ALEX TESTONI CRIOU ASSESSORIA MILITAR PARA GARANTIR IMPUNIDADE DE SUA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, DIZ MP; “CAPANGAS” DESCOBRIRAM INVESTIGAÇÃO
Apontado como chefe de uma organização criminosa radicada em Ouro Preto do Oeste, o prefeito afastado Alex Testoni (PSD) mandava na cidade como um imperador. Quem não gostasse de suas ações era ameaçado e a pouca oposição local era tratada com rigores de um braço armado. A seu mando por exemplo, pessoas foram presas durante a campanha eleitoral.
As afirmações fazem parte do relatório de 236 páginas, em que cinco promotores do Centro de Atividades Extrajudiciais (CAEX) do Ministério Público de Rondônia detalharam, no último dia 17 de novembro, como funcionava o esquema encerrado com a Operação Ludus, que o levou para cadeia. Os relatos, com fartas provas, revelaram não somente um fácil esquema montado para se ganhar uma licitação de R$ 22 milhões (Novo Espaço Alternativo), mas também um alto jogo que envolve poder, muito dinheiro e mulheres.
A cidade de Ouro Preto do Oeste, segundo explicaram os promotores responsáveis pelas investigações, era o centro da operação criminosa e o prefeito Alex Testoni o mentor de todo o esquema. Contava com o apoio de uma estrutura poderosa de segurança criada por ele com um fim, mas utilizada na realidade para garantir a impunidade.
Os policiais militares por exemplo, eram utilizados para realizar grandes saques em bancos locais (o monitoramento flagrou em um mês dois saques, um de R$ 88 mil em 14 de outubro e outro de R$ 240 mil), levar mulheres para um filho do prefeito, prender inimigos e atuar em contra inteligência para identificar possíveis investigações oficiais em andamento.
A certeza da impunidade era tanta que nas vésperas do segundo turno das eleições, os “capangas” de Alex Testoni prenderam pessoas e revistaram casas a mando do prefeito, que fazia uma busca incansável por edições do jornal Rondoniagora, que publicou detalhes da delação premiada do ex-secretário José Batista, atingindo em cheio o aliado maior do prefeito, o governador Confúcio Moura.
Mentor do esquema, segundo o Ministério Público apurou, Alex Testoni (chamado gentilmente de JUAN) dava ordens a todos, mandava em empresários e era o dono da cidade.
As provas foram tantas que o desembargador Oudivanil de Marins determinou o fim da Assessoria Militar de Ouro Preto do Oeste e que seus membros, Capitão Áureo César da Silva, Sub Tenente Paulo Sérgio da Silva, Cabo José Aguinaldo Medeiros e o soldado Marcos Dias de Oliveira fossem imediatamente presos e suas armas confiscadas pelo Comando da PM.
Os capangas
De acordo com o Ministério Público, Alex Testoni criou uma Assessoria Militar de aparência. Na verdade era o braço armado de sua gangue. “Constituiu na aparência uma Assessoria Militar da Prefeitura, a pretexto de cuidar dos assuntos de defesa e proteção institucional, porém de fato, encarregada de defender seus interesses privados e da organização criminosa por ele liderada, atuando os referidos policiais como seus verdadeiros seguranças ‘capangas’ e agentes de contra inteligência privada”.
Fonte:Rondoniagora
Post: G.Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
Link da Capa:http://migre.me/nAiha
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