Ricardo Stuckert
Capturado e morto em outubro de 2011, o ex-ditador líbio Muamar Kadafi enviou secretamente ao Brasil US$ 1 milhão para financiar a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. É o que teria afirmado o ex-ministro Antonio Palocci nas tratativas de um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, segundo reportagem da revista “Veja” desta sexta-feira.
Preso em Curitiba desde setembro de 2016, Palocci era um dos aliados mais próximos do líder petista. Ele já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão.
Palocci investe contra Lula desde o início das tratativas das negociações de sua delação. Em depoimento a Moro no início de setembro, ele confessou negociar propinas com a Odebrecht e incriminou o ex-presidente ao revelar um suposto “pacto de sangue” entre Lula e o empresário Emílio Odebrecht, em 2010, em que foi acertado R$ 300 milhões em corrupção ao PT.
Kadafi e Lula mantiveram uma relação cordial. Durante seu mandato, o líder petista se reuniu pessoalmente quatro vezes com o ditador, que governou a Líbia por 41 anos. A aproximação dos dois gerou muitas críticas na época.
O PT não se pronunciou a respeito da suposta delação de Palocci. Segundo o “Estadão”, a assessoria de imprensa do partido informou que não comenta “notícias sem fonte”.
Em setembro, a presidente nacional da legenda, senadora Gleisi Hoffmann, divulgou uma dura nota na qual acusa Palocci de inventar mentiras para agradar os procuradores da Lava Jato e conseguir os benefícios da delação premiada.
Informações: Yahoo
Post: G. Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
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