibilidade do estouro da meta de inflação neste ano. No documento, a
estimativa é que o IPCA atingirá 5,8% em 2023. O próximo relatório será
divulgado no fim do mês.Post: G. Gomes
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Informações: Banco central