Terminou há pouco uma reunião de líderes partidários com na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também participou. Segundo líderes, um acordo poderá permitir a retomada dos trabalhos na comissão especial da reforma da Previdência ainda hoje – uma reunião está convocada desde as 13 horas.
Entre outros pontos, a ideia é que o relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), apresente mais um ajuste em seu parecer, para que a idade mínima para a aposentadoria dos policiais federais e rodoviários federais seja de 53 anos para os homens e 52 anos para as mulheres, mais pedágio de 100% no tempo de contribuição que faltar na data da promulgação da futura emenda. O texto atual prevê 55 anos para ambos os sexos e 30 de tempo de contribuição.
O presidente do colegiado, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse pela manhã que quer analisar ainda hoje pelo menos requerimentos para retirada de pauta e de adiamento da votação. “Há um País lá fora esperando uma decisão, não sei se ela vai ser pela aprovação, ela pode ser pela rejeição, o que o País não pode viver é essa incerteza”, afirmou.
O presidente da comissão especial também avaliou que é necessário ter segurança antes de colocar a proposta em votação. “Não dá para votar sem ter a segurança da garantia de votos para aprovação da matéria, é preciso responsabilidade com o futuro do País”, continuou, explicando as eventuais adiamentos durante a análise da reforma da Previdência.
Ontem, Samuel Moreira fez ajustes no parecer apresentado em junho, mas sem alterações significativas do conteúdo. Em entrevista à noite, após ler uma complementação de voto, ele defendeu o parecer. “Estamos no momento de uma reforma que não é para dar benefício, é uma reforma para ajustar a Previdência”, disse. “Acho que está de bom tamanho”
O líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), criticou a proposta. “Os partidos de centro não estão satisfeitos e vão apoiar o adiamento da votação. Se o presidente da República está ligando para o relator e pedindo alterações, significa que não atende a ninguém”, afirmou. Parlamentares contrários ao texto tentam atrasar os trabalhos da comissão especial.
Durante cerimônia para a troca do Comando Militar do Sudeste, nesta manhã, o presidente fez referência à reforma, dirigindo-se aos agentes de segurança pública, que reivindicam mudanças. 💥“Fiquem tranquilos, meus colegas das forças auxiliares, o sacrifício tem que ser dividido para todos, para que possamos colher os frutos lá na frente”, disse.💥
O objetivo da reforma, segundo o governo, é conter o déficit previdenciário – diferença entre o que é arrecado pelo sistema e o montante usado para pagar benefícios. Em 2018, o déficit previdenciário total da União – setores privado e público mais militares – foi de R$ 264,4 bilhões.
A expectativa do governo com a reforma da Previdência era economizar R$ 1,236 trilhão em dez anos, considerando apenas as mudanças para trabalhadores do setor privado e para servidores da União. Com o texto do relator, a economia poderá ser de R$ 1,071 trilhão no mesmo período.
Fonte: Agência Câmara
Post: G. Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
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