Um vídeo que circula nas redes sociais provoca alvoroço no alto comando da PM em Santa Catarina. Nele, dois PMs - fardados e em serviço - intimidam quatro homens em uma casa. Os suspeitos teriam arranhado o carro de um dos policiais, em Tubarão, no sul do Estado.
Os insultos e a incitação à violência foram direcionados contra magistrados e contra instalações do Judiciário e da Polícia Civil.
Diálogo choca!
A conversa registrada no vídeo provoca espanto. No diálogo, um dos policiais diz que os homens podem atirar em fórum e em delegacia. O PM, inclusive, chega a falar que faz até questão que os homens atirem em prédios públicos.
O policial prossegue dizendo que também podem matar juiz, pois matar juiz não representa nenhum problema. Porém, adverte que ninguém mexa com os Militares, considerando-se intocáveis.
Após a provocação, o outro PM reafirma que em fórum e juiz os homens podem atirar.
Quem arranhou meu carro?
Um dos dois policiais continua a conversa intimidatória exigindo saber quem arranhou o seu carro. É neste momento que um dos homens abordados, amedrontado, responde - invocando o nome de Deus - que jamais tocou no veículo do policial.
O policial, então, volta a ameaçar. Ele adverte que, se não ficar sabendo quem riscou o carro dele, aquele ato de intimidação que ocorreu voltará a se repetir até que o responsável pelo dano seja descoberto.
Escândalo e punição
Além de incitarem a violência, os dois PMs teriam invadido a casa dos quatro homens sem mandado judicial.
Agora, ambos vão ter que se defender até de uma suposta acusação de tortura.
Feito com um celular - possivelmente no mês de setembro deste ano após registro de uma onda de ataques a prédios públicos em Santa Catarina - o vídeo envolvendo os policiais do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT) foi parar nas mãos da Promotoria Militar e do Comando Geral da Corporação.
A reação, imediata, inclui oficio à corregedoria para apuração da atuação policial. Em Tubarão, a Divisão de Investigação Criminal (DIC) abriu um inquérito na sexta-feira (28). O objetivo é apurar a conduta dos militares. O Ministério Público de Santa Catarina também acompanha o caso.
Nota Oficial
Episódio é classificado como grave pelas autoridades.
Em nota, o Comandante-Geral da Policia Militar de Santa Catarina, coronel Paulo Henrique Hemm, afirma que um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para apurar o caso e que os PMs, já identificados, foram afastados de suas funções.
O conteúdo da nota trata o fato como algo isolado, mas que a corporação repudia com veemência.
O comandante sustenta ainda que tudo será apurado com o rigor necessário. Reafirma total respeito e apreço às instituições citadas pelos PMs. E conclui lembrando que a Polícia Militar de Santa Catarina sempre teve e sempre terá relações de harmonia e de cordialidade para preservar os laços de parceria e de cooperação com outras instituições.
Informações: blasting news
Vídeo: YouTube
Post: G. Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
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