Considerado peça-chave em uma eventual mudança de comando no governo, Henrique Meirelles já discutiu, reservadamente, a possibilidade de permanecer no Ministério da Fazenda caso Michel Temer seja substituído por Rodrigo Maia.
Em conversas com aliados e investidores sobre a deterioração do cenário político, o ministro apontou que a equipe econômica só aceitaria permanecer sob um novo presidente caso haja garantias de autonomia ampliada –principalmente sobre a escolha da cúpula do BNDES.
Ao longo da semana, Meirelles se reuniu com representantes do setor financeiro que o questionaram sobre o futuro da política econômica caso Maia assuma a Presidência da República. Ouviu apelos para que fique no ministério nessa hipótese.
O mercado quer atualizar suas previsões sobre a continuidade da agenda de reformas proposta por Temer, travada com a crise política provocada pelas acusações de corrupção contra o presidente. Pondera se Maia, que tem relação direta com o plenário da Câmara, teria capacidade de retomar esses planos.
A principal preocupação é a realização da reforma da Previdência. Investidores e banqueiros acreditam que Temer perdeu capital político e não será capaz de conduzir mudanças nas regras de aposentadoria na dimensão que julgam necessária. Maia tenta convencer o setor financeiro de que pode ser um novo fiador dessa agenda.
Na avaliação da equipe de Meirelles, uma reorganização do núcleo do Planalto em uma mudança de presidente poderia gerar dúvidas sobre a manutenção dessa pauta.
Uma das incógnitas seria a permanência de Eliseu Padilha na Casa Civil.
Via: Folha
Post: G. Gomes
para: wwww.deljipa.blogspot.com.br
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