O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao juiz Sérgio Moro que Paulo Roberto Costa volte à prisão. Para os procuradores, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras mentiu em sua colaboração premiada. Eles pedem que Costa tenha os benefícios de delação suspensos, além de sua condenação à prisão.
Segundo os procuradores, na ação penal a que Costa e familiares respondem por tentativa de ocultação de provas, houve confronto em depoimentos dele e de sua filha, Arianna. Com isso, teriam ficado evidentes contradições e omissões, descumprindo, dessa forma, deveres assumidos em razão da delação.
Em um dos depoimentos, Costa afirma que pediu à Arianna a retirada de R$ 100 mil e US$ 10 mil de sua empresa. Mas, em juízo, mudou a versão. Afirmou que pediu que ela buscasse R$ 50 mil no escritório da empresa Costa Global Consultoria.
Em documento, Deltan Dalagnol, coordenador da força-tarefa, e outros procuradores dizem que ficou demonstrado que Paulo Roberto Costa ‘faltou com a verdade’ várias vezes. “Desta feita, resta impossibilitada a aplicação dos benefícios previstos nos referidos acordos, uma vez que, a colaboração não foi efetiva, pelo que o parquet federal requer sua desconsideração para fins de condenação e dosimetria da pena”, diz o documento.
Petrolão
Costa, que foi condenado por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, revelou, em delação premiada, como funcionava o esquema de corrupção na Petrobras.
Ele ficou cerca de cinco meses preso e foi libertado após a homologação de sua delação. Passou a cumprir prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica por um ano. Em Outubro do ano passado, ele progrediu para o regime semiaberto, também com tornozeleira eletrônica. Segundo o acordo, ele poderia ficar dois anos nessa condição.
Fonte: Diário do Poder
Post: G. Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
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