O
trabalho de Júlio Hagio é, como ele mesmo diz, “de domingo a domingo”. O
produtor rural acorda às 4h, trabalha na lavoura, ajuda nos negócios
dos filhos, faz entregas. A jornada termina por volta das 18h. A rotina é
quase a mesma desde de quando era criança. Ele começou a ajudar o pai
com 8 anos de idade. Hoje, aos 70 e aposentado, Hagio ainda não pode
lagar o batente.
“Estou recebendo benefício, aposentadoria,
mas com um salário mínimo só não tem como a gente sobreviver, né? Tem
que pagar o remédio, isso, aquilo. Aí não sobra nada. Então, eu ajudo
meus filhos, para complementar a renda”, diz o trabalhador, que vive em
Mogi das Cruzes (SP).