Era
tarde de quarta-feira, por volta das 13h30, em meados de outubro de
2023, em Brasília, quando a professora aposentada Maria Zélia*, de 76
anos, recebeu uma ligação de um número de telefone usado pelo banco onde
movimentava seu dinheiro há 20 anos. Do outro lado da linha, alguém que
se identificava como gerente bancário. Segundo esse interlocutor, havia
suspeita de fraudes na sua conta.
O suposto gerente indagava sobre
transferência monetária eletrônica para uma pessoa que Maria Zélia não
reconhecia. Ele também informava da compra em um supermercado que a
correntista não frequentava, em valor improvável (R$ 4.350), e de um
recente saque poupudo (R$ 4.900).