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07 agosto, 2023

Fantástico! Cordel embasa Sentença que nega aplicação da Maria da Penha para homem.

 
E se acaso for o homem que da mulher apanhar, é violência doméstica, você pode me explicar? Tudo pode acontecer no âmbito familiar, mas nesse caso é diferente, a lei é bastante clara por ser uma questão de gênero, somente a mulher ampara. Se a mulher for valente, o homem que livre a cara”. Este é o trecho de A Lei Maria da Penha em Cordel, do artista cearense Tião Simpatia, citado pelo juiz paranaense Marcelo Quintin durante o julgamento de uma ação no qual o marido queria indenização e medida protetiva contra a esposa. Quintin usou o trecho para embasar sua sentença, na qual negou a aplicação da Lei Maria da Penha, em 2019.

“Apesar de ser uma peça artística e cultural do Brasil, o Cordel trata de forma detalhada e traz informações jurídicas. E aí eu pensei que poderia levar aquela mensagem de forma mais fácil pro jurisdicionado. Eu citei o trecho que trata de o homem não poder ser escorrido pela Lei Maria da Penha e aí a gente explica que há a proteção de determinado segmento da sociedade por ter isonomia, de se agir de forma desigual para trazer a verdadeira equidade”, explicou o juiz.

Segundo ele, basta trabalhar em uma vara criminal do país para saber que a maioria absoluta dos crimes que ocorrem no Brasil hoje é de violência doméstica. Para o magistrado, muitas vezes a sociedade tenta levar essa questão para o lado biológico ou para um segmento político, mas a realidade brasileira é a de mulheres que sofrem violência todos os dias. “Basta visitar uma vara criminal e saber que isso é verdade. 
 
Todas as campanhas que se fizerem a respeito desse assunto são muito bem-vindas e nós estamos justamente no Agosto Lilás, que lembra essa questão. Todas as iniciativas são de extrema importância”, ressaltou.

Quintin contou que na época em que preferiu a decisão citando cordel, recebeu muitas críticas de homens que o questionavam sobre a não existência de leis que os protejam em situações de violência doméstica. Segundo ele, é necessário lembrar que o homem tem proteção na legislação comum, do Código Penal e de outras leis que já existem.
 
 “Mas por conta dessa desigualdade fática que enfrentamos diariamente de mulheres vítimas todos os dias, temos uma lei específica e protetiva desse segmento social.

O juiz destacou que de 2019 para cá houve melhorias na lei, como a punição para o crime de perseguição, também conhecido como stalker, para a violência psicológica. Também houve melhorias nas campanhas feitas por diversas entidades da sociedade civil.
 
 “Mas o que nós precisamos efetivamente é de maior fiscalização e maior atendimento às vítimas de violência doméstica que estão nos rincões do país, naquelas cidades do interior, em cidades onde o acesso às autoridades e aos seus direitos propriamente ditos fica dificultado. Nesses lugares mais distantes é onde vemos ocorrer com mais frequência violência de ares medievais contra mulheres”, afirmou Quintin.

De acordo com o juiz, apesar de ter penas previstas na lei, a frequência dos feminicídios em casos de violência doméstica é muito maior do que os crimes de homicídio em outros campos. Ele acredita que se não houver uma ação rápida para tentar parar a violência doméstica no seu início, quando ainda está no estágio da ameaça psicológica ou perseguição, o segundo estágio já será de violência física.

“Se nós não estancarmos essa violência logo no início, ela vai se graduando de forma a chegar a um feminicídio. São várias as ocasiões em que isso acontece na vida real e nos deixa entristecido. Eu tive o caso de um agressor que, no início, ameaçava e fazia crimes mais leves. Acabou que ele tentou matar a companheira, foi a julgamento, recebeu uma pena muito leve, foi solto em duas semanas e consumou o homicídio que havia tentado lá atrás. Isso acontece com frequência gigantesca, infelizmente”.  

Post: G. Gomes
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Informações: ebc

06 agosto, 2023

Nenhuma aposta acertou as seis dezenas da Mega-Sena e Prêmio vai a R$ 75 milhões!

 
Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2618 da Mega-Sena, realizado neste sábado (6). Foram sorteados os números: 06-17-29-35-45-48. Sem vencedores, o prêmio principal estimado para o próximo sorteio é de R$ 75 milhões.  

Ao todo, 121 apostas acertaram a quina e vão ganhar R$ 49.036,67. Outros 9.213 bilhetes fizeram quatro dezenas e vão receber R$ 920,04. 

Os sorteios da Mega-Sena ocorrem às quartas-feiras e sábados. A aposta mínima, de seis dezenas, custa R$ 5. As apostas podem ser feitas por pessoas maiores de 18 anos nas lotéricas de todo o país, pelo portal Loterias Caixa ou pelo aplicativo Loterias Caixa

Ganha quem acertar seis, cinco ou quatro números sorteados, dentre os 60 disponíveis no volante de apostas. Para aumentar as chances, é possível marcar até 20 dezenas. 
 
