Figurinista afirmou que a Justiça em seu caso foi feita quando o ator assumiu o erro e foi afastado do trabalho (Divulgação/ João Miguel Junior/Globo)
Depois de muitas especulações sobre os motivos que teriam levado Su Tonani a não depor contra José Mayer após a denúncia de assédio sexual, a figurinista voltou a escrever para a mesma coluna da “Folha de S. Paulo” na qual expôs o caso. Em seu desabafo, a profissional negou que tenha sido amante do ator.
“Não, eu não fui amante de José Mayer. Declaro que não fiz acordo com nenhuma parte envolvida e muito menos recebi algum dinheiro. Não fui demitida da Rede Globo. O meu contrato, como o previsto, se encerrou com o final da novela. Declaro que não retirei queixa contra José Mayer pelo simples fato de que nunca a fiz. Eu fui vítima de assédio sexual. E agora estou sendo vítima novamente. Das especulações que colocam dúvidas sobre a minha dor. E me fazem revivê-la”, escreveu Su Tonani.
No texto, a figurinista também contou que teve medo de fazer a denúncia contra o ator por vivermos em uma sociedade machista. “Porque nossa cultura machista culpa a mulher, a vítima, pela violência vivenciada. É isso que corre as redes. É o que passa pelo boca a boca. É o que passeia por nossos aplicativos de relacionamento. É o que é impresso nos jornais. A história da mulher sedutora, agora passional e vingativa. Da mulher que mereceu. Da amante rejeitada. Essa é a história que o mundo machista gosta de contar. E que nos acostumamos a aceitar como versão mais plausível. Saiba: essa prática nos desempodera. Nos revitimiza. E neste momento é como me sinto. Me sinto vítima novamente”, escreveu.
Por fim, Su Tonani explicou que sentiu que a justiça foi feita em seu caso quando a história se tornou pública, teve grande repercussão e o ator foi afastado do trabalho na Globo. “Pouco creio que a punição criminal para o meu caso tenha alcance maior que já tivemos. Mais potência. Seja mais transformadora“.
A figurinista também pediu para ser deixada em paz. “Acredito que obtive a justiça que queria e me sinto contemplada. Tive meu desejo desrespeitado uma vez. Isso me fez vítima. Quero deixar de sê-lo e seguir. Será que dessa vez minha vontade será respeitada? O silêncio. É o que eu quero. Não o silenciamento coercitivo. O silêncio que eu escolho. A minha vida de volta”, desabafou.
Fonte: Yahoo Vida e Estilo
Ilustração: Google
Post: G. Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
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