O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta quinta-feira ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, uma cópia do inquérito que investiga o presidente Michel Temer. A partir do seu recebimento, Janot terá cinco dias para denunciá-lo ou pedir o arquivamento da investigação, por falta de elementos para fazer a acusação.
O prazo decorre do fato de que, na mesma apuração, o ex-deputado e ex-assessor do presidente Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) está preso preventivamente.
Os dois são investigados a partir da delação de executivos da J&F, controladora da JBS, por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça.
A Polícia Federal apresentou no início da semana um relatório preliminar em que disse ver "evidências" de que Temer cometeu corrupção passiva. A PF havia pedido mais prazo para Fachin a fim de concluir as investigações, principalmente a perícia nas conversas --dentre elas a do presidente com o empresário Joesley Batista.
O relator do caso, entretanto, decidiu deixar o inquérito original no Supremo para que a PF conclua as apurações e entregue o Laudo da gravação das conversas.
Após isso, o material seguirá para a Procuradoria-Geral da República.
Fonte: Reuters
Reportagem: Ricardo Brito
Post: G. Gomes
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