Apesar de aliados do governo minimizarem as declarações do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, no Palácio do Planalto a entrevista concedida à Reuters foi considerada uma trapalhada e teve forte efeito negativo, reacendendo o inquérito que trata de suposta propina em troca de decreto que beneficiaria o setor de portos.
Segundo Blog do Camarotti do G1, para interlocutores de Temer ao invés de o assunto cair no esquecimento, voltou a ganhar os holofotes justamente no período de carnaval.
O presidente é investigado no inquérito que apura suposto recebimento de propina para favorecer a Rodrimar, que opera áreas do porto de Santos (SP). O dinheiro teria chegado ao Planalto por intermédio de Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor especial de Temer.
O diretor disse na entrevista que as investigações não comprovaram que houve pagamento de propina por parte de representantes da empresa Rodrimar para a edição do decreto que prorrogava contratos de concessão e arrendamento portuários, assinado por Temer em maio do ano passado.
Num primeiro momento, a entrevista chegou a ser comemorada pelo núcleo mais próximo de Michel Temer, pelo fato de Segovia sinalizar uma espécie de arquivamento da investigação. Mas, diante da ampla repercussão negativa, e da reação da própria coorporação, caiu a ficha no Palácio do Planalto.
O temor é que o assunto volte a ganhar prioridade não só de investigadores, mas da própria procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
A expectativa no Palácio do Planalto era de que Dodge fosse pedir o arquivamento dessa investigação. Mas, agora, o futuro desse caso é considerado incerto no governo.
A própria manifestação do ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), foi recebida com preocupação.
Barroso intimou Fernando Segovia a explicar declarações dadas em entrevista sobre investigação sobre o presidente Michel Temer.
(Fernando Segovia/Foto Agência Brasil)
Informaçãos: Reuters/Blog do camarotti
Via: Nbo
Post: G. Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
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