Beneficiada
pela recuperação dos gastos globais após a pandemia de covid-19, a
América Latina e o Caribe atraíram um volume recorde investimentos
estrangeiros diretos (IED) em 2022, divulgou nesta segunda-feira dia 10 de Julho de 2023 a
Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe
(Cepal). No ano passado, a região recebeu US$ 224,58 bilhões de outras
partes do planeta destinados ao setor produtivo.

O montante é 55,2% superior a 2021. Segundo a
Cepal, pela primeira vez em nove anos esse tipo de recurso superou a
marca de US$ 200 bilhões. “Os fluxos de IED para a região não
ultrapassavam os US$ 200 bilhões desde 2013, portanto a recuperação de
2022 estabelece um importante marco de investimento na última década”,
destacou o relatório.
Diferentemente dos investimentos
financeiros, destinados ao mercado financeiro, os investimentos
estrangeiros diretos destinam-se à geração de empregos, como compra de
empresas nacionais ou expansão de empresas estrangeiras para outros
países. Segundo a Cepal, os setores mais beneficiados no último ano
foram os de serviços, energias (renováveis e não renováveis) e
manufatura.
Em 2022, o número de fusões e aquisições
resultantes de IED aumentou apenas 7%, mas o valor dos negócios disparou
57%, chegando a US$ 30,15 bilhões no ano. Segundo a Cepal, a alta se
deve à retomada de planos de investimento e de expansão pelas empresas
após a pandemia de covid-19.
Na distribuição por países, o Brasil atraiu
41% dos IED destinados à América Latina e o Caribe. Em segundo lugar,
vem o México, com 17%. Os dois países são as maiores economias da
região.
Baixa atração
Apesar do crescimento, a América Latina
atraiu apenas 8% do fluxo global de investimentos estrangeiros diretos
em 2022. Proporcionalmente, a região teve a menor participação, ficando
atrás da Europa, da Ásia-Pacífico, África, Oriente Médio e América do
Norte.
No ano passado, o volume global de IED somou
US$ 1,29 trilhão, alta de 11% em relação a 2021. O cálculo da Cepal, no
entanto, eliminou o impacto da desinstalação de empresas em Luxemburgo,
centro financeiro global usado por empresas que atuam na Europa e
transferem a sede para o país.
No Brasil, o volume de IED quase dobrou de
2021 para 2022, crescendo 97%. No México, o crescimento foi menor e
atingiu 14% em relação ao ano anterior.
O que se observa é que muitos investimentos deixam de ser aplicados na América Latina em detrimento das políticas fiscais e da insegurança jurídica como é o caso do Brasil. Post: G. Gomes
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Informações: Cepal