(Foto/Fátima Meira/Futura Press)
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, divergiu da Polícia Federal e não solicitou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente Michel Temer. O presidente é investigado sob suspeita de receber propina para favorecer empresas do setor portuário na publicação de um decreto que alterou regras do setor.
Ela argumenta que ainda não há elementos na investigação que justifiquem a medida. Já os policiais que atuam na investigação acreditam que ps dados bancários e fiscais de Temer deveriam ser acessados para detectar movimentações financeiras suspeitas. As informações são do jornal O Globo.
Ao solicitar as quebras de sigilo ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria Geral da República não incluiu Temer como alvo. As medidas, já autorizadas pelo STF, atingem, entre outros, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures e o coronel João Baptista Lima, amigo de longa data do presidente.
Também foram alvos as empresas Argeplan, pertencente ao coronel Lima, e a Rodrimar, concessionária de áreas no porto de Santos que tentou influenciar a edição do decreto.
Ainda sobre a investigação do presidente, Dodge se posicionou sobre a polêmica envolvendo as declarações do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, que deu uma entrevista afirmando que não existem indícios de corrupção no inquérito e gerou revolta entre os delegados da Lava Jato.
A procuradora solicitou ao ministro Barroso uma ordem judicial para que Segovia se abstenha de “qualquer ato de ingerência” sobre a investigação, inclusive proibindo-o de manifestações públicas a respeito das investigações em curso, sob pena de afastamento do cargo.
Dodge enviou ao STF um pedido de prorrogação de prazo do inquérito por mais 60 dias e rebateu as críticas da PF sobre a questão dos sigilos.
OUTRO LADO
Os citados na investigação têm negado irregularidades. Temer afirmou à PF que não acompanhou a tramitação do decreto, não discutiu o assunto com empresas do setor nem jamais recebeu doações da Rodrimar. Os executivos da empresa afirmam que não se beneficiaram das regras do decreto. Sobre a polêmica envolvendo a questão dos sigilos, a PGR informou que não comenta casos concretos.
Informações: Yahoo
Post: G. Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
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