O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), repudiou, em nome da Casa, a decisão da Venezuela de vetar a indicação do ex-ministro da Defesa e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim para acompanhar e observar as eleições parlamentares naquele país marcadas para dezembro.
Por causa dessa atitude do governo da Venezuela, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desistiu de participar da missão de observação da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
— Em nome dos senadores, quero apresentar os cumprimentos e solidariedade ao ex-ministro Nelson Jobim. Quero também repudiar, do ponto de vista do Senado Federal, os obstáculos que a Venezuela coloca com relação à participação de um dos grandes brasileiros no acompanhamento das eleições. Quero ainda cumprimentar o presidente do TSE, ministro Dias Tóffoli, pela iniciativa com a qual o Senado Federal concorda totalmente — afirmou Renan.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), por sua vez, disse que a atitude do governo de Nicolás Maduro foi mais uma afronta ao governo, à chancelaria e ao povo brasileiros. Ele cobrou do governo federal um protesto oficial.
— Atitudes como essa de desrespeito ao governo brasileiro são uma consequência dos constantes desrespeitos do governo da Venezuela à democracia e uma verdadeira sequência de desrespeitos do governo venezuelano aos tratados e aos acordos do Mercosul - disparou Tasso.
Já o presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), informou que mais de 30 senadores assinaram uma moção de repúdio ao governo da Venezuela. Afirmou que o veto a Nelson Jobim representa mais um passo da escalada autoritária promovida pelo Executivo daquele país, além de um insulto a uma das grandes figuras da política brasileira.
Fonte: Agência Senado
Post: G.Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
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