STF autoriza apreensão de documentos relacionados a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na informática da Câmara
Na cola do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Supremo Tribunal Federal notificou o diretor-geral da Casa e autorizou a apreensão de documentos na Informática. O objetivo da ação, concluída na terça-feira (5), seria buscar provas que comprometam o peemedebista na Operação Lava Jato.
A Justiça investiga Cunha por denúncias de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Há na Casa registros de que ele seria autor de dois requerimentos para convidar as empresas Toyo e Mitsui prestarem esclarecimentos aos parlamentares sobre contratos com a Petrobras. A suspeita é que o deputado tenha usado desses instrumentos, em 2011, para pressionar as empresas.
Teriam sido esses registros que os servidores da Justiça procuraram nessa ação de apreensão.
Na semana passada, Cunha exonerou o então diretor do Centro de Informática da Casa, Luiz Antonio Souza da Eira. Embora o peemedebista negue, a demissão de Eira estaria ligada à reportagem da Folha de S.Paulo que mostrou Cunha como o autor desses requerimentos suspeitos.
A diligência foi um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Para Cunha, há uma perseguição.
“Efetivamente o procurador escolheu quem investigar. Há uma querela pessoal. Não tenho a menor dúvida com relação a isso. (…) É uma tentativa de procurar prova para justificar algo que não aconteceu. São circunstâncias que mostram o desespero do procurador de tentar encontrar alguma coisa que possa tentar me incriminar."
Na opinião dele, o que foi feito foi "absolutamente” desnecessário. "Bastava que fosse encaminhado um ofício, que mandaríamos tudo que fosse pedido, responderíamos a qualquer conteúdo." Cunha enfatiza que já foi comprovado que os requerimentos foram autenticados pelo gabinete da então deputada Solange Almeida (PMDB-RJ).
Apesar de negar relação com o vazamento da autoria dos documentos, a Mesa Diretora da Casa discutiu nesta quarta-feira (6) limitar o acesso das senhas dos parlamentares aos servidores. Segundo Cunha, nunca teve preocupação com as consequências disso, mas é preciso "normatizar e hierarquizar” as informações.
"Do jeito que a coisa está, daqui a pouco, qualquer coisa que um funcionário possa fazer dentro de um gabinete poderá gerar algum tipo de conclusão que não é cabível. É uma forma de segurança a todos.”
Post:G.Gomes
Fonte: Brasil Post
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
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