(Foto: Agência Brasil)
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode trazer graves prejuízos à saúde, tanto em razão de doenças causadas pela presença do álcool no organismo quanto por lesões resultantes de acidentes de trânsito e episódios de violência, por exemplo.
Em todo o planeta, o uso nocivo do álcool é responsável por 3 milhões de mortes por ano, ou 5,3% de todos os óbitos registrados. Nas pessoas com idade entre 20 e 39 anos, esse índice é ainda superior: 13,5% do total de mortes são atribuíveis ao álcool. Os dados são de estudo publicado no ano passado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
De acordo com a entidade, estima-se que, globalmente, 237 milhões de homens e 46 milhões de mulheres sofram com transtornos relacionados ao consumo de álcool. Para a OMS, mais de 200 doenças e lesões têm como fator causal o uso excessivo do álcool.
Dentro deste universo, há enfermidades originadas diretamente pelo consumo de bebidas alcoólicas – como cirrose hepática, alguns tipos de câncer e transtornos mentais e comportamentais, por exemplo – e também doenças infecciosas causadas indiretamente pelo álcool, como tuberculose e AIDS.
Além dos prejuízos à saúde, o consumo nocivo do álcool pode trazer danos à família e amigos e provocar perdas econômicas e sociais não somente aos próprios indivíduos que sofrem com este problema, mas a toda a sociedade.
Atendimento gratuito
Diante de dados tão preocupantes, é essencial que exista uma ampla rede de apoio às pessoas que sofrem com o alcoolismo. No Brasil, esse atendimento é realizado de maneira gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como parte da Política Nacional de Saúde Mental.
O acolhimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental – incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas – é feito nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Essas unidades são compostas por uma equipe multiprofissional, que atua tanto no atendimento a situações de crise como nos processos de reabilitação psicossocial.
Para os casos específicos de abuso de álcool e outras drogas, existem os CAPS AD. Nesses locais, o atendimento está disponível a todas as faixas etárias e é especializado em transtornos causados pelo uso dessas substâncias. Essas unidades atendem cidades ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.
Nos casos em que um suporte ainda mais abrangente for necessário, há, ainda, os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas 24 horas (CAPS AD III), com atendimento e 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e observação. Eles funcionam 24 horas por dia e também atendem pessoas de todas as faixas etárias com transtornos causados pelo uso de álcool e outras drogas. Essas unidades estão instaladas em cidades ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes.
Os moradores de cidades de menor porte também têm acesso garantido aos serviços. Caso não haja nenhum CAPS em seu município, o atendimento de saúde mental é feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou nos postos de saúde. Outros locais que oferecem serviços voltados ao atendimento dessas pessoas são as Unidades de Acolhimento (UAs), destinadas à residência transitória de pessoas em situação de vulnerabilidade associada ao uso de álcool e outras drogas, além de Unidades de Referência Especializada em Hospital Geral.
Para saber os endereços das unidades mais próximas, informe-se na secretaria de saúde da sua cidade.
Fonte: Governo do Brasil
Informações: Ministério da Saúde e da OMS
Post: G. Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
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