O apostador pode, ainda, deixar que o sistema escolha os números, na aposta Surpresinha, e/ou concorrer com os mesmos números por dois, quatro ou oito concursos consecutivos, na aposta Teimosinha.  
 
Post: G. Gomes
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Informações: CEF 

Caso Marielle: TJRJ derruba sigilo da denúncia contra ex-bombeiro Suel.

 
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) derrubou nesta sexta-feira (4/08/2023) o sigilo da denúncia em que o ex-bombeiro Maxwell Simões Correia é acusado de liderar uma organização criminosa que explorava serviços clandestinos de TV por assinatura e de internet, popularmente chamados de "gatonet". Preso na semana passada, ele atuaria em parceria com o ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como executor da morte da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Em 14 de março de 2018, o carro onde estavam Marielle e Anderson foi alvo de tiros disparados a partir de outro veículo, um Cobalt prata. Suel, como é conhecido o ex-bombeiro, também é investigado por envolvimento no assassinato.

A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) após o depoimento do ex-policial militar Élcio Queiroz. Preso junto com Ronnie Lessa desde 2019, ele é acusado de ser o motorista do Cobalt prata durante a execução de Marielle e Anderson. No mês passado, ele reconheceu a participação no crime e fechou um acordo de delação premiada. Em meio ao seu relato sobre o ocorrido, Élcio Queiroz detalhou o envolvimento de Suel e também os negócios clandestinos no bairro de Rocha Miranda, na zona norte do Rio.

"No caso do Ronnie era mais pra dentro da comunidade do Jorge Turco. Todo o asfalto, todas as ruas ali e algumas favelinhas são do Maxwell. A maior parte é do Maxwell, só uma parte que era do Ronnie", disse.

Conforme a denúncia do MPRJ, os serviços de "gatonet" seriam comandados por Suel e Ronnie Lessa e haveria ainda outros quatro envolvidos. Entre eles, está Maxwell Simões Correia Júnior, filho do ex-bombeiro. Também são denunciados Sandro dos Santos e Welington de Oliveira Rodrigues, conhecido como Manguaça. O último envolvido seria Jorge Vicente da Silva Neto, já falecido.

A mulher de Suel, Aline Siqueira, não foi apontada como participante do negócio, mas foi denunciada por lavagem de dinheiro. Foi colocado em seu nome um veículo Land Rover que teria sido comprado com recursos provenientes da exploração do "gatonet", no valor de R$ 213 mil.

O TJRJ aceitou a denúncia e atendeu o pedido do MPRJ para decretação da Prisão Preventiva dos participantes do esquema. Suel foi preso na semana passada, e Manguaça, em operação realizada junto com a Polícia Federal na manhã desta sexta-feira. Maxwell Simões Correia Júnior e Sandro dos Santos não foram encontrados e são considerados foragidos. Ronnie Lessa já se encontrava detido.

O sigilo da denúncia foi derrubado a pedido do próprio MPRJ, após a operação realizada na manhã desta sexta-feira. Além da prisão de Manguaça, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Suel. Um dos alvos foi um galpão no Bairro Lins de Vasconcelos, na zona norte da capital fluminense, onde funcionariam atividades relacionadas com o serviço clandestino de "gatonet".

O Land Rover que se encontra em nome de Aline foi apreendido na operação. 
 
Movimentações da mulher de Suel também têm sido analisadas nas investigações envolvendo o assassinato de Marielle e Anderson. Gravações em posse do MPRJ mostram que ela se dirigiu à casa de Ronnie Lessa seis dias após o crime e falou com o filho do ex-policial militar através do interfone do condomínio.

"Eu queria conversar com a sua mãe. Queria pedir uma ajuda para ela. É um momento de desespero meu, por isso estou te pedindo se eu poderia falar com ela. Não fala pro seu pai que eu estou aqui não. Só fala pra sua mãe. Você pode anotar o número do meu telefone?", pede ela.

Marielle
De acordo com a delação de Élcio Queiroz, Suel chegou a realizar campanas para conhecer a rotina de Marielle. Inicialmente seria ele o motorista. O ex-bombeiro teria inclusive conduzido o veículo em uma tentativa fracassada de consumar o crime.

"Essa mulher estaria em um táxi e tinha uma oportunidade. Só que na hora que o Ronnie mandou emparelhar, o carro deu um problema. O Ronnie desabafou comigo, dizendo que não acreditava que teve problema, que foi medo, refugou. O Maxwell refugou no momento. A função dele era dirigir, do Ronnie seria o atirador", disse.

De acordo com Élcio Queiroz, havia ainda uma terceira pessoa nessa tentativa fracassada: o sargento da Polícia Militar Edimilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé. Ele foi executado em 2021. O delator, que afirma desconhecer o mandante do assassinato de Marielle, diz que Macalé era o intermediador do crime.

