O deputado Cláudio Carvalho (PT) criticou na sessão desta terça-feira (4) a criação de cargos comissionados no Governo do Estado. Ele afirmou não acreditar em recessão porque constantemente entra na Assembleia Legislativa projeto de lei de remanejamento ou suplementação, devido ao excesso de arrecadação. De acordo com o parlamentar, o dinheiro que a seu ver é utilizado de forma errada deveria ser aplicado na produção agrícola.
Cláudio Carvalho lembrou que houve na Casa de Leis uma reunião com os professores em greve, quando a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sintero) explicou aos deputados que a categoria não quer reajuste, e sim que o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) seja aplicado. “O Executivo não está cumprindo a sua parte”, afirmou.
Em aparte, o deputado Neodi Carlos (PSDC) disse ter conversado com servidores da Educação em Machadinho, recebendo a explicação que o PCCS não está sendo cumprido. “A Procuradoria do Estado não pode arguir a inconstitucionalidade do plano, porque o projeto veio de lá para cá. Precisamos levantar esse questionamento para acabar com essa greve o mais rápido possível”, destacou.
Ainda de acordo com Neodi, é preciso chamar a Procuradoria, para que seja dada uma explicação. “A Procuradoria deveria ter visto isso antes de enviar o projeto para cá. O que é combinado não é caro. Se o governo não está cumprindo, deve cumprir”, acrescentou.
O deputado Cláudio Carvalho disse que estranhamente tem sido comum o Executivo enviar um projeto para a Assembleia, a matéria ser aprovada e o governo vetar. “Há um desrespeito muito grande na elaboração do projeto, e depois um desrespeito maior, quando vem a política do empurra-empurra”, afirmou.
De acordo com o deputado petista, esse governo estadual “é o governo da enganação”. Ele lembrou, ainda, que o governo do Estado recebeu recursos do projeto “Minha Casa, Minha Vida”, e “roubou” o nome para transformar em “Projeto Morada Nova”.
Ainda segundo Cláudio Carvalho, o governo tem ignorado greves e isso tem ocasionado um problema muito grande. “Irresponsavelmente a Polícia Militar foi colocada para cuidar dos presídios. A situação está muito ruim. Na noite de ontem (3) faltava até remédio para dor no Pronto Socorro João Paulo II, foi preciso pegar emprestado no Hospital das Irmãs Marcelinas”, destacou.
O deputado Zequinha Araújo (PMDB) disse que o nome do projeto “Minha Casa, Minha Vida”, não foi roubado. “É uma exigência do próprio governo federal a mudança de nome. Não é só coisa ruim que acontece (no governo). Tem lugar que o governo do Estado está aplicando mais de 50% do valor da moradia para as famílias de baixa renda”, afirmou.
Cláudio Carvalho disse ser difícil fazer a defesa de um governo que não consegue nem colocar remédio no Pronto Socorro João Paulo II. “Não há como deixar o paciente três dias sem ser atendido e achar que isso condiz com um bom atendimento. É algo desumano, principalmente com o servidor, que fica lotado em um local naquelas condições. Por isso eu venha nessa tribuna falar a verdade. Todo deputado tem o direito de se contrapor e dizer que é normal, mas para mim não é”, acrescentou.
Fonte: Tudo Rondônia
Autor dos Post: Apc G. Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
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