Aconteceu em Buenos Aires - A jovem argentina Brenda Micaela Barattini, que em novembro do ano passado cortou os genitais do companheiro, divulgou uma carta aberta da penitenciária de onde cumpre prisão preventiva e na qual pediu compreensão e explicou que reagiu porque se sentia "oprimida".
A jovem começou a carta em tom reflexivo: "Sei que reagi de uma maneira horrível, como nunca deveria ter feito. Cometi um erro, atuei de forma violenta, me bloqueei emocionalmente, me esqueci de todos, da minha família, até de mim mesma".
Imediatamente após admitir a reação desmedida, ela justificou a postura e revelou que se sentia "oprimida e devastada" e com a vida afetada em todos os aspectos.
"Cheguei a um ponto que não dava mais e disse basta", argumentou.
Micaela afirmou que o ex-parceiro, de 40 anos, tinha abusado sexualmente dela e por isso o atacou.
"Sei que muita gente talvez me compreenda e outros não, e está bem. Somos todos diferentes, e é muito difícil se colocar no lugar do outro. Não gostaria que estes fatos se repetissem", continuou.
Aos 26 anos, ela está detida desde 26 de dezembro em um presídio de Bouwer, na província de Córdoba, em regime de prisão preventiva ordenado pela promotora Betina Croppi. Betina acusou à jovem com o agravante de traição porque preparou tudo, colocou a vítima em situação de vulnerabilidade e garantiu que ela não sairia prejudicada.
A promotora incluiu esses argumentos depois que encontrou um diário da jovem com citações suspeitas. Além disso, a perícia encontrou no computador da arquiteta pesquisas na internet sobre formas de amputar um membro masculino, o que dá indícios de "certa premeditação".
Por estas razões, o advogado de Micaela, Carlos Nayi, desistiu de defendê-la e afirmou que deixou de acreditar que a reação foi um ato de legítima defesa contra um abuso sexual.
Fonte:EFE
Post: G. Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
Imagem: El doce
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