Na delação, Élcio Queiroz também detalha o envolvimento de Suel nos dias posteriores ao crime. Em sua versão, ele ficou incumbido de levar o Cobalt prata para um desmanche.

Em 2021, Suel já havia sido condenado a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações sobre os assassinatos de Marielle e Anderson. Ele foi acusado de ajudar Ronnie Lessa a esconder suas armas. No entanto, vinha cumprindo a pena em regime aberto. Após ser preso na semana passada, o TJRJ determinou sua transferência para um presídio federal de segurança máxima fora do estado do Rio.

Ronnie Lessa e Élcio Queiroz estão presos em regime fechado. Eles serão levados a júri popular. Os benefícios do acordo de delação premiada de Élcio Queiroz são mantidos em sigilo. O MPRJ chegou a divulgar uma nota afirmando que não está prevista nenhuma redução de pena. As informações prestadas pelo ex-policial militar estão sendo utilizadas em novas investigações voltadas para revelar o mandante do crime.

Post: G. Gomes
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Informações: ebc 

Polícia Federal prende garimpeiro suspeito de atirar em indígenas na TI Yanomami.

 
A Polícia Federal informou neste sábado dia 5 de Agosto de 2023 ter prendido um garimpeiro suspeito de ser autor de disparos contra indígenas na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. A operação para prender o suspeito ocorreu na sexta-feira (4/08/2023) e contou com o apoio da Polícia Militar de Roraima (PMRR).

O ataque de garimpeiros armados ocorreu na comunidade Uxiú, em 29 de abril. Dois indígenas, de 24 e 31 anos, ficaram feridos e foram deslocados para Boa Vista, onde receberam atendimento médico. Um terceiro indígena chegou a ser socorrido, mas morreu ainda na TI, após ser atingido na cabeça – Ilson Xiriana, de 36 anos, que trabalhava como agente de saúde comunitário.

De acordo com a PF, as investigações sobre o episódio, conduzidas no local com o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), resultaram na identificação de dois suspeitos.

 
O nome do preso nesta sexta dia 4 de Agosto de 2023 não foi informado. Pesava contra ele um Mandado de Prisão expedido pela 4ª Vara Federal Criminal de Roraima e o suspeito era considerado foragido desde junho.

O episódio de violência foi um dos que ainda marcam os esforços de desintrusão de milhares de garimpeiros da TI Yanomami, após o governo federal ter decretado emergência de saúde pública na região.

Segundo a PF, ações para expulsar invasores continuam ocorrendo, em operações integradas com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as Forças Armadas, a Força Nacional de Segurança Pública e a Funai.

Post: G. Gomes
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Informações: Polícia Federal

05 agosto, 2023

Ministério admite bloqueio, mas diz que Auxílio Gás será pago

 
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) confirmou neste sábado dia 5 de Agosto de 2023 o bloqueio de verbas previamente orçadas para bancar o pagamento do Auxílio Gás, um dos programas sociais do governo. 
 
O bloqueio de verbas do Auxílio Gás foi informado ao Congresso Nacional por meio de um decreto, em 28 de julho, e revelado nesta semana pelo jornal O Estado de S. Paulo, com base em levantamento da Associação Contas Abertas, dedicada a acompanhar os gastos públicos.

O governo foi obrigado a contingenciar recursos em razão do limite estabelecido pelo teto de gastos de 2023, ainda em vigor. O valor total bloqueado é de R$ 1,5 bilhão. O corte temporário atinge dez pastas, e Saúde e Educação correspondem a metade dos valores retidos.

No caso do MDS, foram contingenciados R$ 144 milhões. A pasta informou ter remanejado o orçamento de modo a não afetar os pagamentos de programas sociais. No caso do Auxílio Gás, o ministério afirmou que a despesa bloqueada “só será executada no mês de dezembro”, e que até lá a expectativa é que todos os valores sejam liberados.

“Caso o desbloqueio do Orçamento Federal seja insuficiente, o MDS fará um remanejamento de recursos de outras ações discricionárias para garantir o pagamento do Auxílio Gás, cumprindo a diretriz do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de fazer os recursos federais chegarem a quem mais precisa”, diz a nota do MDS.

Hoje o Auxílio Gás é um programa que funciona de modo auxiliar ao Bolsa Família e é pago a cada dois meses, no valor de um botijão de gás. Em abril, por exemplo, o valor pago foi de R$ 110 para 5,7 milhões de famílias, de acordo com dados do MDS.

O bloqueio de gastos também poderá ser revisto caso seja aprovado em definitivo no Congresso o novo arcabouço fiscal, com o qual o governo pretende substituir as regras do teto de gastos, que foram aprovadas em 2016, no governo de Michel Temer.

O novo arcabouço fiscal já foi aprovado na Câmara, mas é agora reanalisado pelos deputados após o texto ter sofrido alterações no Senado.

Post: G. Gomes
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Informações: governo lula 

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